ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00111</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;PYMYDY: polinizando conhecimentos</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;ARIENE DOS SANTOS LIMA (Universidade Federal de Roraima); Luan Correia Cunha Santos (Universidade Federal de Roraima); Antônia Costa da Silva (Universidade Federal de Roraima)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;povos indígenas, Rádio, visibilidade, identidade, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">PYMYD: polinizando conhecimento é uma série indígena desenvolvida na disciplina de Áudio jornalismo II, do curso de comunicação no curso de Comunicação Social  Jornalismo da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e tem como objetivo abordar os povos indígenas de Roraima, além de questões institucionais relacionadas à educação, saúde e territórios dessa população, e traz em seu anseio matérias educativas com intuito de dá visibilidade e sobre tudo promover uma reflexão sobre a cultura e tradição dos nativos no estado através da Rádio.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Inscrita na língua indígena Wapichana, PYMYDY pertence ao idioma do segundo maior povo do estado, sua tradução para o português significa Beija-Flor, a escolha desta temática destaca a importância do pássaro na natureza, em seu aspecto natural poliniza as plantas e a busca pelo néctar o faz entra em contato com o pólen levando ao resto das flores, com estas relações às arvores se reproduzem, gerando novas sementes e frutos. Assim como a Rádio por meio de suas ondas sonoras levam informações em muitos espaços, alcançando lugares distantes, além de contribuir para acessão através das notícias dos ouvintes, possibilitando reproduções diante das matérias abordadas e isso resulta na inclusão social e de alguma forma a participação no processo, neste caso as populações indígenas, ressaltando o grande valor cultural das comunidades, além do procedimento de representatividade diante da Mídia tradicional que não os representa e tão pouco abrem espaços para os mesmos falarem de suas vivências. Nessa perspectiva os meios alternativos soam como uma forma de integração e sobressaindo na adesão dessa sociedade, sobretudo das classes não pautadas na mídia Para Peruzzo (2008), a comunicação alternativa, - comunitária se refere a uma comunicação livre, ou seja, que se pauta pela desvinculação de aparatos governamentais e empresariais de interesse comercial e/ou político conservador. A comunicação nesse viés representa uma forma participativa, horizontal, e dialógica, dependendo do lugar social. Roraima apesar de haver um grande número de originários, a população local pouco conhece as variedades linguísticas e tão poucas suas culturas, e isso são totalmente transparentes nos meios de comunicação que não abrangem em suas programações a questão étnica.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">1.1 Exercitar a prática do jornalismo radiofônico para difusão das etnias indígenas no Estado nos meios de comunicação. 1.2 situar a importância das rádios comunitárias como um meio alternativo na divulgação das camadas não representadas nos meios de comunicação tradicional. 1.3 Promover uma interação entre os acadêmicos e os povos indígenas, possibilitando uma troca de conhecimentos entre ambos alçando abrir espaços para que os mesmos possam entender a importância do etnojornalismo em suas matérias na "mídia tradicional". </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Falar dos povos indígenas dentro de um espaço onde uma grande parte da população é indígena é de extrema importância, pois os mesmos não têm uma divulgação na mídia local, causando o desconhecimento por parte dos demais moradores do estado. O espaço é necessário para uma visibilidade e principalmente na valorização da identidade desses povos, tendo em vista que a língua é a principal forma de identificação. O estado de Roraima é a segunda maior população indígena do Brasil com 32 terras indígenas já demarcadas, com uma extensão de mais de 10 milhões de hectares que contabilizam entorno de 58.000 indígenas divididos em 465 comunidades. Segundo dados do IBGE demonstram que (2010) 83.2% dos indígenas do estado ainda vivem em suas terras e somente 17,8 % vive no espaço urbano. E também detém a maior