ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01083</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Vinheta com inspiração surrealista: produção acadêmica da disciplina de Cinema e Vídeo do curso de Publicidade e Propaganda da UNIPAR.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Marlon Felipe Belo do Nascimento (Universidade Paranaense)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Vinheta , Surrealismo, Audiovisual, Cinema , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo Aznar (1997), as vinhetas são peças que transmitem conceitos, valores e promessas. No entanto, o surrealismo vem para trazer uma quebra nesse conceito e se desdobrar em diversas linguagens e significados que nos são permitidos na vinheta. O trabalho apresentado, com suas imagens destoantes e, ao mesmo tempo, conectadas entre si, trazem novo significado e diferencial para a linguagem da vinheta. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O surrealismo foi um movimento artístico que veio para romper com os padrões e o cânone estético imposto pela arte regente da época, veio para mudar isso através da sua espontaneidade, onde poderia representar o imaginário do seu criador, coisas além da realidade as quais estamos acostumados.Como disse o poeta francês André Breton (1896-1966),  o irreal é tão verdadeiro quanto o real. O sonho e a realidade são vasos comunicantes (apud CAVALCANTI, 1978: 174). Diante disso, o trabalho realizado apresenta a interação entre imagens diferentes que, de certa forma, relacionam entre si, sem a necessidade de um significado real. É uma mistura de elementos únicos que funcionam juntos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O conhecimento adquirido em sala, nada adianta se não for possível de colocá-lo em prática. Sendo assim, na disciplina de Linguagem de Som e Imagem, ministrada pelo professor doutor Rodrigo Oliva, a partir de referências teóricas, da arte e do audiovisual, foi apresentado o projeto de elaboração de uma vinheta de caráter surrealista. Diante disso, o objetivo da produção se deu como: colocar em prática a imaginação dos acadêmicos; trabalhar as ferramentas do audiovisual para a realização da vinheta; e trabalhar a capacidade de unir imagens de caráter surrealista com um fio norteador que trouxesse sentido ao trabalho em tempo determinado.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho possui grande relevância, tanto na parte acadêmica quanto na parte pessoal, pois o mesmo foi um desafio, onde a imaginação e a liberdade deveriam ser usadas a favor para chamar e prender a atenção dos espectadores em apenas 15 segundos. Para essa realização, é necessário saber organizar diversas idéias e possibilidades que surgem na cabeça do acadêmico para um melhor resultado final. O projeto justifica-se ao apresentar outro ramo do audiovisual mais livre e não cheio de regras como uma oportunidade nova para o comunicólogo.Além disso, foi capaz de despertar, na parte pessoal, uma grande paixão e alegria em executar essa produção. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Inicialmente, a partir de referências surrealistas, tanto na arte como na televisão (sendo a Mtv um ponto forte na área de vinhetas), começou-se a desenvolver as ideias para a realização do trabalho. A ideia principal surgiu em utilizar as cores preta e branca, estas que formam forte contraste entre si. Começou-se então a decisão de quais elementos seriam usados e qual a melhor forma de coloca-los na imagem. Foram convidados dois acadêmicos, uma menina e um menino, para realizar algumas imagens. Uma luminária de caveira, uma caveira preta cravejada, um sinalizador de fumaça preta e uma roupa preta longa fizeram parte das imagens. Também houve elaboração de elementos do próprio produtor da vinheta: pequenas bolas de isopor pintadas de preto, uma bola de isopor grande pintada de preto,oca, com glitter dentro e uma bomba clássica de São João (classe C) para explodi-la. Para a filmagem, todas as imagens foram gravadas com uma câmera Canon EOS 6Dem um estúdio com fundo infinito branco. A iluminação utilizada foi do próprio estúdio, intercalando entre acesa ou apagada. A acadêmica utilizou-se da roupa preta para contrastar com o fundo branco e realizou movimentos para dar vida às imagens. O acadêmico utilizou-se apenas da luminária de caveira para cobri-lo. As imagens coletadas foram editadas no Adobe Premiere, com o apoio de um acadêmico de ano superior. A união das imagens se deu pelos tons de preto e branco, além dos movimentos que os objetos trazem para a cena, tudo amarrado e finalizado pela trilha sonora que trouxe ritmo para a vinheta.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Polistchuk e Trinta afirmam que, atualmente, as pessoas seguem uma realidade de aparências:  A imagem passa a valer por si mesma e não por aquilo a que se refira [...] Simular a realidade por meio de imagens significa eliminar toda diferença existente entre real e imaginário (POLISTCHUK & TRINTA, 2003, p. 144). A vinheta, em seus 15 segundos de duração, quebra com o ideal de realidade e traz novas formas de abordar imagens. O uso da síncrese e seu caráter surrealista, unidos ao contraste de imagens e cores, eleva a significação ao mundo dos sonhos, o inconsciente e os desejos.  Quanto mais as relações entre as duas realidades aproximadas forem distantes e exatas, mais a imagem será forte  maior será a sua potência emotiva e a sua realidade poética (CHENIEUX-GENDRON, 1992, p. 72), sendo assim, o jogo de imagens busca trazer um estranhamento ao espectador, porém, que o instigue a ligar as imagens entre si e trabalhar a poética que a vinheta pode comunicar. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">As vinhetas, em seu curto tempo disponível, apresentam uma produção e abordagem desafiadoras. Ela permite ao acadêmico trabalhar sua imaginação de forma livre, mas, necessita que o mesmo possa alinhar suas idéias de modo a transmitir a mensagem nesse tempo rápido. O surrealismo, por sua vez, abre um leque enorme para trabalhar as imagens e os objetos, e aplicar a eles novos significados, tal como apresenta oportunidades diversas de leitura pelo público espectador. A vinheta demonstra outro lado da produção audiovisual que busca o imaginário. O trabalho realizado, carregado de referências das artes e do cinema, surge para aplicar na prática a produção audiovisual dos conhecimentos adquiridos em aula, tal como subverter o conceito de que as imagens devem conter significado, para permitir que cada um desvende a mensagem em sua própria maneira. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AZNAR, S.C. Vinheta: do pergaminho ao vídeo. São Paulo: Arte & Ciência, 1997.<br><br>CAVALCANTI, Carlos. Como Entender a Pintura Moderna. 4 ed. Rio de Janeiro: Rio, 1978.<br><br>CHENIEUX-GENDRON, J. O surrealismo. São Paulo: Martins Fontes, 1992.<br><br>NIEMEYER, Lucy. Elementos de Semiótica Aplicados ao Design. 2. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2007.<br><br>POLISTCHUCK, I. & TRINTA, A. Teorias da Comunicação: o pensamento e a prática da Comunicação Social. Rio de Janeiro, Campus, 2003.<br><br>SANTAELLA, Lucia. Teoria Geral dos Signos: Como as Linguagens Significam as Coisas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.<br><br> SOARES, Thiago. Videoclipe e Televisão Musical: Uma abordagem de gêneros. (Disponível em :www.midiaemusica.ufba.br/arquivos/artigos/SOARES3.pdf). <br><br> </td></tr></table></body></html>