ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00126</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Bússola Magazine: A revista do viajante brasileiro em tempos de crise econômica</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Mariana Amorim Machado (Universidade de Brasília); Suzana Guedes Cardoso (Universidade de Brasília)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Revista digital, Transmídia, mochileiro, interatividade, Turismo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho dedicou-se ao desenvolvimento da publicação online Bússola dentro do segmento de revistas de viagens, buscando atingir o público de mochileiros e viajantes interessados em economizar nas diversas etapas de uma viagem, desde a compra de passagens aos pontos turísticos (locais) visitados. Após pesquisa de público-alvo, pesquisa de campo, de linha editorial e gráfica e entrevistas com especialistas, a revista pôde tomar forma. Bússola veio da necessidade de atender a viajantes que não tinham espaço em revistas impressas tradicionais, nascendo na plataforma que melhor pudesse alcançar este público. Bússola vem então para dialogar com o mochileiro em uma plataforma transmídia e com um design único, sendo a nova guia e companheira nas viagens que se seguirão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Muito antes da criação do GPS, de aplicativos, do satélite de rastreamento e até mesmo de mapas, surgiu a Bússola. Com registros que remetem ao ano 2.000 a.C, a bússola foi desenvolvida para auxiliar os navegadores, primeiros grandes viajantes internacionais em suas viagens. Hoje, pode até soar obsoleta, mas sem sua criação, muitos viajantes jamais teriam encontrado seu destino final. Na atualidade, entretanto, viajar ficou mais fácil, graças aos avanços da tecnologia. Orientar-se não é mais tão complexo, e com a globalização, o difícil é escolher para onde ir, dadas tantas opções. Surge agora uma nova bússola para ajudar os viajantes. A Bússola Magazine, revista de viagens e produto deste trabalho. Bússola é uma revista que teve seu início no terceiro semestre do curso de Comunicação Social da Universidade de Brasília, na disciplina Planejamento Gráfico. Ali, três alunas criaram um projeto embrionário com o objetivo de trazer uma diagramação limpa e moderna a uma revista de turismo. O projeto cresceu e agora ganha forma mais definida, com um público-alvo específico e formato digital, cujos objetivos principais são de inspirar e orientar o viajante na escolha de suas viagens, porém agora, esta inspiração se compromete a informar àqueles que não querem gastar muito. O leitor de Bússola vive em um Brasil que passa por dificuldades econômicas, mas é um viajante acostumado, que não desanima e viaja. É um peregrino nato, em busca de informações que o ajudem a viajar gastando pouco, com boa qualidade de apresentação. O projeto-piloto apresentado neste trabalho de conclusão de curso de graduação é uma proposta para uma nova revista digital de viagens. Com plano editorial e gráfico estudados, a revista se dispõe a disputar uma fatia do mercado editorial futuramente, no formato de aplicativo. Esta Bússola, como aquela que surgiu em 2.000 a.C, pretende orientar os novos grandes descobridores que se apresentem dispostos a conhecer e desbravar o mundo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O turismo é um setor que teve crescimento exponencial no Brasil nos últimos anos. Segundo dados da Anac e Infraero, o Brasil registrou recorde de desembarques internacionais nos aeroportos nacionais, com crescimento de 0,7% de 2014 a 2015. Em matéria do Portal Brasil, o ministro do turismo à época, Alessandro Teixeira, declarou que o turismo no Brasil tem enorme potencial para tornar-se um dos principais vetores na economia do país. Por outro lado, a moeda nacional está desvalorizada. O dólar, principal moeda de compra para viagens internacionais, registrou alta significativa, chegando a valer R$ 4,00 em 2015. O turismo econômico também cresce, tanto para brasileiros "mochileiros", como para estrangeiros que buscam o Brasil como destino para "mochilar". Quem é este público que viaja durante uma crise econômica? E como estas pessoas se informam? São questões de pesquisa para as quais Bússola apresentou soluções ao viajante que quer continuar viajando mesmo com os altos valores de passagens e hotéis. O objetivo do presente trabalho é encontrar a melhor solução para informar o viajante através