ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00375</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Tecendo a memória</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Luiza Nobre de Menezes Melo (Universidade Federal do Amapá); Ivan Carlo Andrade de Oliveira (Universidade Federal do Amapá)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Narrativa, Literário, Memória, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">RESUMO Este trabalho consiste em mostrar, através da reportagem literária, sentimentos, vivências e histórias que compõem a narrativa de vida da personagem Helena Aben- Athar Bermerguy, a partir do ato de contar e recordar momentos. Compreender de que maneira de que maneira acontece a reconstrução da memória e práticas sociais nos depoimentos, estruturados no corpo do texto. Produzir um material jornalístico que fuja da monotonicidade e superficialidade na apresentação dos fatos, pro meio de uma entrevista em profundidade e abordagem literária que aproxime o leitor da história contada. Para o desenvolvimento do trabalho, utilizaram-se como base estudos teóricos sobre narrativa, memória e o jornalismo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">INTRODUÇÃO Para o desenvolvimento de qualidades jornalísticas como apuração, descrição e observação, a reportagem é um gênero textual que exige do autor um aprofundamento na temática, com a utilização de diferentes fontes de informação. A reportagem  Tecendo a Memória foi produzida no âmbito da disciplina de Redação e Reportagem III, coordenada pelo Professor Ivan Carlo na turma 2016 do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amapá  UNIFAP. A temática do trabalho era livre e fez parte da produção semestral prevista na programação de atividades da disciplina. A ideia do trabalho foi documentar a vida de uma personagem aparentemente comum do cotidiano, mas que possui uma história de vida extraordinária, a partir de um evento factual que é o lançamento do livro autobiográfico Tecituras de Helena (2018), escrito e bordado por Helena Aben-Athar Bemerguy. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">OBJETIVO Este trabalho tem como objetivo documentar a história de vida da escritora Helena Aben-Athar Bemerguy, motivado pelo lançamento do seu livro Tecituras de Helena, em que ela borda a história da sua infância. Doravante, tecer suas memórias que não foram bordadas às memórias presentes na obra, estabelecendo conexões entre o que foi contado no livro e o que foi contado durante a entrevista. Assim, seguir a proposta de uma abordagem literária, que converse com a vida e obra da personagem. Apresentar aos leitores um conteúdo jornalístico diferente dos materiais hard News populares, com uma abordagem mais humana e intimista. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">JUSTIFICATIVA Um dos aspectos que impulsionou a escolha do tema deu-se ao fato de Helena Aben-Athar Bemerguy ter publicado o seu primeiro livro ao completar 80 anos de idade, e do meu desejo como jornalista de registrar sua história de vida a partir de um evento factual.  Perpassamos, neste texto, as travessias empreendidas pelo narrador de Infância, que percorre simultaneamente os caminhos da memória e os da escrita, à medida que busca encontrar elos de significado entre os fragmentos do passado e elaborar uma narrativa coerente, transformando elementos esparsos, aflorados à consciência, em fluxos de linguagem contínua e verossímil. Desse modo, o narrador também refaz o longo e penoso trajeto trilhado pela humanidade, há milhares de anos, na busca de amadurecimento interno e na preparação para a vida adulta. (FERNANDES, 2017, p.121) Sendo a memória o ato de lembrar e reelaborar os fatos, Bergson (1999, p. 266) diz que a memória  tem a função por primeira, evocar todas as percepções passadas análogas a uma percepção presente [...] em que a reconstrução da narrativa acaba por gerar uma nova narrativa independente. Registrar as lembranças depois do passar do tempo também permitiu a autora a ressignificação da memória de uma forma lúdica e consciente, através do bordado e da palavra. No que tange a produção jornalística, o escrita literária além de abordar o assunto com subjetividade, aproxima o leitor do texto por conduzir a narrativa diferente do perfil técnico do jornalismo tradicional, que em geral, é o mais popular.  