ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00358</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Jovens fotograf@s: histórias de vida e desafios da profissão</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Kálita Raíssa Skilof Monção (Universidade do Estado de Mato Grosso); Kaio Henrique Magalhães Figueiredo (Universidade do Estado de Mato Grosso); Leo Altíssimo Neto (Universidade do Estado de Mato Grosso); Gibran Luis Lachowski (Universidade do Estado de Mato Grosso)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Fotografia, Apuração, Reportagem, Histórias de Vida, Desafios da Profissão</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este paper trata da produção de uma reportagem sobre a profissão de fotógrafo, tema pouco abordado pela mídia. Visa mostrar como foi elaborado o material, o crescimento acadêmico obtido e a contribuição que uma reflexão como esta pode trazer ao ambiente universitário e à sociedade em geral. Os preconceitos que iniciantes enfrentam por parte de profissionais experientes e da população como um todo, por não ver a atividade como profissão, são retratados na reportagem. A produção do material partiu de experiência própria na área da fotografia e buscou informar o cotidiano dos profissionais, desafios e formas de superação. O produto foi realizado durante a disciplina  Redação, Reportagem e Entrevista II , do 4º semestre do curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)campus Alto Araguaia, vinculada ao segundo período de 2016. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Jovens fotógraf@s: histórias de vida e desafios da profissão mostra um pouco do preconceito da sociedade em geral e das pessoas que exercem o ofício há mais tempo com os iniciantes na área. A reportagem traz o dia a dia de jovens profissionais e as barreiras pelas quais passam. São histórias de vida e superação de pessoas entre 18 e 23 anos que atuam em cidades de Mato Grosso e Goiás, utilizando a fotografia como forma de sustento, crescimento técnico-profissional e manifestação social. A reportagem foi realizada como atividade da disciplina  Redação, Reportagem e Entrevista II , do 4º semestre do curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)campus de Alto Araguaia, vinculada ao segundo período de 2016. Seu desenvolvimento ocorreu após aulas sobre conceitos e aplicações de reportagem, jornalismo investigativo, técnicas de apuração e narrativa jornalística. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A composição da reportagem trabalhou como o objetivo de trazer relatos de fotógrafos iniciantes que sofreram qualquer espécie de preconceito ou julgamento discriminatório feito pela sociedade de forma geral ou por fotógrafos mais experientes. Além disso, buscou contar as trajetórias de envolvimento desses profissionais com a área da fotografia. O início despretensioso, os recursos escassos, o processo de aprendizado e aproximação pela área, as situações de constrangimento social, assim como o risco de se deslocar cotidianamente com equipamento de alto custo e o esforço pessoal em buscar aperfeiçoamento na prática profissional. Relatos de entrevistados que foram retirados de evento por fotógrafos com mais experiência ou por membros da organização tentaram expor os dramas vividos pelos jovens personagens. A partir disso, por meio da reportagem, objetivou-se construir um relato humanizado da profissão, abordando aspectos que não são discutidos nas mídias. Nesse sentido, utilizou-se Sodré e Ferrari (1985, p. 15) para trazer uma das características mais marcantes da reportagem, que corresponde a um material jornalístico que vai além da informação factual: Diretamente ligada à emotividade, a humanização se acentuará na medida em que o relato for feito por alguém que não só testemunha a ação, mas também participa dos fatos. O repórter é aquele  que está presente entre o leitor e o acontecimento, servindo de ponte (e, portanto, diminuindo a distância) entre o leitor e o acontecimento. Mesmo não sendo feito em 1° pessoa, a narrativa deverá carregar em seu discurso um tom impressionista que favoreça essa aproximação. Procurou-se garantir esse tom humanizado em todo o material jornalístico, da estrutura da reportagem ao estilo  solto de escrita, semelhante ao utilizado na linguagem oral. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O principal motivo para a elaboração da reportagem surgiu a partir do envolvimento pessoal de um dos autores do trabalho em questão com a área da fotografia. O estudante Kaio Henrique Magalhães Figueiredo atua profissionalmente desde 2012 e, a partir desta experiência e interesse, desenvolveu o material jornalístico em parceria com a colega de curso Kálita Raíssa Skilof Monção. A convivência com os profissionais da área foi preponderante para o surgimento da ideia. E também possibilitou a percepção de que as pessoas que estão começando a trabalhar na fotografia têm pouco espaço e voz para relatar dificuldades e até preconceitos e mostrar como isto desvaloriza a profissão perante a população em geral. Afinal, quando se refere a essa área de atuação é comum as pessoas não verem o fotógrafo como um profissional. Para muitas esse campo é enxergado apenas como um hobby, um  passatempo de quem que não quer procurar um serviço pesado . Esse tipo de visão generalista impede as pessoas de enxergar uma fotógrafa/um fotógrafo como qualquer outra profissão que exige esforço, estudo, habilidade e responsabilidade. Portanto, o fato de a principal justificativa para a produção da reportagem ter surgido da proximidade com o assunto investigado estabeleceu conexão com a figura do profissional do jornalismo que está perto do acontecimento e, por isto, o acompanha em condições privilegiadas. Geralmente esse profissional é o jornalista que desempenha a função de repórter no seu tradicional formato, saindo a campo para buscar as informações e interpretar a realidade. Pois, como diz Lage (2001, p. 27-28),  O emissário no local do conflito ordena melhor as informações, tem maior noção do que é ou não relevante, porque sente o clima do que acontece: está diante de pessoas reais, com representações variadas e peculiares dos acontecimentos . