ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00178</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;BANCA EXPOSTA - LIVRORREPORTAGEM SOBRE A VIDA E O TRABALHO DOS FEIRANTES DE PALMAS</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;LAUANE SILVA DOS SANTOS (Universidade Federal do Tocantins); Wolfgang Teske (Universidade Federal do Tocantins)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Feira da 304 Sul, Feirantes, Folkcomunicação, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho tem como objetivo relatar o desenvolvimento da produção e procedimentos técnicos do livrorreportagem Banca Exposta que apresenta, entre outros aspectos, as técnicas utilizadas pelos feirantes no local de trabalho. As informações obtidas por meio de observação participante e entrevistas não estruturadas alimentam os dez capítulos do produto, baseados na vivência e histórias contadas pelo mesmo número de feirantes. Para fundamentar o trabalho, foi utilizada a Teoria da Folkcomunicação pelos procedimentos de Luiz Beltrão e José Marques de Melo, Folkmarketing, por Severino Lucena, e a Teoria do New Journalism como junção entre reportagem e literatura, por Truman Capote. Pode-se concluir que Banca Exposta também pretende ser ainda maior, voltar-se para aqueles que ajudaram a construí-lo, e tornar pública e notória a história de trabalhadores que lutam e se expõem para a vida. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O que têm instigado os estudiosos, com grande relevância na área das ciências humanas, e se tornou foco nesse trabalho, é a linguagem e o discurso utilizado por feirantes, as suas técnicas de persuasão e a criatividade nas formas de atrair a atenção do público. Neste sentido, é necessário entender como os feirantes adaptam técnicas comunicacionais, estudadas cientificamente, ao seu meio de trabalho, partindo do conhecimento popular, uma vez que lhes falta conhecimento científico e teórico. O trabalho visa entender como técnicas embasadas na Folkcomunicação, especialmente com a Folkmarketing, são utilizadas pelos feirantes. O trabalho ainda se propõe a ser espaço de fala para os dez feirantes entrevistados, com reportagens aprofundadas sobre suas origens, histórias de vida e os sentimentos relacionados à profissão. Foi delimitada para exploração do objeto a feira central da cidade de Palmas, localizada na Quadra 304 Sul. Dos 1176 feirantes cadastrados em todas as sete feiras de Palmas, quase 50% trabalham na 304 Sul. São 523 feirantes que trabalham na feira que vende, por mês, mais de um milhão de reais. Além da feira ser a maior em número de trabalhadores e trabalhadoras todas as terças e sextas-feiras, é lá também que se passa o maior número de consumidores. Por dia de funcionamento, cerca de 16 mil pessoas vão à Feira da 304 Sul, de maneira rotativa. Por isso, é de grande relevância que haja mais trabalhos voltados para a Folkcomunicação na prática, porque podem proporcionar um olhar mais notável da sociedade para os feirantes, com a circulação do livrorreportagem Banca Exposta tendo-os como protagonistas da própria história. Tal produto jornalístico também ajudará no avanço da teoria, ampliando o leque de possibilidades de utilização da comunicação popular, demonstrando que ela não é propriedade apenas dos cientistas e conhecidos, mas principalmente dos que a utilizam no dia-a-dia de forma espontânea.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto visa dar visibilidade às técnicas folkcomunicacionais utilizadas pelos feirantes e a maneira como essas técnicas foram estabelecidas, a partir da construção da história de cada um, levando em consideração as suas origens. Pretende-se também com esse produto, ter um aprofundamento maior sobre cada história, com enfoque nas especificidades da linguagem dos personagens entrevistados. Se torna necessário para esse entendimento, detalhar como os feirantes adaptam técnicas comunicacionais, estudadas cientificamente, ao seu meio de trabalho, partindo do conhecimento popular, uma vez que lhes falta conhecimento científico sobre a teoria. O trabalho visa entender como