uma revista de turismo voltada para o público que quer gastar pouco bem como encontrar a melhor maneira de apresentar a publicação ao público específico. Um dos desafios encontrados quanto à elaboração da revista foi a melhor plataforma para ser apresentada. A princípio, em seu formato inicial, Bússola foi concebida como revista impressa, tendo em vista a carência de publicações de viagens voltadas para o público mochileiro. Contudo, seria preciso pensar na melhor opção, dado o público a que Bússola se dirige, e se seria viável desenvolver uma revista impressa uma vez que não se tinha certeza se mochileiros procuram por estas publicações na hora de se informar. O maior problema da pesquisa, foi fazer uma revista de viagens que informasse ao público que gasta pouco, através da plataforma mais coerente de dar forma a esta revista.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O século XXI é marcado pelo aumento de brasileiros espalhados pelo mundo. Só em fevereiro de 2015, o número de turistas brasileiros no Canadá aumentou em 32,1%, totalizando 6.347 brasileiros no país, segundo a Comissão de Turismo Canadense (CTC). O Departamento de Comércio Estadunidense apontou o Brasil como responsável por enviar 30% do total de turistas sul-americanos em 2015. Uma pesquisa realizada pela Momondo, site de busca de passagens aéreas e reservas de hotéis, concluiu que para 36% dos brasileiros, a melhor forma de se gastar dinheiro é viajando. Enquanto isso, no Brasil, a crise econômica desvalorizou a moeda nacional. Segundo o Banco Central, os gastos de brasileiros em viagens internacionais caíram 44% em fevereiro de 2016, em comparação com o mesmo período do ano passado. A queda foi grande, mas os gastos ainda são representativos (um total de US$ 841 milhões). Para contornar a crise, o brasileiro aposta em saídas como o mochilão para continuar viajando. O Brasil, em 2015, entrou para a lista dos top 20 destinos mais procurados por mochileiros, segundo o site de reserva de hostels, HostelWorld. Já são vários os blogs especializados no público mochileiro e a rede está cheia de informações, mas as revistas ainda não olharam para este público. Scalzo (2014) defende que a segmentação das revistas é o que dá a credibilidade ao produto. "É preciso falar com menos gente para falar melhor" (SCALZO, Marília. 2014, p. 43). O jornalismo online, feito em portais de notícias permite recursos mais atuais e interativos, como vídeos, hiperlinks e trechos de áudio. Quando a revista impressa passa a ser online, os recursos de ambos os meios se unem, mantendo a interatividade de um, e a portabilidade de outro. Esta convergência entre o impresso e o online ocorre em uma perspectiva transmídia, em que o leitor se beneficia com características de ambos os veículos. Jenkins (2007, tradução nossa), fala sobre narrativas transmídia como um "processo em que os elementos são dispersados sistematicamente por diversos canais, com o propósito de criar uma experiência de entretenimento unificada e coordenada". Um questionário elaborado para esta pesquisa revelou que a maioria das pessoas tem interesse em uma revista de turismo impressa, mas, normalmente se informam online. Sabendo disso, foi preciso unir as duas mídias e tornar Bússola uma revista digital, que pudesse ser acessada de qualquer lugar e momento. Mas quem é esse público viajante, que já tem gasto menos? Quem é o mochileiro? Para definir o público-alvo é preciso falar com quem entenda e viva a realidade em questão. Em entrevista à pesquisadora, Daniel Thompson, autor do blog Mochileiro das Maravilhas definiu esta categoria de viajante: Mochileiro é um viajante curioso e inquieto que busca sempre algo fora da rota turística, que quer conhecer o lugar de maneira diferente, estar mais perto da realidade e da cultura local, das pessoas. O mochileiro é um turista sim, mas que troca, na maioria das vezes o conforto de uma cama mais macia por uma bela história em um frio banco de praça, uma noite bem dormida por um papo enriquecedor, que economiza na passagem e na comida para poder ir um pouco mais adiante, que caminha mais para ver o que tem depois da curva. (THOMPSON, Daniel, 2016) Há informações sobre turismo econômico em blogs especializados e redes sociais, mas falta em revistas. As principais revistas de viagens brasileiras trazem roteiros de viagens caras ou sugestões de luxo. Depois de pesquisar, concluiu-se que não há, entre as revistas impressas de viagens, uma que foque no público mochileiro. Bússola se justifica pela carência de publicações impressas para mochileiros e viajantes econômicos. A proposta diferenciada traz conteúdo transmídia em um design moderno e acessível em diferentes plataformas. A proposta desse produto comunicacional digital é trazer uma revista de viagens para um público globalizado e com acesso à tecnologia em diferentes dispositivos móveis.