participação no total da população do estado (11,01%), enquanto nos demais apenas (6) unidades da federação possuem população indígena acima de 1% segundo o caderno temático do Atlas acional Digital do Brasil/IBGE divulgado em 2016. Ao todo são 11 povos sendo eles, Macuxi, Wapichana, Taurepang, Sapará, Ingarikó, Y'ekuana, Yanomamy, Wai-Wai, Patamona, Waimiri-Atruari e Piritit. Dar-se através dos dados abordados a importância do aprimoramento e estudo das malocas, para uma melhor compreensão de suas culturas no cenário tão promissor e deficiente de uma abordagem empírica desses costumes e tradições, muitas vezes desconhecidas no próprio local, no viés nacional tão pouco se houve falar das línguas indígenas. Essa é a identificação de cada povo, sem ela fica mais difícil fazer o reconhecimento de suas determinadas comunidades. O processo histórico é bastante triste em relação às identidades, ainda é um grande dilema falar sobre o ser "índio", para a Jornalista Indígena Mayra Pereira isso é referente á visão dos "colonizadores" ao chegar ao Brasil, no entanto no ponto de vista pessoal e atual, isso é atinente, pois já se tem uma compreensão de auto se afirmar suas origens, ressaltando a ancestralidade, sobretudo no ser pertencente em diversos âmbitos seja na política, aspecto social e cultural não mais aceitando a dominação, assim ocorreram em meados dos tempos, no entanto se identificar como parte integrante é de uma seriedade extraordinária assumindo assim uma diversidade étnica de origem do país. (PEREIRA, 2015) Por estas razões a série indígena nos contextos dos povos locais traz em sua essência uma representação como forma de transcendência das ações e atividades A partir dessas diversas compreensões e em outros registros, dá-se a seriedade em apresentar o modo específico de cada etnia trazendo um olhar através da rádio em especificidades nas emissoras da Rádio FM Monte Roraima e a Rádio Universitária ressaltando ambos como um espaço alternativo com capacidade de transmitir um diferencial, sobretudo afim de colocar os personagens como protagonistas de suas próprias histórias, Mario Kaplún define a comunicação popular e alternativa, como uma "comunicação libertadora, transformadora, que tem o povo como gerador e protagonista". Ressaltando os aspectos educativos desse tipo de processo de comunicação. O autor esclarece que as mensagens são produzidas "para que o povo tome consciência de sua realidade ou para suscitar uma reflexão, ou ainda para gerar uma discussão". (Kaplún ,1985, p. 7) Desta forma é possível entender a significância e a amplitude que toma o cenário de uma disciplina com intuito de não apenas realizar uma atividade, mas refletir sobre o contexto dos nativos, mesclando suas ações em cada instante de uma entrevista e estudo de cada comunidade, produzindo experiências e, contudo, propondo um pensar de maneira reflexiva e libertadora uma vez em que há a chance de adquirir novos horizontes no campo da comunicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como parte da disciplina de Áudio jornalismo II, do curso de comunicação social, da Universidade Federal de Roraima, os acadêmicos do 5º semestre tiveram como objetivo produzir um conjunto de reportagens especiais ressaltando uma das riquezas do estado, o pertencimento indígena. Durante o processo, a turma foi dividida em duplas, com objetivo de cobrir maior diversidade de etnias, visto que somente em Roraima existem nove. A pré-produção foi iniciada ainda em sala de aula, com o objetivo de identificar as pautas de cada dupla, ficando decidido que cada reportagem abordaria um grupo étnico, além de temas mais amplos, como saúde indígena, o papel da FUNAI, a organização dos povos indígenas, a demarcação da terra Raposa Serra do Sol. Com a orientação da Profª Drª Antonia Costa, responsável por ministrar as disciplinas de áudio do curso de comunicação da UFRR, foram desenvolvidas as pesquisas de levantamento de dados que, posteriormente, seriam utilizados na reportagem, assim como a elaboração do roteiro de perguntas destinadas aos entrevistados de cada grupo. A gravação dos off´s e edição final foram produzidos no espaço do laboratório de áudio do curso, sendo a produção e mixagem final assinada pelo acadêmico Luan Correia, acompanhadas do grupo responsável por cada matéria. A metodologia empregada na produção deste