técnicas embasadas na Folkcomunicação, especialmente com a Folkmarketing, são utilizadas pelos feirantes, como  e se  foram pensadas e executadas. O trabalho ainda se propõe a ser espaço de fala para os dez feirantes entrevistados, com reportagens aprofundadas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A necessidade de melhorar de vida faz muitas pessoas saírem de suas pequenas cidades ou fazendas para morar nas grandes metrópoles, com o intuito de conseguirem melhores condições econômicas. Porém, o que acontece é que falta emprego para muitos desses imigrantes, por falta de um currículo profissional profícuo, ou por falta de oportunidade. Para sobreviverem, acabam trabalhando como faxineiros, seguranças, e uma parcela considerável, como vendedores ambulantes, tornando o bico uma profissão: feirante. A função do livrorreportagem Banca Exposta é, além de se fazer um meio de contar a história de vida e experiências aprendidas pelos feirantes, dar visibilidade ao trabalho popular deles, dentro e fora da academia, seja de modo a instigar mais estudos sobre esse viés, ou apenas informar a população sobre temas de relevância social, sendo este um objetivo da reportagem, principal mecanismo de escrita utilizado no livro. Ao longo dos 28 anos da capital do Tocantins, foram criadas sete feiras livres, localizadas em todas as regiões da cidade. Em todas as feiras, há uma variedade de produtos, desde os comestíveis, como hortaliças, frutas, verduras, pastéis, açaí, doces e farinhaço, como os artesanatos, brinquedos, roupas, entre outros. Para dar conta de tudo isso, são mais de 1176 feirantes cadastrados na Prefeitura de Palmas, para trabalharem nesses espaços, dentre eles, 523 somente na Feira da 304 Sul. São esses 523 feirantes que trabalham na feira que vende, por mês, mais de um milhão de reais. Além da feira ser a maior em número de trabalhadores e trabalhadoras todas as terças e sextas-feiras, é lá também que se passa o maior número de consumidores. Por dia de funcionamento, cerca de 16 mil pessoas vão à Feira da 304 Sul, de maneira rotativa. São esses mais de 500 feirantes que fazem realmente a feira. Aqueles que vêm da zona rural e cidades vizinhas, acordam as três da manhã, terminam a colheita com o maior cuidado, levam os produtos para a feira, dispõem na banca da melhor forma que podem, tentando deixar apresentável aos consumidores. Eles lutam todos os dias da semana, para chegarem as terças e sextas com os produtos mais bonitos, mais bem feitos ou bem produzidos e satisfazer os seus clientes. Para abarcar toda a proposta, foi escolhido como meio de veiculação das histórias colhidas com dez feirantes da 304 Sul, o livrorreportagem, pela sua capacidade de contar, de maneira mais aprofundada e ao mesmo tempo leve, cada narrativa exposta pelos trabalhadores entrevistados. A escolha desse tipo de produto deu-se, também, devido à necessidade de detalhar melhor as origens e aspectos adjacentes, de cada entrevistado, em uma narrativa simples, tendo mais espaço e leveza para desenvolver as histórias e técnicas aprendidas e constantemente ensinadas por cada um. Além disso, o livrorreportagem pode ser traduzido como um gênero literário dentro do Jornalismo, de acordo com Truman Capote, e por isso, é um meio que permite mais detalhamentos e contos e fatos, em um mesmo espaço, bem como dos gestos observados nas entrevistas e por meio da observação participante em cada banca, que dizem muito sobre os artifícios utilizados para a venda dos produtos na feira. A narrativa do livro é simples e direta a fim de ser acessível aos próprios detentores das histórias contadas, e todas as reportagens, que giram em torno de dez páginas cada, possuem fotos jornalísticas e retratos, utilizados como suporte para dar leveza e ilustrar de maneira mais palpável a realidade de cada capítulo e, também, para mostram a relação do feirante com o seu trabalho, tornando-se uma leitura extra, conduzida visualmente, sobre as histórias.