ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01027</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RP06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Acessibilidade e Inclusão: a comunicação do Terceiro Setor na busca de equidade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Leticia Silverio Teodoro Cordeiro (Universidade Tecnologica Federal do Paraná); Juliana Carneiro Virgolino (Universidade Tecnologica Federal do Paraná); Nicollie Vargas Santos (Universidade Tecnologica Federal do Paraná); Camila Raphaela Peres Mancio (Universidade Tecnologica Federal do Paraná); Pilar de Magalhães Browne (Universidade Tecnologica Federal do Paraná); Thayna Bressan da Silva (Universidade Tecnologica Federal do Paraná); Wellington Teixeira Lisboa (Universidade Tecnologica Federal do Paraná)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Terceiro Setor, Acessibilidade, Deficiência, Planejamento, UNILEHU</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho disserta sobre o planejamento de comunicação integrada elaborado por estudantes do quarto período do curso de Comunicação Organizacional, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), durante o segundo semestre de 2017. Para o projeto foi desenvolvido um diagnóstico dos processos comunicacionais praticados pela Universidade Livre para a Eficiência Humana (UNILEHU) - localizada na cidade de Curitiba (PR), e posteriormente a elaboração de ações estratégicas  divididas em três pilares: divulgação, visibilidade e comunicação interna  de assessoria de comunicação com foco no Terceiro Setor. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Uma pesquisa publicada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em julho de 2015, revelou que 20% da população mundial abaixo da linha da pobreza têm algum tipo de deficiência. Deste total, 80% vivem em países em desenvolvimento. No Brasil, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013, apontam que 6,2% da população vive com alguma forma de deficiência. Em resposta a isso, foi aprovada a Lei Federal nº 8.213/91, intitulada como Lei das Cotas, exigindo que as organizações brasileiras com mais de 100 funcionários tenham um corpo mínimo formado com 2% a 5% de pessoas com deficiências. A Lei Federal foi um passo inicial importante no desafio da promoção da equidade no mercado de trabalho. Em consequência dessa Lei, e também da demanda por programas de inclusão oriundos da iniciativa privada, foi instituída em 2004, a Universidade Livre para a Eficiência Humana (UNILEHU). Uma organização de Terceiro Setor voltada a dar assistência a pessoas portadoras de deficiências no mercado de trabalho. A organização, localizada em Curitiba, oferece cursos profissionalizantes para pessoas com qualquer tipo de deficiência, bem como serve de elo entre os trabalhadores e as médias e grandes empresas, parceiras da UNILEHU. Além disso, a entidade também oferece um serviço de consultoria em que orienta essas instituições de modo que elas estejam preparadas para incluir, em seu quadro de funcionários, as pessoas portadoras de necessidades especiais. Para promover o objetivo de produzir uma assessoria de comunicação integrada e orientada por um plano de comunicação, é necessário identificar problemas organizacionais relacionados aos processos comunicacionais internos e externos. Pensando também em promover visibilidade para a causa, a UNILEHU foi escolhida para o desenvolvimento de um projeto integrador das disciplinas do quarto período do curso de Comunicação Organizacional, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Com o propósito de diminuir os ruídos comunicacionais, detectados a partir de uma série de entrevistas, foi desenvolvido um planejamento de comunicação para auxiliar no desenvolvimento dos trabalhos promovidos pela UNILEHU. Por ser do Terceiro Setor, trabalha para possibilitar às pessoas portadoras de deficiência o pleno desenvolvimento e a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho. O plano de ações desenvolvido teve como objetivos gerais: auxiliar a solucionar problemas referentes à falta de integração de pessoas portadoras de deficiência ao mercado de trabalho, preocupando-se também, com a satisfação do trabalhador dentro da organização; aprimoramento da comunicação interna e estratégias de divulgação dos projetos da UNILEHU. Neste projeto, evidenciaram-se diversos problemas apontados ao longo do planejamento, como o lento fluxo de informações entre os diferentes núcleos da organização. Além disso, eram notáveis as dificuldades das funcionárias em gerenciar os trabalhos de comunicação devido à grande demanda de projetos, proveniente dos diversos núcleos. Isto posto, para o plano de ações de comunicação organizacional, foram elaboradas 19 estratégias de comunicação delineadas para contribuir para o alcance dos objetivos da UNILEHU. Para tanto, os objetivos específicos traçados foram: a) tornar a UNILEHU conhecida perante seus públicos externos; b) melhorar a comunicação interna da organização; c) intensificar os laços já estabelecidos com os parceiros, auxiliando o contato com possíveis investidores para aperfeiçoar a captação de recursos; d) promover melhor entrosamento na atuação dos membros internos da organização; e) facilitar a compreensão de terceiros sobre o trabalho da organização por meio de divulgação institucional; e) quebrar barreiras de preconceito em relação às pessoas com necessidades especiais por meio da publicização da causa e; g) reafirmar o discurso sobre o potencial físico e intelectual das pessoas portadoras de deficiência (PCD). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Farias (2011) defende que o planejamento é algo que vem sendo cada vez mais valorizado, pois é reflexo da necessidade de errar menos, obter melhores resultados e garantir credibilidade. Para uma organização, o planejamento de comunicação, quando bem elaborado, é capaz de transformar sua reputação. Isso acontece, pois promove uma mudança quanto à forma que seus públicos a enxergam, tornando assim as relações mais estáveis. Particularmente, o planejamento de comunicação é de extrema importância em organizações de Terceiro Setor, pois quando os processos comunicacionais são bem conduzidos, tanto interna quanto externamente, os resultados para a sociedade civil ficam ainda mais eficazes. De acordo com o pesquisador Fernandes (1997), o trabalho do Terceiro Setor envolve bens e serviços públicos que resultam, não apenas da atuação do Estado, mas também de uma multiplicação de iniciativas particulares, que tem por objetivo desenvolver projetos e ações em diversos seguimentos, como, por exemplo: assistência social, saúde, entre outros. Atendendo a esse preceito, e também ao baixo número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, constata-se a necessidade de atenção em prol da inclusão da pessoa com deficiência (PCD). A falta de conhecimento sobre a situação das pessoas portadoras de necessidades especiais na sociedade também é um fator que intensifica essa questão, dificultando a melhoria da qualidade de vida desses indivíduos nos diversos ambientes sociais. Sabendo que pessoas com deficiência têm direito ao total espectro dos direitos humanos e liberdades fundamentais, sem discriminação, torna-se relevante a promoção de campanhas de conscientização, que visem oportunizar o debate sobre a inclusão de deficientes na sociedade. Batan (2004) destaca o poder da propaganda em sensibilizar a sociedade diante das mais variadas causas, especialmente para as organizações sem fins lucrativos. Deste modo, esta ferramenta é viável para a disseminação de um comportamento ético no meio social. Nesse sentido, foi desenvolvida pelos alunos membros do projeto integrador uma campanha de fácil compreensão, capaz de sensibilizar uma parcela significativa da população. As abordagens escolhidas para o desenvolvimento da campanha são, segundo Sant Anna (2016), capazes de manter a atenção do leitor nas peças e tornar a campanha mais cativante, além de proporcionar resultados expressivos de recall e awareness. Ademais, os conflitos comunicacionais internos, observados na organização, foram uma questão bastante debatida no planejamento. Tendo isso em vista, buscou-se abordar ações voltadas para a melhoria do clima organizacional. Segundo Araujo e et al (2012), promover mais oportunidades de socialização, através de integração na organização, facilitaria o processo de iniciação do funcionário, gerando conhecimento mútuo. Apresentar aspectos importantes da cultura da organização faria com que posteriormente fossem confirmados, ou não, pelas experiências do novo empregado no cotidiano da organização. Com isso, a proposta de promover a integração entre os funcionários para melhorar a compreensão da causa de dentro para fora também se justifica. Outra preocupação destaque neste planejamento foi fortalecer o relacionamento que se demonstrava fragilizado entre os funcionários da UNILEHU. Para Marchiori (2010), diversos aspectos reafirmam que o ser humano é o principal  canal dos acontecimentos nas organizações, nas quais a interação humana é questão primordial. Assim, o desenvolvimento do planejamento de comunicação proposto torna-se relevante, tanto do ponto de vista social quanto organizacional. Especialmente quando é para o Terceiro Setor, pois, conforme apontado por Peruzzo (2007), suas ações têm o caráter benemérito e de emancipação cidadã. Ademais, justiça-se também pela busca do grupo em colocar em prática preceitos desenvolvidos nas disciplinas de Antropologia, Economia, Jornalismo Organizacional, Projeto 4 e Teoria da Comunicação 1. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A metodologia para a construção deste projeto é consubstanciada na pesquisa bibliográfica e documental, contando com o suporte de outros estudos de mesma ou próxima natureza, publicados em artigos científicos e livros. Além de dados secundários disponibilizados por institutos de pesquisas que abordam a causa da Acessibilidade no Brasil, bem como abordagens de carácter prático como por exemplo: Análise ambiental, mapeamento dos públicos, análises de cenário, diagnóstico organizacional e o plano de ações. A priori, para conhecer mais sobre a organização, realizou-se uma análise ambiental, por meio de uma pesquisa de dados secundários, (sites, redes sociais da organização). Uma Análise SWOT, que, como lecionado pelo pesquisador Carpinetti (2012), consiste em uma ferramenta utilizada para identificar as forças e fraquezas da instituição, que são fatores internos à associação, e as oportunidades e ameaças, que consistem nos externos. Para auxiliar nesta trajetória, elaborou-se um mapeamento de públicos. Para Franca e Ferrari (2011), esta ferramenta é importante no plano de comunicação, pois somente após esse processo é possível elaborar ações eficazes, contribuindo para a construção de relações duradouras e de qualidade entre as instituições e seus públicos estratégicos. Outro método essencial na elaboração deste planejamento de comunicação foram as entrevistas em profundidade, que permitiram uma análise do cenário da organização. Estas entrevistas, conforme lecionado por Oliveira e outros autores (2012, p. 11)  [...] são aquelas que apresentam uma maior flexibilidade, permitindo ao entrevistado construir suas respostas sem ficar preso a um nível mais rigoroso de diretividade e mediação por parte do entrevistador.  Após orientações da professora responsável pela disciplina de Antropologia, foram desenvolvidas técnicas para deixar os entrevistados à vontade nesse processo, e que pudessem falar sobre a organização sem se sentirem oprimidos ou pressionados a adotar um posicionamento formal. Deste modo, foram realizadas seis entrevistas nos ambientes organizacionais da UNILEHU e sedes físicas de seus projetos  três delas com coordenadores de programas distintos da organização, e as outras três com funcionários corporativos. Os entrevistados foram: Aline de Borba (coordenadora do Mais Aprendiz), Aline Abbade (coordenadora da Mais Eficiência), Andressa Koppe (coordenadora do Supera), Mariane Maciel (coordenadora de comunicação), Josimar Santos (gerente financeiro) e Maria Oliveira (coordenadora do setor de Recursos Humanos). Estas entrevistas foram desenvolvidas somente com a presença da pessoa entrevistada, e em ambientes da própria instituição, da escolha do entrevistado, para que se sentisse mais confortável (por exemplo: sala de reunião, recepção ou sala de espera). Outro ponto a se destacar é como foi conduzida esta interação. Isto é, sem um roteiro com questões já pré-estabelecidas, apenas pautando alguns tópicos e deixando que o entrevistado abordasse e desenvolvesse alguns temas. Exemplo: Suponha que funcionário X começou a falar sobre a importância da Acessibilidade. Então, a escolha certa seria incentivar a pessoa a aprofundar o tema, isto é, por meio de perguntas, tais como:  você poderia falar mais sobre isto?  Após esta etapa, foram realizadas discussões em grupo para verificar quais os temas mais se repetiram nas entrevistas. Percebe-se, assim, que uma das demandas da organização estava em sua instabilidade no clima organizacional, várias vezes citado por seus funcionários, demonstrando problemas de gestão em seu ambiente de trabalho. Outro método utilizado para elaboração do planejamento de comunicação foi a análise dos cenários que envolvem a organização. Além das entrevistas em profundidade, as observações feitas nos espaços de convivência nas sedes e em alguns eventos realizados pela entidade, assim como as pesquisas realizadas com os materiais institucionais dispostos de maneira online e fisicamente na organização. A partir das informações coletadas, foi possível formular um panorama tanto interno quanto externo da organização, que possibilitou a análise de fundamentação para o planejamento estratégico de comunicação organizacional. Com base nas análises tanto ambiental quanto de cenário, foi desenvolvido um diagnóstico organizacional, essencial para a formulação das estratégias do Plano de Ações para a organização. A confecção do Plano de Ações se deu a partir dos desafios relevantes na etapa de diagnóstico organizacional. Desta maneira, o plano se dividiu em 19 ações separadas em três pilares: 6 para Visibilidade, 7 para Divulgação e 6 para a Comunicação Interna. Além disso, é importante destacar que as divisões das tarefas e a concretização do plano também se estabeleceram a partir de um consenso entre os membros, isto é, todos participaram das execuções das ações, como, por exemplo: a realização do vídeo, da campanha gráfica, entre outras. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Plano de Comunicação apresentado, por ser um projeto com um viés integrador, promove um processo de reflexão no discente, especialmente por explorar as teorias aprendidas na prática. O projeto, iniciado em agosto e finalizado em dezembro de 2017, contou com o desafio de promover uma Assessoria de Comunicação para uma organização do Terceiro Setor, na cidade de Curitiba (PR) - proposta de integração disciplinar. Com um grupo formado por sete estudantes, a busca inicial do projeto era encontrar organizações do Terceiro Setor que tivessem como temática a promoção do ensino/aprendizado. Neste percurso, encontramos a UNILEHU, especialmente pelo trabalho desenvolvido com a Acessibilidade. Para compreender a organização e suas motivações, foram desenvolvidos alguns procedimentos: análise de cenários (SWOT) para mensurar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da UNILEHU; diagnóstico de comunicação organizacional, no qual foram apresentados problemas referentes à falta de visibilidade junto ao público beneficiado pela instituição, além de problemas na distribuição de tarefas dentro das equipes de trabalho da organização. Um dos grandes empecilhos da organização encontrado foi o fato da acessibilidade ainda ser um tabu global. Por isso, encontrar maneiras para impactar a sociedade curitibana foi uma das propostas desta Assessoria, pois, uma vez que os indivíduos conhecem a causa e o trabalho desenvolvido pela organização junto à sociedade, seu trabalho pode ter mais impacto social e cultural. Após sete entrevistas em profundidade, desenvolvidas em diferentes setores e sedes da organização, destacou-se o fato de que a maior parte de seus funcionários não se sentia motivada a trabalhar na organização, pois as equipes de trabalho da UNILEHU funcionavam com poucos trabalhadores, fazendo com que eles ficassem constantemente sobrecarregados e insatisfeitos. Em síntese, após o diagnóstico, a equipe elencou três grandes desafios para a organização: 1) A falta de visibilidade perante a sociedade, em nível municipal e federal, 2) A deficiência no Brasil ainda ser um tabu social, e 3) A comunicação nos contextos internos da UNILEHU ser falha, por deixar seus funcionários insatisfeitos com o desenvolvimento de suas tarefas. A partir da problemática levantada, as estratégias foram pensadas dentro de um Plano de Ações, que se desdobrou em três partes: Divulgação, Visibilidade e Comunicação Interna. Na etapa de Divulgação, foi realizada a elaboração de materiais gráficos para o programa de geração de renda da UNILEHU, o SUPERA. A escolha do enfoque para o SUPERA se justifica, pois, em relação aos outros programas da organização, era o menos conhecido pela comunidade externa e até mesmo dentro da UNILEHU. Deste modo, foram desenvolvidos: Flyers, Cartão de Visita, Releases, Malling List, Mídia Kit e Follow Up. Na etapa de Visibilidade, um vídeo institucional foi desenvolvido, além de uma campanha gráfica e um ensaio fotográfico, intitulados, respectivamente, como:  Motivos para Nunca Contratar um Deficiente e um  Festival Integra , proposto para relembrar o dia mundial da Acessibilidade. Aqui é importante salientar que, tanto para a escolha do vídeo quanto da campanha gráfica, optou-se por trabalhar com o conceito da Publicidade Reversa, que tem o objetivo de provocar o receptor, promovendo uma leitura que o retira da zona de conforto à medida que a inclusão é colocada em xeque. Umas das justificativas para a proposta é causar indignação na sociedade e, portanto, gerar mais visibilidade à causa. Esta forma de publicidade, apesar do conflito, é um instrumento que tem potencial, como lecionado por Carvalho (2004), de influenciar e orientar as percepções e sentidos do receptor, à medida que o próprio é levado a refletir sobre seus posicionamentos sobre o tema. Estas ações foram levantadas para gerar repercussão na causa da acessibilidade, tema ainda pouco difundido, o que dificulta a entrada da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, pois há um despreparo das organizações para lidar com os portadores de deficiência, especialmente pela falta de acesso a necessidades que são básicas. Já na etapa da Comunicação Interna, foram realizadas seis atividades: confecção de um jornal mural, intranet, manual de integração, calendário de eventos da própria organização, newsletter e reestruturação de um evento interno, o  Café entre Nós . Destaca-se, nesta fase, a reformulação deste evento, pois em sua proposta inicial, o evento tinha por objetivo fazer com que funcionários de diferentes setores e sedes da organização trocassem de mesa a cada 30 minutos e conversassem com pessoas que tinham pouco contato. Esta proposta, apesar de ter boas intenções, força com o que o trabalhador tenha contato com outras de maneira não orgânica, o que acaba deixando o ambiente