trabalho é baseada no pensamento de que em produções de séries especiais, como o caso do conjunto das narrativas sobre os povos indígenas de Roraima, todos os elementos presentes na linguagem, com é o caso da entonação, trilha, texto, efeitos, sons ambientes e o próprio silêncio, são fundamentais para o processo de construção e argumentação utilizados pelo jornalista (Freire; Lopes, 2011), esses serão auxiliadores no processo de comunicar. Desta forma cada reportagem do conjunto busca explorar de maneira autêntica e original recursos diversos, para garantir que o conhecimento adquirido através dos povos indígenas chegue aos ouvintes, contribuindo com a compreensão sobre a realidade de cada etnia e de todas em geral, além de buscar qualidade na estética do produto sonoro. Cada dupla pôde optar pelo uso de recursos que lhes fossem mais eficientes, sendo capazes de evidênciar a riqueza cultural presente no segmento no estado, e auxiliar a difusão do conhecimento dos povos indígenas. Por se tratar de um conjunto de reportagens, o gênero jornalístico a que pertence é interpretativo. Segundo Juarez Bahia (1990) é através dela que se constrói uma visão mais ampla e múltipla das pautas. José Marques de melo (1994) enfatiza que o interpretativo não apenas apresenta um acontecimento, mas serve como um relato ampliado do mesmo, visto que este já repercutiu dentro do organismo social provocando movimentos que são percebidos pela instituição jornalística. Neste caso, podemos considerar os povos indígenas, não como um acontecimento, mas sim como um agente social de forte atuação no âmbito social, em especial em Roraima por conta do índice de pessoas indígenas ou descendentes. A busca por representações dentro das diversas denominações étnicas e o respeito a suas individualidades, especialmente aquelas relacionadas a oralidade, foram resguardadas, com o intuito de manter uma característica fundamental do jornalismo, a aproximação com a realidade. Como explica Freire e Lopes (2011, p.136), "se essa é a nossa realidade  seja ela harmônica ou caótica  o rádio não pode ignorá-la. Trata-se de um veículo de comunicação oral e deve, portanto, assumir-se como tal e explorar os potenciais que essa característica lhe permite". Por isso a trilha sonora que acompanha a produção, assim como o tratamento do áudio das entrevistas, os efeitos de mixagem e demais recursos empregados foram pensados para favorecer a compreensão do ouvinte em relação a temática indígena. Aliando-se ao cuidado de seleção e organização, para que os elementos fundidos, ao serem ouvidos, não se convertessem em ruídos. Por ter sido produzido por toda a turma do período durante a disciplina, embora tenha o mesmo núcleo de edição e mixagem, o resultado final é um conjunto diverso, que aborda não apenas costumes e cotidianos diferentes, mas também formas de fazer e relatar que se diferenciam, marcadas pelos distintos processos de construção abordados pelos alunos. Embora entoados no mesmo contexto e com discursos semelhantes em respeito aos povos tradicionais da região, pôde influenciar individualmente cada discente e promover reflexões coletivas em torno da temática. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A série foi composta originalmente por treze peças individuais, sendo as cinco primeiras sobre temas introdutórios e gerais, que contemplam todas as etnias envolvidas no estado. A sequência é composta pelos episódios que contemplam as etnias e o encerramento foi uma reportagem especial sobre os povos indígenas Warao, que apesar de serem de origem venezuelana, encontram-se em grande quantidade em Roraima devido a situação de crise no país vizinho. A primeira reportagem é justamente uma apresentação de Roraima para o próprio roraimense. São denominadas as etnias, os espaços de terra demarcados, a estimativa de pessoas declaradas indígenas ou descendentes. Como entrevistada, a liderança jovem Ariene Wapichana conta um pouco sobre a realidade dos povos de Roraima, sua luta e suas conquistas. O BG é uma música local que enaltece as características do povo e seu lugar, "Roraimeira" do cantor Zeca Preto. O nome faz alusão a um movimento artístico criado pelo escritor Eliakin Rufino, para valorizar a cultura do estado. A reportagem foi produzida pelas acadêmicas Édellen Aquino e Marília Mesquita. A segunda peça da série refere-se