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A pesquisa em campo se deu de maneira qualitativa, com caráter exploratório, e o método de abordagem dos feirantes foi indutivo a fim de abstrair conceitos a partir dos dados coletados e chegar a uma das muitas possibilidades de conclusão, se realmente for necessária uma conclusão. Como conceituam Lakatos; Marconi,  Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 92). A coleta de dados se deu a partir de uma observação direta e participante, e teve como suportes o método da entrevista não estruturada - aquela em que é deixado ao entrevistado decidir-se pela forma de construir a resposta (LAVILLE; DIONE, 1999, p. 188-190) - como técnica de aproximação e conversação, para adquirir maior confiança e mais informações da fonte, entendendo que a intenção era perpassar por vários aspectos da vida e do trabalho de cada entrevistado, e apontar o destaque de cada entrevista apenas após a sua finalização e escrita, de acordo com a emoção vivida no momento da coleta e edição da autora. Também foi utilizado o método da pesquisa de campo a fim de reunir os dados necessários para composição do material introdutório. Na entrevista não estruturada e em profundidade, com algumas questões principais pensadas previamente para conduzir inicialmente a conversa, os vendedores foram entrevistados sobre sua vida e origens, como se tornaram feirantes, como é o trabalho e os sentimentos relacionados à profissão. Isso porque a entrevista em profundidade é responsável por ser um método eficiente na busca por informações mais detalhadas. A autora Dulcélia Schroeder Buitoni (apud LIMA, 2009, p. 39) também confere as entrevistas abertas que compõem perfis humanizados um  poderoso recurso para a melhoria dos processos de captação dos jornalistas, reconhecendo que alguns profissionais se utilizam, de alguma forma, desse instrumental . Os depoimentos retirados das entrevistas e transcritos também são narrados no livro em primeira pessoa, com a utilização de diálogos, transposto da transcrição de maneira integral à fala nas entrevistas. As primeiras visitas à Feira foram feitas juntamente com o orientador do trabalho que auxiliou na indicação e abordagem de alguns feirantes, apenas com o critério de já serem conhecidos previamente pelo professor orientador, que também é consumir dos produtos da feira. Ainda assim, nem todos queriam ou podiam separar um tempo para a entrevista. Por isso foi necessário escolher outros personagens, com o único de critério de não entrevistar duas fontes que vendem o mesmo tipo de produto. A escolha e abordagem dos personagens se deram de forma gradual, no período de um mês de idas à feira, entre terças e sextas-feiras. Ao final desse espaço de tempo, optou-se por fechar em entrevistar dez feirantes, cada um sendo vendedor de um produto diferente, pois percebi que apenas essas dez histórias, escritas em profundidade, renderiam um produto de qualidade e detalhamento. A proposta inicial era fazer todas as entrevistas em outro local que não fosse a Feira, uma vez que quando os feirantes chegam lá, estão sempre com muito trabalho para fazer. Sendo assim, as entrevistas com as personagens dos capítulos 1,2 e 3 foram feitas na casa delas e tive que dispor de recursos financeiros para chegar até cada lugar marcado. Com o decorrer do tempo e até durante a abordagem, os outros feirantes preferiram conversar ali mesmo na feira, entre uma venda e outra, por também não terem muito tempo durante a semana ou por questões geográficas. Essa mudança brusca de metodologia foi muito importante para dar mais detalhamento ao produto, porque foi assim que pude viver momentos essenciais ao lado de cada personagem e conquistar mais a confiança e amizade deles. Importante colocar que todas as entrevistas foram transcritas de forma integral à fala do entrevistado, sem alteração ou grifo de nenhuma palavra, mesmo que não estivesse de acordo com a Norma Culta da Língua Portuguesa. Após a finalização da escrita de cada história, foi dedicada uma tarde para levar as reportagens de cada capítulo ao personagem para conferir todas as informações, conferindo maior credibilidade e veracidade ao conteúdo escrito, uma vez que todos os capítulos foram lidos e aprovados