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A metodologia usada neste trabalho envolveu tanto uma pesquisa quantitativa, quanto qualitativa. Ambas fundamentais para delimitar o perfil do público-alvo e seus interesses. A primeira parte da elaboração de Bússola se deu pela pesquisa e coleta de dados através, primeiramente de coleta de dados com órgãos oficiais e, em seguida, com um questionário online enviado para grupos selecionados. Era preciso entender melhor qual é o contexto atual do turismo no Brasil, desde os números de voos, até a intenção de viagem. Para isso, foi feita busca de dados com os órgãos como Infraero e Ministério do Turismo. As informações foram obtidas tanto pelos sites oficiais das Instituições citadas, como através de suas assessorias de imprensa. e ajudaram a compreender melhor quem é e o que procura o turista brasileiro. Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), que é responsável por 60 aeroportos no Brasil, em comparação a 2014, os movimentos em 2015 de aeronaves caíram 8,08% e os movimentos de passageiros caíram 0,40%. Ainda assim, o número de voos foi muito grande: 1.818.170 voos foram registrados nos 60 aeroportos da rede, sendo que o aeroporto de Congonhas foi o mais movimentado. Esta queda, tanto no número de voos, como no número de passageiros, também foi observada no aeroporto mais movimentado do Brasil, o de Guarulhos, SP. Ali, o movimento total de aeronaves registrou queda de 3,137% de 2014 para 2015. Os dados sobre o movimento de passageiros no aeroporto de Brasília foram significativos. Para voos domésticos, houve um aumento de 9,099% de 2014 a 2015, e, para voos internacionais, esse aumento foi de 12,762% no mesmo período. Nota-se que, mesmo diante de uma crise econômica, o número de viajantes ainda é muito intenso nos aeroportos brasileiros, recebendo tanto passageiros nacionais, quanto internacionais. Diante dos dados obtidos, foi analisado o perfil do viajante que ainda lota os aeroportos. A análise foi embasada em uma pesquisa mensal do Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas; a Sondagem do Consumidor: Intenção de viagem, sempre feita por entrevista ao telefone com uma amostra de mais de 2 mil domicílios nas cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). A sondagem do consumidor realizada em dezembro de 2015 revelou que 26,7% dos entrevistados têm interesse em viajar nos próximos seis meses. No mesmo período de 2014, as assinalações positivas marcavam 34,9%. Entre os pesquisados, em dezembro de 2015, 86,4% viajariam para destinos turísticos nacionais, contra 10,9% viajariam para destinos internacionais. Em 2014, 80,2% das pessoas viajariam para destinos nacionais, contra 17,7% para destinos internacionais. Esta queda na intenção de viagem e, principalmente, pessoas que passaram a optar por destinos nacionais reflete as consequências do atual momento do país e do câmbio desfavorável. Mas, além da intenção de viagem nos próximos seis meses, também é considerada a faixa de renda. Quanto maior a renda, maiores as chances de o viajante geral indicar afirmativamente quanto à possibilidade de viagens nos próximos seis meses. A sondagem do consumidor dá uma boa base para se avaliar quem é e como se comporta o viajante geral brasileiro. Mas avaliá-lo como um só significa ignorar dados de grupos específicos. Afinal, um viajante com mais de 60 anos é diferente de um viajante com menos de 30 anos. Esses dois viajantes não farão as mesmas programações, por mais que visitem as mesmas cidades. Por isso, foi feita uma pesquisa de público-alvo respondida online por 108 pessoas. A pesquisa foi enviada para 5 grupos de mochileiros via Whatsapp. O contato se deu através da instablogueira e viajante mochileira, Lívia Lopes, dona do perfil @liviajando no Instagram, com cerca de 40 mil seguidores (na época). A pesquisa também foi enviada para pequenos grupos de intercambistas. A partir daí, observou-se que a maior parte destes viajantes são mulheres (74,20% contra 25,8% de homens), entre 19 e 35 anos, e com nível