O jornalista literário não ignora o que aprendeu no jornalismo diário. Nem joga suas técnicas narrativas no lixo. O que ele faz é desenvolvê-las de tal maneira que acaba constituindo novas estratégias profissionais. Mas os velhos e bons princípios da redação continuam extremamente importantes, como, por exemplo, a apuração rigorosa, a observação atenta, a abordagem ética e a capacidade de se expressar claramente, entre outras coisas. (PENA, 2007, p.6) Compartilhar com o público interno e externo à universidade a trajetória de uma mulher que acompanhou a construção da cidade de Macapá e foi atuante na história da cidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS No que se refere aos métodos e técnicas utilizadas, a reportagem foi construída com a somatória de narrativas costuradas através de depoimentos, do livro e de elementos da história da autora, como os bordados e desenhos, a fim de captar o máximo de informações que se relacionavam com as histórias. Para tal, recorri ao uso de gravador de voz para gravar uma entrevista que durou aproximadamente duas horas. E o estudo da obra Tecituras de Helena para a elaboração de pauta e perguntas de base para a entrevista, nas quais pude tirar dúvidas sobre o processo de feitura do livro e sobre os fatos nele narrados.  A entrevista, nas suas diferentes aplicações, é uma técnica de interação social, de interpenetração informativa, quebrando assim isolamentos grupais, individuais, sociais; pode também servir à pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação. (Medina, 2000: 08) A entrevista em profundidade permite que temas sejam explorados de maneira qualitativa, no qual o entrevistador não fica refém das perguntas pré-definidas, mas estabelece um diálogo mais sensível com o entrevistado. Por esse motivo, optei por esse método para me aproximar de Helena, e assim, deixa-la confortável para conversarmos sobre suas histórias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">DESCRIÇÃO DO PRODUTO A reportagem  Tecendo a Memória foi produzida no âmbito da disciplina Redação de Reportagem em que semanalmente era solicitada a produção de texto de temática variada. Ao decidir que escreveria sobre o lançamento do livro de Helena Aben-Athar Bemerguy, marquei uma entrevista e produzi a pauta em cima do direcionamento que buscava: associar as histórias do livro às histórias que não foram registradas ao longo da vida. O texto segue uma cronologia que defini através da fragmentação, com a utilização de intertítulos. A introdução é descritiva, pontuando os elementos do espaço onde aconteceu o lançamento do livro. Em seguida, divido o texto em três partes: Na minha época; Vou te contar e Das memórias que não soube tornar possíveis, dando uma cronologia na divisão da narrativa entre passado,, passado- presente, presente-futuro. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">CONSIDERAÇÕES A produção de uma reportagem literária permite que eu desenvolva um olhar mais atento as diferentes realidades da sociedade e assim, perceber histórias. A criação de um canal comunicativo através dos diálogos estabelecidos entre mim, a entrevista e sua obra e o espectador, permitindo não somente a divulgação do lançamento do livro, mas das história de Helena além de sua infância. Como futura profissional, entendo que a empatia é necessária para que o jornalista faça um trabalho que alinhe a sensibilidade à técnica e critérios de noticiabilidade, mostrando aos espectadores da informação um jornalismo humanizado. Por fim, esse trabalho resgatou as lembranças de uma mulher importante para a história da cidade de Macapá, que além de ter assistido o desenvolvimento da cidade, contribuiu para o seu crescimento. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BIBLIOGRAFIA BERGSON, Henri. Matéria e memória. Trad. Paulo Neves. 2 a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. FERNANDES, Maria Lúcia Outeiro. O papel da memória nas travessias de um narrador. IN: LACHAT, Marcelo; SILVA, Natali Fabiana da Costa. Ficção e Memória: Estudos de poética, retórica e literatura. Macapá - UNIFAP, 2017. MEDINA, Cremilda. Entrevista: o diálogo possível. São Paulo, 1986. PENA, Felipe. O jornalismo Literário como gênero e conceito. Rio de Janeiro, 2007. <br><br> </td></tr></table></body></html>