pelo feirante protagonista. Foram feitas fotos tanto do trabalho executado por cada feirante quanto retratos fotográficos dos personagens. Durante a produção das fotos, foi apresentado um termo de autorização da imagem , lido e assinado igualmente por todos, para dar continuidade ao trabalho. Vale ressaltar que os feirantes não foram avisados sobre qual dia seriam feitas as fotos, com o intuito de retratar o máximo possível o cotidiano de cada um. Para compor o material, tanto o produto quanto o relatório, também foram feitas fotos de objetos considerados produtos folkcomunicacionais, como um pequeno banner feito sem auxílio de um profissional arte-finalista, plaquinhas escritas à mão próximas aos produtos, disposição dos produtos na frente de algumas bancas de modo a chamar mais atenção para o que mais se vende, letreiros luminosos para a noite, placas de promoção, camisetas com o nome da banca, normalmente escolhido pelo proprietário com bastante criatividade, entre outros. A maioria das fotos do produto é autoral, com auxílio de um fotógrafo experiente, todas devidamente creditadas. O livrorreportagem tem por título Banca Exposta, com a intenção de fazer um trocadilho com a exposição da banca na feira e a exposição da vida e cotidiano de cada feirante para os leitores da obra, uma vez que as histórias contidas na obra são aprofundadas, na sua maioria, escritas entre oito e dez páginas. O produto é dividido em um capítulo introdutório chamado  Contextualizando , e mais dez capítulos  reportagens  , cada um com a história do personagem entrevistado. O capítulo de introdução tem o objetivo de contextualizar o lugar que é pano de fundo das histórias, ou seja, a própria Feira. Levando em consideração que, de acordo com Lima (2009, p. 103)  [...] a captação, todavia, não se resume à entrevista, à observação , mas envolve também a  [...] documentação, no sentido da coleta, exame, classificação e uso de dados registrados disponíveis na sociedade moderna, em seus mais diversos meios , foi feita uma entrevista com o diretor da Superintendência de Abastecimento e Comercialização das Feiras Livres de Palmas, a fim de coletar os dados e observar a visão de alguém que trabalha diariamente com os personagens do livro e demais feirantes. Sobre a edição do material transcrito, foi considerado narrar as partes da entrevista que falassem sobre algum aspecto importante da vida do feirante, como por exemplo, parte da história de como o personagem chegou em Palmas ou como começou a ser feirante. Também foi primordial ter em cada história algum intertítulo referente aos aspectos visuais e comunicacionais da banca, seja a disposição dos produtos na mesa, ou o banner pendurado no alto da banca, em destaque. Além disso, as questões que foram respondidas de maneira mais emocionante, como os motivos por se tornar feirante ou se tem pretensão de deixar a profissão, dando uma carga mais poética ao trabalho, influenciado demasiadamente pelas técnicas do Jornalismo Literário , também foram primazias na escolha. Por diversas vezes, no decorrer do texto, foram incluídas as perguntas feitas na entrevista, para aproximar o leitor da conversa com cada personagem, tornando o consumidor da história também um observante passivo dela. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">1. ESTRUTURA DO PRODUTO 1.1 Objetivo O produto visa dar visibilidade às técnicas folkcomunicacionais utilizadas pelos feirantes e a maneira como essas técnicas foram estabelecidas, a partir da construção da história de cada um, levando em consideração as suas origens. Pretende-se também com esse produto, ter um aprofundamento maior sobre cada história, com enfoque nas especificidades da linguagem dos personagens entrevistados. 1.2 Público Aos feirantes, à população, aos acadêmicos e aos pesquisadores, sem distinção de idade. 