superior completo ou cursando pós-graduação. Outro fator analisado é a renda do viajante. Considerando que a grande maioria desses viajantes tem entre 19 e 35 anos, ou seja, está em início de faculdades ou recém-formados, compreende-se que um número significativo não tenha renda própria, ou que esta renda sozinha não seja suficiente para arcar com todos os custos de uma viagem. Ainda assim, mais da metade (55,80%) destes viajantes arca com todos os custos das próprias viagens. Este é o perfil do viajante mochileiro: alguém que consegue se manter viajando, mesmo em um momento de crise econômica do país, pagando pouco. E, além disso, não são pessoas que viajam uma única vez por ano, mas que, em sua maioria, viajam até três vezes por ano. O site HostelWorld, especialista em reservas online de hostels pelo mundo, levantou dados sobre viajantes mochileiros e concluiu que 90% de sua base de dados tem menos de 35 anos e que os números de mochileiros brasileiros vem crescendo, assim como a entrada de mochileiros de outros países, no Brasil. Hoje, somos o 17º país mais procurado por mochileiros. Os altos custos são os maiores empecilhos e desanimadores das pessoas na hora de viajar. Quando perguntados sobre possíveis motivos para não viajar, a questão de valores foi a principal justificativa (70,1%). Por outro lado, a vontade de viajar é tamanha para uns, que 32% dos entrevistados responderam que nada é capaz de desanimá-los a viajar. Enquanto o viajante geral afirma positivamente para viagens nos próximos seis meses em 26,7% dos casos, entre os mochileiros, esta expectativa sobe para 85,6% das vezes. Outro aspecto importante com relação ao viajante mochileiro é a forma como se inspira e como se informa a viajar. De fato, há interesse do público na revista impressa, e a pesquisa demonstrou isso. A maioria dos entrevistados (72,2%) afirmou positivamente sobre ter interesse em uma revista impressa de turismo. Contudo, observou-se que na prática, este tipo de veículo não é muito pouco procurado. Além das sugestões de amigos e parentes (66%), os principais "responsáveis" por influenciar a escolha dos destinos dos viajantes mochileiros são os blogs especializados (35,1%) e as promoções das companhias aéreas (35,1%). Como então produzir uma revista ao mochileiro, se ele não a procura na banca? A solução: levar a revista ao mochileiro pela plataforma que ele mais confia: a Internet. Jenkins (2007) e Cunha (2012), afirmam que produzir uma revista em tablets ou quaisquer outras plataformas online não significa manter o formato idêntico. Segundo Cunha (2012), "ter uma revista no tablet com padrões idênticos ao modelo impresso não faz sentido. Se a publicação é igual em papel, por que o usuário gastaria dinheiro comprando um novo aparelho? A diferença está nas possibilidades multimídia que a revista ganha com o novo suporte" (CUNHA, 2012; 9). A pesquisa qualitativa envolveu a análise de revistas, tanto impressas, quanto digitais, importante para observar o que havia em comum entre elas e o que se poderia evitar em uma publicação voltada para o público-alvo de Bússola. Para análise comparativa de revistas, foi feito um estudo das publicações editoriais Viagem e Turismo, da editora Abril, Viajar pelo Mundo, da editora Rac Mídia, e Viaje Mais, da editora Europa. Online, foram analisadas as revistas Huffington Post e Cosmopolitan. Foram realizadas ainda duas entrevistas: a primeira com a pesquisadora Tania Montoro, especialista em Turismo e Cinema, professora e pesquisadora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, e a segunda com Daniel Thompson, bacharel em Relações Públicas pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, Turismólogo pelo Centro Universitário Senac de Turismo e Hotelaria e autor do blog Mochileiro das Maravilhas, um dos mais importantes blogs de mochileiros atualmente. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para este projeto piloto, Bussola partiu de uma missão editorial definida, que ainda não existia em seu projeto embrionário. Essa missão foi a primeira e mais importante peça para definir todo o processo de pesquisa do produto. A missão editorial de Bússola é dialogar com o viajante aficionado que viaja três vezes ou mais por ano, juntando dinheiro e economizando de todas as formas possíveis. A revista visa o mochileiro que peregrina pelos continentes, que se interessa pelos destinos mais remotos e que não se desmotiva a viajar, mesmo em tempos de crise econômica. Bússola não foi feita para divulgar viagens caras, passagens de primeira classe ou cruzeiros 5 estrelas. A revista quer ensinar e auxiliar o viajante a usar empresas de baixo custo, hospedar-se em albergues baratos, mas confortáveis e conhecer novas culturas a preços razoáveis. A primeira ideia foi criar um blog na plataforma Blogspot, Tumblr ou WordPress. Também foi considerado criar um site, na plataforma gratuita Wix. Contudo, nenhuma destas seria a melhor forma, porque Bússola é uma revista, não um blog, nem um portal. Foi feita então uma pesquisa de plataformas que permitissem a diagramação e hospedagem de revistas no formato mais similar possível ao impresso. Após análise cuidadosa da lista de possibilidades, foi escolhido o site Joomag para diagramação e publicação de Bússola. O link para a publicação pode ser acessado em: https://www.joomag.com/en/newsstand/b%C3%BAssola-magazine-01/0692219001463505994. A partir de pesquisa de público alvo, foi determinado que o assunto que mais interessa aos leitores são matérias sobre viagens internacionais. Roteiros prontos de viagens ficaram em segundo lugar na preferência do público. Por esse motivo, a matéria de capa e de maior hierarquia na arquitetura da informação, trouxe um roteiro pronto para uma viagem internacional, ocupando seis páginas. O assunto "economia", também teve destaque na escolha dos entrevistados da pesquisa. Por esse motivo, a matéria Europa Econômica entrou como a primeira matéria, ocupando quatro páginas. Buscando explorar o potencial interativo da revista digital e com os recursos disponíveis, pôde-se inserir música e vídeo em uma revista, nas matérias "Os sons do esporte" e "Ele é o Mochileiro das Maravilhas". Outra missão da revista é agregar informação e conhecimento a quem quer aprender ou melhorar as técnicas de viagem dentro e fora do Brasil. Em terras estranhas, Bússola quer ser a mãozinha que vai ajudar o viajante. Foram publicadas sete matérias: Europa Econômica (páginas 6 a 9), Washington D.C (páginas 10 a 15), Um pulinho em Nova York (páginas 16 a 19), Ele é o Mochileiro das Maravilhas (páginas 20 e 21), Os sons do esporte (página 22), Desertos de emoções (página 23) e A cinco passos da mala perfeita (página 24). As matérias "Europa Econômica", "Os sons do esporte" e "A cinco passos da mala perfeita" foram obtidas por colaborações. "Europa Econômica" foi escrita pela jornalista Carina Ávila, que durante o intercâmbio em Sevilha, na Espanha, fez um mochilão por alguns países da Europa, como Croácia, Alemanha e Holanda. "A cinco passos da mala perfeita" foi escrita por Ana Cecília Nogueira e fez parte da edição embrionária de Bússola e foi incluída na edição-piloto como forma de manter alguma matéria da primeira revista. Ana Cecília fez parte de toda a elaboração gráfica da revista embrionária. "Os sons do esporte" foi escrita por Isabela Viana, que, como Ana Cecília, também fez parte da elaboração gráfica da revista embrionária. A matéria de uma página aproveitou dos recursos interativos da plataforma e pôde disponibilizar as músicas citadas de modo que, ao apertar de um "play", a canção é tocada. As demais matérias foram escritas pela pesquisadora. Tanto "Washington D.C" quanto "Um pulinho em Nova York" foram elaboradas após pesquisa de campo nos Estados Unidos em outubro de 2015. Após análise dos gastos durante as viagens, e por notar que era mais econômica a viagem a Washington do que a Nova York, foi escolhida a capital do país como matéria de capa. As fotografias utilizadas para a capa, tanto na matéria "Washington D.C" como na matéria "Um pulinho em Nova York" foram feitas pela pesquisadora, utilizando os critérios fotográficos e jornalísticos. O equipamento utilizado foi uma câmera Canon EOS 7D e lentes Canon 28-135mm. As fotos utilizadas na entrevista com Daniel Thompson foram retiradas (com autorização do autor), do site www.mochileirodasmaravilhas.com.br. As demais fotos foram obtidas em bancos de imagem públicos. Os bancos de imagem utilizados foram: Pixaby, Unsplash e Pexels. O download das imagens foi feito gratuitamente e através de cadastro nos sites. O projeto gráfico foi revisado a partir do projeto embrionário feito para a disciplina Planejamento Gráfico, mas, com algumas adaptações buscando a melhor forma de apresentar uma revista portátil, compatível com tecnologia móvel em smartphones e tablets. Como guia para a edição da revista, foram usados dois livros: Edição de imagens