Antonio Hohlfeldt




Nascido no ano de 1948 em Porto Alegre,começou sua vida profissional, como jornalista, na Folha da Tarde, da capital gaúcha, onde escrevia sobre cinema. Logo depois, transferiu-se para o Correio do Povo, do mesmo grupo – Caldas Júnior – e, enquanto trabalhava na editoria de Cultura, terminava o curso de Letras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no qual teve uma série de professores importantes para sua formação, como Dionísio Toledo e Guilhermino Cesar, alguns deles cassados pelo AI-5. Sempre na área cultural, trabalhou também no Diário do Sul, na Istoé e ainda hoje tem uma coluna sobre teatro no Jornal do Comércio.


Como escritor, Antonio Hohlfeldt aproximou-se da literatura infantil resenhando obras e defendendo escritores de uma geração que optou por produzir livros infanto-juvenis mais críticos. Depois de uma viagem para fazer uma matéria por conta de uma disputa de terras entre índios e colonos, ele decidiu escrever sua primeira história, o livro Porã, a partir da conversa que teve com crianças da tribo. Desde então, tornou-se autor de uma série de livros infantis.


Em 1974, em função das inúmeras vezes em que foi chamado ao DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) para depor, ainda que sem violência, Antonio Hohlfeldt aproveitou uma oportunidade surgida numa viagem ao Canadá e ficou no país até 1975, trabalhando na Rádio Canadá Internacional, onde era possível dar notícias censuradas no Brasil, com base no material produzido pelos jornais locais. Na volta, ele decidiu entrar na vida partidária, e em sua primeira candidatura a vereador, em 1982, pelo PT (Partido dos Trabalhadores), conseguiu se eleger. Nessa trajetória política, foi ainda vereador pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) e vice-governador pelo partido. Atualmente, é filiado ao PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro).


Sua vida acadêmica iniciou-se antes dos cargos eletivos. Em 1975, dois anos após se formar em Letras, passou a dar aulas na Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), onde, ao regressar do Canadá, integrou-se de forma definitiva ao quadro de professores, assumindo a cadeira de Fundamentos Científicos da Informação. O professor ficou na instituição até a metade dos anos 1980, período em que lecionou também na Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) e na UCS (Universidade de Caxias do Sul). Em 1994, transferiu-se para a PUC (Pontifícia Universidade Católica), onde está até hoje. Seu mestrado e doutorado foram feitos na PUC, inclusive, em Linguística e Letras, e o pós-doutorado – um estudo que gerou um projeto sobre a história do jornalismo luso-brasileiro – aconteceu na Universidade Fernando Pessoa, na cidade do Porto, em Portugal.


O primeiro contato de Antonio Hohlfeldt com a Intercom se deu por meio da UCBC (União Cristã Brasileira de Comunicação Social), onde conheceu os professores José Marques de Melo e Anamaria Fadul. Afastado da UCBC devido à carreira política, se reencontrou com o professor Marques de Melo nos anos 1990 e foi convidado a apresentar trabalhos em congressos da Intercom. A partir daí, aproximou-se definitivamente da entidade, assumindo pouco a pouco novas atribuições, até ser eleito, em 2008, para o primeiro mandato como presidente da Intercom, sendo depois reeleito, de forma consecutiva.


Em seus dois mandatos, Antonio Hohlfeldt destaca como realizações mais importantes a institucionalização das práticas de gestão, com a definição de tarefas claras para os diversos cargos; a descentralização das decisões; a organização do acervo; e a atualização tecnológica. Ele lembra que parte relevante do trabalho das diretorias que liderou foi dar continuidade a projetos e ações que vinham de gestões passadas, como a internacionalização da Intercom, com a realização dos colóquios internacionais, por exemplo, e a criação da Enciclopédia Intercom de Comunicação. Antonio Hohlfeldt continua atuante na entidade, participando de congressos e de seu Conselho Curador.


Além da produção literária de ficção para o público infantil, escreveu e atuou como organizador de dezenas de livros, entre os quais Ronald Radde - O perseguidor de sonhos - 47 anos de Teatro Novo; History of the press in portuguese-speaking countries; Euclides da Cunha, intérprete do Brasil: O diário de um povo esquecido; e Conceito e história do jornalismo brasileiro. Junto com Carolina Buckup, publicou o livro Última Hora: populismo nas páginas de um jornal.


Em 11/05/16



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