1.3 Política editorial O livro-reportagem de cunho social e terá um caráter não mercadológico, uma vez que a intenção é que o produto chegue até as pessoas de classe baixa, sem prejuízo de entendimento, a partir de uma narrativa simples, e possa alcançar o maior número de pessoas, especialmente aquelas com vulnerabilidade econômica e baixa escolaridade. O produto destina-se a dar voz aos feirantes e visibilidade às suas vivências que colaboraram para a criação e aprimoramento das técnicas folkcomunicacionais. Os pesquisados serão protagonistas da própria história sempre, ainda que haja conclusões e abstrações trazidas pela autora. 1.4 Linguagem A narrativa escrita se dará em primeira pessoa, diante da reprodução do diálogo obtido nas entrevistas feitas com os entrevistados, e em terceira pessoa, com as interferências da autora. A linguagem será popular e coloquial, sem a utilização de termos rebuscados, e inclinada para a apropriação dos jargões profissionais utilizados pelos próprios feirantes, uma vez que a intenção é dar voz e visibilidade a eles. 1.5 Editorias ou seções Capítulo introdutório chamado  Contextualizando , dez capítulos e In Memorian, em homenagem ao feirante Joaquim Conceição Carvalho (com sua história escrita no livro pelo olhar de sua esposa, Francisca Pereira Carvalho). 1.6 Tópicos sobre distribuição / circulação A pretensão é que, o projeto do livrorreportagem tenha uma tiragem mínima de 100 exemplares impressos e sem definição de número máximo, com auxílio de patrocínio cultural municipal ou nacional ou submissão em editais culturais, para subsidiar impressão e lançamento da obra a nível local. 1.7 Projeto Gráfico O livro foi impresso em tamanho A5 (14,8cmX21cm) com papel Couchê 240g para a capa e o miolo em polén 80 g, Capa dura, com acabamento será feito em brochura. Foi utilizada na tipografia do corpo textual a fonte serifada Times New Roman, com o intuito de dar mais leveza ao texto, uma vez que a reportagem de cada personagem, em torno de dez páginas, tornará o texto mais extenso. O tamanho será 12, com espaçamento simples entre as linhas e espaçamento múltiplo entre os parágrafos. A paleta de cores utilizada para o design da capa foi junção do vermelho alaranjado até o amarelo alaranjado, com tons marrons pastéis, justificada pelas cores quentes da feira, pelo sol que arde na pele dos feirantes que tem banca ao ar livre, no estacionamento. A paleta de cores também lembra cor de terra, de onde vem o produto a ser vendido pela maioria dos feirantes. A opção de colocar apenas o nome do livro e da autora foi para deixar bem marcado o nome da obra, que por si só já diz muito, e ao mesmo tempo chamar a atenção do possível leitor para abrir o livro, ler o resumo e se interessar mais pelo produto inteiro. A diagramação da parte interna do livro, como um todo, foi feita de forma simples, optando por deixar que as fotos jornalísticas seja o maior peso, em complemento à escrita. 1.8 Recursos Todos os recursos materiais e humanos são da própria autora da obra e foram estimados, entre recursos humanos, materiais e permanentes em R$ 18.304,50.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O livrorreportagem Banca Exposta surgiu como uma proposta ousada, porque veio para expor e colocar em evidência a vida e o trabalho desses feirantes que lutam e soam muito para conseguirem estar nas feiras palmenses vendendo seu produto, mostrando suas técnicas e esbanjando sorrisos e carisma aos clientes que se tornam fiel, não só ao produto que compram, mas ao feirante que vende. Para produzi-lo, precisei me despir de tudo que eu pensava para dar lugar ao outro, no caso, aos meus personagens. Em cada visita à feira ou a casa de algum feirante, pude aprender algo novo. Também precisei rever todos os meus conhecimentos como acadêmica, para relatar todo o processo de produção e escrita, bem como minha percepção de fotos jornalísticas, as quais pude aprimorar, com o auxílio de um profissional mais especializado. Também me aventurei na produção edição das reportagens, buscando tirar a poeira fina do cotidiano jornalístico dos meus olhos. A diagramação do livro também foi uma primeira experiência, dolorida, mas muito benéfica. Comecei a enxergar melhor as linhas imaginárias em uma página, onde e com qual tamanho a foto teria mais destaque, além da difícil decisão de qual foto ilustraria melhor cada momento e