desconfortável. Portanto, para a reformulação deste evento, sugeriu-se que sejam retiradas as dinâmicas estabelecidas, incluindo novos temas que fossem abordados mensalmente para promover o diálogo. Exemplo: O setor X deveria abordar, durante o encontro, um tema de seu interesse, da maneira como achasse conveniente (palestra, seminário, roda de conversa, etc.) com a finalidade de promover a discussão entre os grupos, seguido de um café. Com esta reformulação, pretendeu-se promover o diálogo de forma natural e orgânica, sem a pressão e constrangimento de interagir obrigatoriamente, a partir de uma decisão arbitrária. Já as demais ações da parte de Comunicação Interna serviram para informar as atividades da UNILEHU. Por ser uma organização que tem diversos programas e setores, a comunicação interna precisa ser estruturada para diminuir os ruídos e conflitos ao longo do percurso, além de transmitir a informação de forma clara. Este planejamento foi importante para compreender como todos os setores se interligam e como um empecilho pode afetar toda a organização. Sobre isso, o escritor Morin (2007) evidencia que as organizações são organismos vivos que se interligam em suas complexidades, portanto, para resolver uma dificuldade, é preciso olhar a organização de maneira holística, isto é, como um todo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Esta trajetória trouxe aos membros do grupo uma maturidade ao lidar com o outro, especialmente por se tratar de uma temática tão relevante no Brasil, a acessibilidade. Ao ter contato com uma realidade que antes era distante de todos, compreende-se a necessidade da equidade nos contextos das organizações. Ou seja, mais do que garantir o direito a uma vaga de trabalho, é preciso promover condições para que essa pessoa possa, de fato, exercer seu ofício. Reprise-se que este projeto é uma pesquisa inicial, que pode servir como base para futuros estudos de mesma ou natureza próxima, aprimorando e resinificando um tema que deve ser debatido, não apenas na área da pesquisa científica, mas também em todos os espaços públicos. A partir do diagnóstico organizacional realizado, conclui-se que, apesar da UNILEHU possuir uma estrutura empresarial corporativa, sua causa colabora pela equidade no ambiente organizacional e social, promovendo assim uma nova forma de agir e pensar sobre a causa levantada. Espera-se que as medidas desenvolvidas no plano de comunicação integrada para a organização possam ser de fato utilizadas, e que valores e posicionamentos sejam repensados em seu ambiente interno, especialmente em relação ao clima organizacional da UNILEHU. Por fim, é importante trazer à memória que a Acessibilidade ainda é um problema emergente no Brasil, mas o debate a partir dos movimentos sociais, a implantação de políticas públicas e iniciativas de organizações do Terceiro Setor têm contribuído para a construção de uma sociedade mais justa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ARAÚJO, Rafaela Necy Oliveira de; CARIOCA, Jacinta Maria Grangeiro; MACHADO, Diego de Queiroz. Estratégia de integração para novos funcionários: um estudo de caso em uma indústria de transformação. Revista Brasileira de Administração Científica, v. 3, n. 1, p. 6-18, 2012.<br><br>BATAN, Marco Antonio. A propaganda no terceiro setor. Santos: Editora Universitária Leopoldianum, 2004. <br><br>CARPINETTI, Luiz Cesar Ribeiro. Gestão da qualidade: conceitos e técnicas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012.<br><br>FARIAS, Luís A. de. Planejamento e estratégia: bases do trabalho em relações públicas. In: ___ (Org.). Relações públicas estratégicas: técnicas, conceitos e instrumentos. 1ed. São Paulo: Summus, 2011, v. 1, p. 51-60.<br><br>FRANÇA, Fábio; FERRARI, Maria Aparecida. Reflexões sobre uma nova proposta de classificação da comunicação e de suas áreas. In: Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. XXX de Relações Públicas e Comunicação Organizacional. Anais... Santos, SP. 2007.<br><br>INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saúde. IBGE, Brasília - DF, 2013.<br><br>MARCHIORI, Marlene. Os desafios da comunicação interna nas organizações. Conexão-Comunicação e cultura, v. 9, n. 17, 2010. MORIN, Edgar; LISBOA, Eliane. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2007. <br><br>PERUZZO, Cicilia. Relações Públicas no Terceiro Setor: tipologia da comunicação e conceitos de público. XXX Congresso Brasileiro da Ciência da Comunicação, 42, Santos, 2007.<br><br>SANT'ANNA, Armando; ROCHA JÚNIOR, Ismael; GARCIA, Luiz Fernando Dabul. Propaganda: teoria, técnica e prática. 9. ed. rev. São Paulo, SP: Cengage Learning, 2016.<br><br>ONU. O trabalho como motor do desenvolvimento humano. Org: WWAP | Michael Tran, Engin Koncagul e Richard Connor. Publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 2015.<br><br> </td></tr></table></body></html>