ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00271</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT13</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Manual de Redação do SOS Imprensa</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Melissa Maria de Oliveira Duarte (Universidade de Brasília); Sandra Oliveira da Silva (Universidade de Brasília); Rafiza Luziani Varão Ribeiro Carvalho (Universidade de Brasília)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;normas de redação, observatório da imprensa, blog, projeto de extensão, produção textual</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este paper apresenta o processo de produção do Manual de Redação do SOS Imprensa. Criado em 1996, o SOS Imprensa é o projeto de extensão mais antigo da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC/UnB). A proposta é que os extensionistas desenvolvam a leitura crítica da mídia a partir de debates e da produção de conteúdo audiovisual, publicitário e jornalístico. Este último se refere, sobretudo, ao blog, que é o carro-chefe do projeto. Desse modo, o trabalho visa orientar a redação dos textos publicados a fim de estabelecer um padrão entre técnicas e normas utilizadas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Do inglês,  save our ships ou  save our souls , SOS se traduz para  salvem nosso navio ou  salvem nossas almas em português. Já imprensa deriva da prensa móvel de Johannes Gutenberg e transforma conceitos sobre que é e como fazer jornalismo desde o século XV. No entanto, as definições de SOS só foram criadas após seu surgimento; escolheram-se essas letras porque, antes, nada significavam juntas e eram fáceis de reproduzir por Código Morse. De uma sigla sem significação a uma palavra que teve sentido modificado ao longo dos séculos, nasce o SOS Imprensa. SOS Imprensa é um observatório da imprensa. Mais que um blog ou um projeto de extensão, a ideia é fomentar o direito à liberdade, à comunicação e à cidadania por meio da leitura e da análise crítica da mídia em textos e debates (DA SILVA & PAULINO, 2005). Criado em 1996 pelo professor Luiz Martins da Silva e atualmente coordenado pela professora Rafiza Varão, é o projeto de extensão mais antigo da FAC/UnB. Além disso, torna-se um dos fundadores da Rede Nacional de Observatórios da Imprensa (Renoi) em 2005. Vale lembrar que, em meio a tantas matérias e veículos de comunicação, os leitores podem se perder. Há muitas informações e pontos de vista a serem lidos, ouvidos ou assistidos. Nesse sentido, a partir da técnica e da forma, o manual auxilia na realização da análise crítica da mídia, que é o conteúdo. Este manual propõe o fazer jornalístico de forma inovadora. Primeiramente, ter sido feito por e para um projeto de extensão, que, além disso, também é um observatório da imprensa. Em segundo lugar, por trazer à tona mais que regras gramaticais ou preceitos jornalísticos, mas como fazer análise crítica dos meios de comunicação. Por último, pelo fato de o próprio manual conter hiperlinks, o que dialoga com a proposta do blog do SOS Imprensa que é disponibilizar conteúdo multimídia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Manual de Redação do SOS Imprensa é produto do vasto trabalho jornalístico realizado ao longo dos mais de 20 anos do projeto. A ideia é que os extensionistas se baseiem nele na hora de produzir seus artigos de análise crítica da mídia para o blog; vale lembrar que mídias sociais e vídeos têm as próprias linhas editoriais. Além disso, a compreensão do conteúdo pode se prejudicar caso a técnica não seja bem fundamentada. A partir disso, seguem-se alguns objetivos: Facilitar o acesso dos estudantes a preceitos jornalísticos e gramaticais; Fornecer base gramatical sólida na hora de escrever uma matéria; Padronizar as normas de redação utilizadas nos artigos; Aumentar a bagagem jornalística e gramatical dos alunos; Orientar produção e edição de textos; Preparar os estudantes para o escrever jornalístico; Propor crítica, discussão, reflexão e análise; Inovar por ser um manual de redação não só de um projeto de extensão, mas também de um observatório da imprensa. Para cumprir tais objetivos, o manual se divide em diversos tópicos,  intertítulos  , dentre eles:  Como produzir um texto para o SOS Imprensa e  O que é leitura crítica da mídia? . Além desses, há tópicos mais técnicos, os quais buscam destrinchar de forma clara o que deve (ou não) ser utilizado e de qual maneira. Ao orientar a produção, o documento não deixar dúvidas para os extensionistas sobre uso de maiúsculas e minúsculas, travessão, título e subtítulo, dentre outros. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Basicamente, o que um manual de redação se propõe a fazer é aplicar a gramática ao jornalismo. Assim, o documento passa a nortear a produção jornalística e repórteres passam a escrever notícias e reportagens seguindo o protocolo do veículo onde trabalham. Dessa forma, segundo o professor Alfredo Vizeu (2008, p. 3),  os manuais de redação começam no Brasil como normas de estilo e gramática e, com o decorrer do tempo, passam a ser o lugar de apresentação da postura ética das empresas jornalísticas, bem como dos modos de fazer jornalismo . Por isso, não se pode esquecer de que as principais convenções adotadas pelos manuais de redação estão relacionadas a: Aspas; Assinaturas; Correção de falas de entrevistados; Datas; Diálogos; Dinheiro; Estrangeirismos; Grifo; Horas; Negrito; Maiúsculas e minúsculas; Nomes próprios; Omissão de nome; Palavras politicamente incorretas; Números ordinais, cardinais e romanos; parágrafo; parênteses; pesos e medidas; porcentagem; primeira referência; procedência; siglas. (JORGE & GONZÁLEZ, 2015, p. 1) O Manual de Redação do SOS Imprensa possui particularidades. Antes da preocupação com normas gramaticais e preceitos jornalísticos, foca-se em como realizar análise crítica da mídia. Para tal, o(a) autor(a) deve se propor alguns questionamentos ao longo da escrita do texto. Será que a apuração foi realizada corretamente? O jornalista prezou por imparcialidade e neutralidade? Qual o impacto de determinado fato ter sido veiculado na mídia? Qual o valor-notícia de determinado tema? Ou melhor: por que um assunto tem mais relevância e, portanto, maior valor-notícia, que outro? Esses são alguns exemplos, que depois de sanados, parte-se para forma e técnica. Ter esse material é imprescindível para sanar dúvidas, e como forma de centralizar toda a produção de texto feita pelo SOS Imprensa. É um meio de unificar todos os textos, e criar uma identidade para toda essa produção, que é feita por diferentes pessoas. A orientação que um manual de redação fornece é básica, mas previne erros simples e corriqueiros, e acaba por facilitar o processo de edição por ser um documento que sempre está disponível para que o autor consulte. Além disso, auxilia no treino da linguagem jornalística por parte dos autores, para que essa linguagem esteja fortemente presente nos textos produzidos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O universo abordado é o das normas de redação jornalística. Para tanto, foram devidamente compilados e pesquisados diversos manuais de redação. O da Secretaria de Comunicação do Senado é o mais completo e detalhado dos três enquanto o  Resumo Normas de Redação , da disciplina Oficina de Texto I da FAC/UnB, compreende os tópicos de forma mais didática. Por fim, o da Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SiNUS) 2017, adapta e traduza linguagem jornalística para o público jovem. Assim, a primeira etapa de produção do manual correspondeu a uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo foi elencar as principais normas de redação jornalística e as mais utilizadas pelos veículos que possuem um manual de normas textuais em jornalismo. A partir disso, um manual que se adequasse às necessidades do SOS Imprensa foi pensado. Para além da gramática, o manual pretende orientar como o autor pode trabalhar sua análise crítica da mídia, de forma que seu texto não se resuma à qualidade técnica.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Conteúdo O Manual de Redação do SOS Imprensa visa orientar a produção textual do blog do SOS Imprensa, que publica textos de análise crítica da mídia. Dessa forma, o objetivo é sanar dúvidas sobre a construção da informação. Com isso, a ideia é promover reflexão crítica de notícias e de meios de comunicação, mas sem viés acadêmico, num caráter acessível ao grande público. Ele se encontra organizado, primeiramente, com capa, sumário, duas cartas introdutórias  uma da coordenadora e outra das autoras  , definição e história do projeto. Assim, ambienta e situa os extensionistas acerca do projeto, tendo eles recém-entrado ou não. Posteriormente, orienta, em linhas gerais, sobre como escrever para o SOS Imprensa e de que maneira fazer a leitura crítica da imprensa. Por último, há direcionamentos mais específicos em torno de convenções jornalísticas. Nessa parte, o manual se divide em intertítulos: parágrafos, frases, (sub)títulos, conteúdo multimídia, falas, aspas, algarismos, cifras e valores, artigos e pronomes, travessão, local, marcações textuais, siglas, data, hora, abreviatura, maiúsculas e minúsculas. A ideia é que seja um documento dinâmico e objetivo, além do caráter visual que se assemelha a folhas de anotações com