Manuel Chaparro




Nascido em Portugal no ano de 1934, Manuel Carlos Chaparro começou a trabalhar profissionalmente como jornalista na Juventude Operária Católica (JOC), entidade em que ele militava, de forte atuação social no país. Na JOC, editou uma publicação que tinha tiragem mensal de 50 mil exemplares, produzida em pleno período salazarista, com censura permanente e institucional.


Esse trabalho fez com que ele recebesse o convite de dom Eugênio Sales, então bispo no Rio Grande do Norte, de vir para o Brasil, em 1961, com o objetivo de reformular o jornal da diocese. Cumprida a tarefa, passou a dirigir a assessoria de comunicação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), até voltar aos veículos jornalísticos. Trabalhou, então, no Jornal do Commercio, no Diário de Pernambuco e na sucursal da Folha de S. Paulo, no Recife, transferindo-se depois para a sede da Folha.


Na capital paulista, fez parte da equipe que produziu suplementos especiais de sucesso, junto com o colega Gaudêncio Torquato, seu sócio depois na Proal – Programação e Assessoria Editorial, empresa de comunicação empresarial que se tornou referência na área. Nessa trajetória, Manuel Chaparro ganhou quatro Prêmios Esso.


A atividade acadêmica começou mais tarde. Angustiado com as limitações da cultura jornalística, resolveu buscar o conhecimento formal. Graduou-se em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes, da USP, em 1982, onde fez em seguida o mestrado, o doutorado e a livre-docência. Durante sua formação, desenvolveu uma teoria de gêneros com base em conceitos da pragmática. Em 1984, tornou-se professor do curso de Jornalismo da ECA, dando aulas até 2001, quando se aposentou.


A aproximação com a Intercom se deu por meio de Gaudêncio Torquato e José Marques de Melo, jornalistas que ele havia conhecido ainda no Recife, na década de 1960. Em 1989, foi escolhido presidente da entidade e, em seu mandato, destaca como realizações a reformulação na Revista Intercom; a configuração de núcleos de pensamento científico, os grupos de pesquisa; e o trabalho de sustentação financeira da Intercom em tempos de muita dificuldade em obter recursos. Hoje, faz parte do Conselho Curador da entidade.


Manuel Chaparro continua atuante, escrevendo sobre mídia, jornalismo e atualidade em seu blog “O Xis da Questão” e lançando suas próprias obras pelas Edições Chaparro. Entre os livros que escreveu ao longo de sua trajetória, estão Pragmática do Jornalismo, Sotaques d’aquém e d’além-mar – travessias para uma nova teoria de gêneros jornalísticos, Linguagem dos Conflitos e Padre Romano – Profeta da Libertação Operária.


Em 19/11/2015



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