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem produzida partiu da elaboração da pauta jornalística, trazendo os aspectos a serem discutidos dentro do assunto, enfoque, possíveis entrevistados e um roteiro com perguntas. Esse material foi exposto ao professor a fim de que tomasse pé da situação e pudesse apontar sugestões. Logo em seguida foi feito o agendamento com os entrevistados. Durante dez dias se procurou os possíveis entrevistados em meio a vários profissionais da região. Desse modo, recorreu-se a uma linha de trabalho que se consolidou durante a história do jornalismo, que compreende a concepção do materialpauta, apuração, redação/seleção de imagens e edição. É bom se observar que essa sequência de etapas leva ao êxito jornalístico apenas quando a equipe de jornalismo permanece aberta para novas revisões acerca do assunto, apesar de suas hipóteses iniciais (GUIRADO, 2004). Ainda antes dos encontros os questionários foram aperfeiçoados, procurando direcioná-los para cada entrevistado. Isso foi possível porque já se conhecia razoavelmente cada um deles e se sabia, também de forma geral, como poderiam ser utilizados na reportagem. Entre os pontos centrais a serem indagados: de onde surgiu o interesse pela profissão, relatos de preconceitos, como lidar com situações do tipo e de que forma alterar o ambiente profissional. Após os questionários feitos, foi o momento de desenvolver as entrevistas. A maioria delas foi feita pessoalmente e uma através das redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp). As entrevistas pessoais tiveram suas particularidades dependendo das condições em que foram feitas, mas buscaram sempre deixar os personagens à vontade, em um tom mais natural, quase de conversa. Ocorreram durante ensaio fotográfico, diálogo em sala de aula e nos corredores da universidade, visto se tratarem de estudantes da Unemat. Tom semelhante ao perfil jornalístico, como menciona Kotscho (2000, p. 44-48), para quem a sensibilidade e conhecimento prévio do repórter sobre o assunto vão garantir o ar de naturalidade à situação. Ou à entrevista dialogal, na qual, conforme Lage (2001, p. 77),  Entrevistador e entrevistado constroem o tom de sua conversa, que evolui a partir de questões propostas pelo primeiro, mas não se limitam a esses tópicos; permite o detalhamento dos temas abordados . A entrevista via redes sociais ocorreu por conta do entrevistado (Marcos Vinicius Dourado) morar em Goiânia (GO). O envio foi efetuado  por escrito , via internet, e as respostas devolvidas por meio de áudio (WhatsApp). Após todas as entrevistas, os áudios formam transcritos por completo para mergulhar ainda mais e aumentar a consistência da escrita, favorecendo o processo de relato humanizado e verificando que nada que fosse importante para a reportagem ficasse de fora. Processo fartamente estudado por Mühlhaus (2007), que parte de um grande volume de informações que vai sendo lapidado até se chegar ao produto final. Finalizando os processos, por ultimo foi montado à reportagem trazendo entrevistas com as historias de vidas dos jovens fotógrafos e relatando preconceitos enfrentados por eles durante suas carreiras. Vários foram os equipamentos utilizados para a produção da reportagem. Papel e caneta na elaboração da pauta. Nas entrevistas pessoais, aparelho celular para gravar os áudios e câmera fotográfica digital para fazer registros do trabalho. Em relação à entrevista feita pelas redes sociais, celular com acesso à internet. Nas transcrições, novamente o aparelho celular, além de computador, que também foi usado para a redação e edição do material final. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem é composta de três textos (um de abertura, maior, e um box), fotografias de autoria da equipe de reportagem e dos acervos pessoais dos fotógrafos entrevistados. Existe uma associação entre as imagens e os trechos referentes aos entrevistados para garantir uma dinâmica de identificação o processo de leitura. No texto inicial valoriza-se as histórias de vida e superação dos personagens e no box, buscando  uma quebra narrativa , expõe-se algumas frases simbólicas dos entrevistados diante de situações bem presentes no dia a dia da profissão. A estrutura da reportagem obedece a uma ordem de importância, dando maior destaque às histórias de vida de maior impacto e com a mais quantidade de detalhes. A mesma reportagem foi desenvolvida também para disciplina  Jornalismo Digital , no segundo semestre de 2016, trazendo, como acréscimo, vídeos de trabalhos dos entrevistados. O planejamento gráfico da reportagem foi realizado através do programa de diagramação Adobe InDesign. Por meio dele trabalhou-se o layout da proposta, organizando as fotos e os textos de modo a garantir dinamismo na apresentação do material e facilitar sua leitura. Para isso, recorreu-se a vários recursos visuais e editoriais, como a colocação de fundo colorido em determinados trechos da reportagem e a inserção de olhos, destacando falas significativas dos entrevistados. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A reportagem  Jovens fotógraf@s: história de vida e desafios da profissão buscou ressaltar problemas e preconceito de quem trabalha na área, trazendo detalhes do dia a dia de profissionais. Entende-se que a reportagem desenvolvida contribui para que, de uma forma geral, se possa  abrir os olhos da sociedade, mostrando que a atividade desenvolvida pela fotógrafa e pelo fotógrafo é uma profissão e, como tal, possui seus desafios como qualquer outra, assim como requer estudo, técnica, habilidade e responsabilidade. Além disso, acredita-se que foi possível, pela forma de condução da reportagem, proporcionar ao leitor uma visão humanizada acerca do cotidiano dos profissionais da área da fotografia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">GUIRADO, M. C. Reportagem: a arte da investigação. São Paulo: Arte & Ciência, 2004. <br><br>KOTSCHO, R. A prática da reportagem. São Paulo: Ática, 2000.<br><br>LAGE, N. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2001. <br><br>MÜHLHAUS, C. Por trás da entrevista. Rio de Janeiro: Record, 2007. <br><br> SODRÉ, M; FERRARI, M.H. Técnica de reportagem: notas sobre a narrativa jornalística. São Paulo, Summus, 1986. <br><br> </td></tr></table></body></html>