capítulo. A produção dessa obra me deu outro olhar para a profissão jornalística e como pesquisadora. Pude desfrutar de outra visão no campo, ao escolher cada personagem, observar conversar com minhas fontes, no modo de tratá-las e de aprender sempre mais, outra visão também na escrita, nas decisões a serem tomadas na edição e diagramação. Eu me tornei uma nova acadêmica, jornalista, escritora. Ao final da produção e escrita do produto, pude concluir que Banca Exposta pretende ser ainda maior, voltar-se para aqueles que ajudaram a construí-lo, e tornar pública e notória a história de trabalhadores e trabalhadoras que lutam e se expõem para a vida, com a sua publicação impressa e veiculada de modo a contribuir com a democratização da informação e da comunicação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALVES DE LUCENA FILHO, Severino. Folkmarketing. Recife. 1998.<br><br>BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação, a comunicação dos marginalizados. São Paulo: Cortez, 1980.<br><br>BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação: teoria e metologia. São Bernardo do Campo: UMESP, 2004.<br><br>BELO, Eduardo. Livro-reportagem. Editora Contexto. São Paulo. 2006.<br><br>BORGES, Alexandre Davi. As materialidades do retrato fotográfico e suas sensações, a partir do olhar do retratado. 2015. III Jornada de Pesquisas sobre Tecnologias Comunicacionais Contemporâneas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Disponível em: <https://www.ufrgs.br/3ajornada/as-materialidades-do-retrato-fotografico-e-suas-sensacoes-a-partir-do-olhar-do-retratado/>. Acesso em: 12 nov. 2017. <br><br>DUARTE, J. Entrevistas em profundidade. In: DUARTE; BARROS (orgs.). Métodos Técnicos de Pesquisa em Comunicação. 2. Ed. São Paulo: Atlas, <br><br>HOHLFELDT, A. Novas tendências nas pesquisas da folkcomunicação: pesquisas acadêmicas se aproximam dos estudos culturais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DAS CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO  Intercom, 25, 2002. Salvador. Anais. Disponível em: <http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista14/artigos%2014-1.htm>. Acesso em: 15 nov. 2017.<br><br>LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3.ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2003.<br><br>LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artes Médicas; Belo Horizonte: UFMG, 1999. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/2410/241021497001/>. Acesso em: 14 nov. 2017.<br><br>LIMA, Edvaldo Pereira. Páginas Ampliadas: O livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. Editora Manole. Barueri - SP. 2009.<br><br>MARQUES DE MELO, José. 2003. Introdução à Folkcomunicação: Gênese, paradigmas e tendências. In: BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação: teoria e metodologia. São Bernardo do Campo: UMESP, 2004.<br><br>MARQUES DE MELO, José, FERNANDES, Guilherme Moreira (Orgs). Metamorfose da folkcomunicação. São Paulo: Editae Cultural, 2013.<br><br>MARQUES DE MELO, José. Folkcomunicação: Teoria e metodologia. São Bernardo do Campo: UMESP, 2004.<br><br>PENA, Felipe. Jornalismo literário. São Paulo: Ed. Contexto, 2008.<br><br>REIS, Raimunda Rodrigues Gonçalves. Entrevista concedida a Lauane Silva dos Santos. Palmas-TO, 7 nov. 2017. [A entrevista encontra-se transcrita no Apêndice 2 deste relatório].<br><br>SONTAG, Susan. Sobre a fotografia. Tradução Rubens Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.<br><br>SOUSA, Jorge Pedro. Uma História Crítica do Fotojornalismo Ocidental. Porto: Universidade Fernado Pessoa, 1998. Disponível em: <http://bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-historia_fotojorn1.html>. Acesso em: 20 out. 2017.<br><br>TESKE, Wolfgang. Teoria da Folkcomunicação: da Origem aos Processos Folkmidiáticos. In: MARQUES DE MELO, José; FERNANDES, Guilherme Moreira (Orgs). Metamorfose da Folkcomunicação. São Paulo: Editae Cultural, 2013.<br><br>INSTITUTO GUTENBERG. Truman Capote. Disponível em: <http://www.igutenberg.org/newjorna.html>. Acesso em: 27. nov. 2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>