em jornalismo, organizado por Ângela Felippi, Demétrio Soster e Fabiana Piccinin, e Redesigning Magazines, organizado por Jandos Rothstein. A capa de Bússola procurou dialogar com o conteúdo interno e sua diagramação. O título em branco, com subtítulo preto proporciona elegância através do contraste das cores. A foto, feita pela pesquisadora, ilustra a matéria principal. O obelisco, no centro da imagem, aponta direto para o título, enquanto o reflexo na água aponta para as chamadas de capa. As chamadas, dentro do círculo branco com letras em preto dialogam diretamente com o título. O traço pontilhado que divide o título das chamadas das suas descrições são os mesmos pontos que aparecem em todos os títulos de todas as matérias. A opção por apenas duas chamadas permitiu que as laterais da capa tenham um respiro, prevalecendo o tom azulado da foto. Este mesmo tom azulado trabalha em completa oposição à contracapa, em tom de cor entre o amarelo e o laranja, cor oposta ao azul. A paleta de cores (vista a seguir) buscou dialogar com as fotografias usadas na edição. Foi usado o tom de azul no verso de capa, dialogando com a capa, onde azul é a cor predominante. Por ser uma plataforma digital, a revista online permitiu o uso de galerias, isto é uma maneira de, em um mesmo espaço, usar duas ou mais fotos. As galerias foram usadas nas matérias "Desertos de emoções", "Washington D.C" e "Um pulinho em Nova York". A plataforma hospedeira da revista permitiu ainda o uso de vídeos e hiperlinks. Os vídeos poderiam vir direto de sites (YouTube ou Vimeo) ou de arquivo pessoal do próprio computador. Caso fosse usado a partir de algum site, bastava a aplicação do código URL para o vídeo ficar disponível. O uso de hiperlinks também foi um utilizado. Ele permite que à distância de um toque (ou clique), o usuário vá para outra página.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Esta pesquisa buscou realizar investigações integradas nos campos do Jornalismo e do Turismo. Os achados comprovaram a intersecção entre ambas, no sentido de que a Comunicação é fator de agregação entre pessoas e promove as interações humanas ao veicular conteúdos de interesse público. O viajante brasileiro não é único. Há quem busque luxo, quem goste de viajar em família e quem seja mais eremita. Enquanto o turista geral tem sido analisado ano após ano, com um perfil já bem definido, o nicho dos mochileiros ainda não tem seus traços sequer esboçados. O que se constata nesta pesquisa é que brasileiro gosta (e muito) de viajar. Em tempos de crise econômica, um mochileiro tem muito a ensinar para aqueles que ainda mantêm viva a vontade de peregrinar. São dicas valiosas e que precisam ser divulgadas. Produzir uma revista para este público passa por uma série de fases. É um público jovem, escolarizado e em constante acesso às redes sociais. É um público que gosta de se informar, mas que não tem o hábito de ler revistas impressas. Surge a necessidade de migração da plataforma impressa para o digital, propiciando ao público viajante uma forma de entretenimento e informação no ambiente digital. Com os resultados dessa pesquisa, constatou-se a viabilidade de criação de uma revista digital voltada para mochileiros, promovendo a comunicação, circulação de pessoas e entretenimento a baixo custo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">SCALZO, Marília. Jornalismo de Revista. 4. Ed., 2ª reimpressão. São Paulo: Editora Contexto, 2014. 112 páginas.<br><br>CUNHA, Thais Gonçalves. Revista Elo: Experiência em tablet para relação emocional humano-computador. Setembro de 2012. Memória de produto de graduação.  Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Jornalismo, Brasília.<br><br>JENKINS, Henry. Transmedia Storytelling 101. 22 mar. 2007. Disponível em http://henryjenkins.org/2007/03/transmedia_storytelling_101.html Acesso em: 26 <br><br>FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "Bússola"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/bussola.htm>.<br><br>THOMPSON, Daniel. Entrevista [em 23/05/2016]. Entrevista concedida a Mariana A. Machado.<br><br>FELIPPI, Ângela, SOSTER, Demétrio de Azeredo, PICCININ, Fabiana (Org). Edição de Imagens em Jornalismo. 1. Ed. Santa Cruz do Sul: Editora EDUNISC, 2008. 255 páginas.<br><br>ROTHSTEIN, Jandos. Designing Magazines: inside periodical design, redesign, and branding. New York, NY: Allworth Communications, 2007. 198 páginas.<br><br> </td></tr></table></body></html>