a histórica demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, sua produção é do acadêmica Hudson de Oliveira, com narração e reportagem de Robson dos Santos. Inicia-se situando o local para ouvinte e contando um pouco do processo, desde de sua idealização até consolidação. O antropólogo da Universidade Federal de Roraima, José Carlos Franco, entrevistado na matéria fala ainda sobre a resistência que ouve, mesmo depois da homologação da área, especialmente por conta de agricultores que cultivavam no local. Ao fim da reportagem é ressaltado que ainda existe muita resistência da bancada ruralista. O BG que acompanha a trilha é composto de uma série de canções temáticas regionais. O terceiro episódio da série explica o que como ocorre a organização e união dos povos indígenas do estado e ressalta a importância dele. Produzido pela acadêmica indígena Ariene Wapichana. Em sonora com Enock Taurepang é explicado como o movimento indígena tem se organizado nos últimos anos, em busca de seus direitos. A quarta narrativa, produzida pelo acadêmico Ayan Ariel, trata sobre a FUNAI e seu importante papel na defesa dos direitos indígenas. Com a participação do indigenista Gilmar Souza Pinto, é ressaltado o valor da verba repassada pelo Governo Federal para a instituição e que vem diminuindo drasticamente com o passar dos anos, com cortes de até 80% no governo do presidente Michel Temer. A quinta reportagem da série, de produção e narração do acadêmico Pedro Henrique Barbosa, sobre a saúde indígena. Em seu texto foi evidenciado que cada comunidade define saúde de uma forma diferente, e que muitas vezes, isso se diferencia daquela tida por não-indígenas. Em entrevista com o psicólogo da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Rodrigo Scalabrini, o acadêmico também dialoga sobre políticas que estão sendo adotadas em hospitais e centros de saúde voltadas ao atendimento humanizado e qualificado para entender as especificidades de indígenas. A partir da sexta reportagem, o especial começa a adentrar nas características específicas de cada uma das etnias roraimenses. a primeira dela é o povo Macuxi. Inicia-se de forma diferente, com a proposta de demonstrar aos ouvintes que o extenso conjunto de reportagens. Ao som da banda regional "Caxiri na Cuia", com música "Bebe Macuxi", embala um tom alegre do ritmo do forró, ao falar de uma denominação que já um símbolo de Roraima, o Macuxi. Produzida por Kendria Cavalcante e Juliane Uchoa, o episódio conta um pouco mais sobre os costumes do povo, suas tradições, sua história e sua posição diante do estado que vem se urbanizado a cada dia. A partir da entrevista com o acadêmico da Universidade Federal de Roraima, Tiago Gregório Lima, foi-se trabalho um aspecto importante neste cenário de urbanização, o orgulho e o pertencimento. Vítimas de descaso e violências simbólicas, muitos indígenas tem receio ou vergonha de assumir sua identidade. Ao afirmar-se Macuxi com Orgulho, o depoimento de Tiago vai de encontro a esta realidade assim como encoraja outros indígenas a sentirem orgulho de sua origem. A sétima reportagem é sobre os povos Wapichana, segunda etnia mais populosa da região. Sob a narrativa de Dhenny Rabelo e Mikaelly Angelo, a narrativa conta as histórias de resistências e conhecimentos tradicionais, como pomadas milagrosas, chás e remédios, passados pelos idosos das comunidades e também foca no cotidiano dentro das comunidades. A partir da entrevista com Mayra Wapichana, jornalista integrante do conselho indígena de Roraima, também é evidenciado a situação de bilinguismo (Wapichana e português) desta população, especialmente por conta por estar situada nos arredores urbanos. Em diversas escolas das comunidades, as crianças são ensinadas não apenas na língua dos colonizadores, mas também em seu dialeto, uma importante conquista que visa preservar a tradição. A narrativa seguinte refere-se ao povo Yanomami, produzida por Yara Walker e narrada por Kaio Grambel, conta um pouco da história desta que é uma das etnias mais famosas do mundo, especialmente depois do livro "A Queda do Céu", o qual tem autoria do líder xamã David Kopenawa e do antropólogo francês Bruce Albert. É reconstituída de maneira breve a história deste povo em busca da garantia de suas terras, que foram homologadas em 2012. Na entrevista presente na reportagem, o