resumos, que estudantes usam geralmente para estudar para testes e provas. Assim, possibilita melhor compreensão, organização e aprendizado. O manual se baseia em extensos pesquisa, estudo e leitura de outros manuais, além de experiência acadêmica e profissional. Design e layout Por ser um manual dedicado especialmente para estudantes, o objetivo foi se aproximar desse universo através da estética. É comum entre os estudantes o uso de anotações e resumos que facilitem seus estudos, tais resumos abusam de técnicas que facilitem a memorização e simplifiquem o entendimento do conteúdo ao estudar para provas. E assim como esses resumos, o Manual de Redação do SOS Imprensa busca essa simplicidade e dinamicidade. Para se aproximar ainda mais, as cores usadas para destacar o texto são baseadas em cores de marca-texto, e esses destaques foram feitos manualmente, a fim de evitar formas perfeitas e remeter a anotações feitas a mão. Além disso, as artes foram usadas como artifício para dinamizar trechos técnicos, buscando simplificar conceitos. Foram utilizadas tabelas, além de uma representação da pirâmide deitada e um mapa mental dos conceitos de chamados no manual de  três Cs . Na capa, simples, a folha é de pauta quadriculada, como em cadernos de anotação. No geral, o layout foi pensado de forma que seja fácil de ser lido, fugindo do monótono, e buscando equilibrar o conteúdo textual com técnicas visuais, para facilitar o entendimento e memorização de quem lê. Público-alvo Diferentemente das pautas e matérias, que abrangem política, economia, mídias sociais, celebridades e entretenimento, dentre outros, o manual se constrói e se direciona para estudantes da FAC/UnB  Jornalismo, Comunicação Social (Publicidade e Propaganda e Audiovisual) e Comunicação Organizacional  que, também, integrem o SOS Imprensa. Atualmente, o projeto totaliza mais de 60 pessoas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Após mais de 20 anos de SOS Imprensa, nota-se que o projeto, em toda a sua força humana, só tem a crescer, expandir e alçar novos voos; para isso, viu-se a necessidade, dentre outras, de confeccionar um manual de redação. Assim, ele agrega ao que já bom  a produção do blog do projeto  e traz inovações no design, no conteúdo multimídia, pelo caráter digital e, sobretudo, pela leitura crítica da mídia. Vale lembrar que, em tempos de crescimento da internet, jornalismo online e convergente, conteúdo multimídia e maior uso do celular para acessar notícias (ALZAMORA & TARCIA, 2012), atualizações e inovações se fazem necessárias. Esse projeto de extensão desponta como um observatório da mídia há alguns anos e em formato totalmente digital. Dessa forma, conforme Alves (2012, p. 2): No fundo, o jornalismo digital tem sido muito tímido no que se refere à criatividade e à inovação. O medo de canibalizar o meio tradicional e a preocupação em obter lucros imediatos limitaram bastante o ímpeto inovador, mesmo quando os problemas iniciais de acesso (velocidade das conexões, por exemplo) foram sendo eliminados. Além disso, não é comum que uma mídia que não seja grande ou tradicional tenha esse tipo de documento, ainda mais no caso de um projeto de extensão. No entanto, é fundamental ter u</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALVES, Rosental Calmon. Jornalismo digital: Dez anos de web& e a revolução continua. Comunicação e sociedade, v. 9, n. 10, p. 93-102, 2012.<br><br>ALZAMORA, Geane; TARCIA, Lorena. Convergência e transmídia: galáxias semânticas e narrativas emergentes em jornalismo. Brazilian Journalism Research, v. 8, n. 1, p. 22-35, 2012.<br><br>AZEVEDO, João Luiz et al. Manual - Agência de Comunicação. [S.l.: s.n.], 2017. 45 p. Disponível em: <https://issuu.com/joaoazevedo19/docs/manual_final_-_p__gina_simples2>. Acesso em: 6 abr. 2018.<br><br>DA SILVA, Luiz Martins; PAULINO, Fernando O. Formas de assegurar a responsabilidade social da mídia: modelos, propostas e perspectivas. 2005.<br><br>JORGE, Thaïs de Mendonça; GONZÁLEZ, Sarita. Resumo Normas de Redação. Universidade de Brasília: [s.n.], 2015. 5 p. <br><br>MANUAL de Comunicação da Secom. [S.l.: s.n.], 2012. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao>. Acesso em: 18 abr. 2018. <br><br>SOS IMPRENSA. Blog SOS Imprensa. 2018. Disponível em: <https://sosimprensa.wordpress.com/>. Acesso em: 07 maio 2018. <br><br>SOS IMPRENSA. Facebook SOS Imprensa. 2018. Disponível em: <https://www.facebook.com/sosimprensa/>. Acesso em: 07 maio 2018.<br><br>VIZEU, Alfredo. Gilberto Freyre e os manuais de redação. Comunicação & Sociedade, São Bernardo do Campo, PósCom-Metodista, a. 29, n. 50, p. 163-177, 2. sem. 2008.<br><br> </td></tr></table></body></html>