próprio David Kopenawa faz denúncia sobre a situação de insegurança que vive sua comunidade em relação ao futuro de seus direitos conquistados, especialmente por conta de que sua terra é também disputada por garimpeiros. Segundo a liderança o novo governo está fazendo visto grossa para as constantes invasões por está aliado aos senhores do garimpo. Enquanto a oitava reportagem aborda uma famosa população, a nona reportagem inicia justamente com uma enquete: "Você conhece o povo Ingarikó?". Em todas as sonoras coletadas pela dupla de acadêmicos Ana Lúcia Montrel e Eduardo Haleks, a resposta foi negativa. O próprio povo Ingarikó conta sua história durante a matéria, uma abordagem escolhida pela dupla de acadêmicos, que ao focar nos bastidores e na condução do ritmo da narrativa, evidenciam o protagonismo do entrevistado. Os "povos da floresta" como são chamados a etnia Wai-Wai são apresentados pelas acadêmicas Safirah Mulbarac e Karina Mota, a partir de um diálogo com a socióloga Barbara Betônico, que explica que diferente dos povos indígenas do lavrado. A canção de seu povo é evidenciada no BG durante toda a reportagem. A décima reportagem produzida na disciplina de Audio Jornalismo II do semestre 2017.2, tem como temática o povo Waimiri, entre o diálogo da acadêmica Harlínis Yorjeth e o antropólogo Profº Drº Carlos Alberto Cirino a história dos primeiros contatos entre a comunidade tradicional e povo não-indígena. A décima primeira e décima segunda reportagem contextualizam os povos Taurepang e Warao em Roraima. A primeira produzida pelos acadêmicos Bryan Araújo e Herbet Rosas mostra um povo que se situa entre terras brasileiras e venezuelanas. Enquanto o povo Warao, de origem venezuelana, encontra-se em processo de migração para o Brasil devido a crise venezuelana, embora sejam tradicionalmente nômades, como mostra o acadêmico Rafael Lima. Em ambas as reportagens são mostrados os conflitos externos de fronteira existentes entre Brasil e Venezuela, que são externos aos povos indígenas, já que as fronteiras imaginárias demarcas pelos governos brasileiro e venezuelano são posteriores a sua habitação na região. A série, depois de concluída, foi transmitida diariamente nas últimas semanas do ano de 2017 pela rádio universitária, no programa "Repórter Roraima", jornal local produzido por acadêmicos do curso de diversos períodos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Com a perspectiva de poder alcançar novos meios para abrangências dos povos indígenas no estado de estado de Roraima, percebermos por meio das atividades desenvolvidas na disciplina, a falta de conhecimento por parte da população local sobre as populações tradicionais, as características desses povos, suas especificidades e identidades próprias são totalmente estereotipadas com outras visões, na verdade não há um espaço para uma divulgação de ambas, isso resulta no preconceito, a não visibilidade produz a falta de conhecimento de outrem, no entanto observamos que há uma forma de realizar essa transição na mídia, é preciso fazer essa abordagem dentro das metodologias de ensino do curso de comunicação e principalmente nos laboratórios de rádio e fazer que os indígenas tenham espaços não apenas nas rádios comunitárias, mas também em todos os outros meios de comunicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">PEREIRA, Mayra. Estratégias de comunicação e Etnojornalismo no Conselho Indígena de Roraima. 2016. 103f. Monografia (Comunicação Social-Jornalismo -Universidade Federal de Roraima, Boa vista, RR, 2015.<br><br>KAPLÚN, Mário. Vozes da cidadania: história da comunicação na redemocratização do Brasil. Inter vozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social. São Paulo: Inter vozes/Imprensa Oficial, 2006. <br><br>BAHIA, Juarez. Jornal, história e técnicas  Volumes 1 e 2. 4ª edição. São Paulo: Ática, 1990. <br><br>FREIRI, Marcelo. LOPEZ, Debora Cristina. Linguagem radiofônica e jornalismo: um estudo das estratégias estéticas das séries de reportagens da Rádio Eldorado. In: Logos 35: Mediações Sonoras. Vol. 18, Nº 02, 2º semestre. Universidade Estadual do Rio de Janeiro. 2011. <br><br>MELO, José Marques. A opinião no jornalismo brasileiro. 2 e. Petrópolis: Vozes, 1994. <br><br>PERUZZO, C.M.K.Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 2004.<br><br> </td></tr></table></body></html>