ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00220</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Revista Luppa</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Maryanne Marques Gonçalves Paulino de Sousa (Universidade Estadual da Paraíba); José Pedro da Silva Júnior (Universidade Estadual da Paraíba); Alessandra Clementino dos Santos (Universidade Estadual da Paraíba); Mateus Bezerra Araújo (Universidade Estadual da Paraíba); Ingrid Vasiljevic Mendes Matias Bezerra (Universidade Estadual da Paraíba); Sabrina Cipriano da Silva (Universidade Estadual da Paraíba); Kermelly Kelly Silva dos Santos (Universidade Estadual da Paraíba); Calina Renally Araújo Feitoza Souza (Universidade Estadual da Paraíba); Rillary Gomes Martins (Universidade Estadual da Paraíba); Taís Resende Araújo (Universidade Estadual da Paraíba); Luanna Albéria Alves Araújo (Universidade Estadual da Paraíba); Maria Betânia Nascimento Silva Diniz (Universidade Estadual da Paraíba); Andreza Ewelyn de Souza Silva (Universidade Estadual da Paraíba); Andreza Valdevino Laranja (Universidade Estadual da Paraíba); Luciana Silva Ferreira Leite (Universidade Estadual da Paraíba); Luiz Felipe Bolis Rodrigues (Universidade Estadual da Paraíba); José Ricardo de Almeida Siqueira Júnior (Universidade Estadual da Paraíba); Leandro Pedrosa de Andrade (Universidade Estadual da Paraíba); Mayara Tatiane da Silva Bezerra (Universidade Estadual da Paraíba); Ada Kesea Guedes Bezerra (Universidade Estadual da Paraíba)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornalismo de Revista, Olhar social, Estereótipos, Jornalismo Humanizado, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A "Revista Luppa" é resultado do trabalho dos estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba durante o componente curricular "Jornalismo Impresso II", ministrado pela professora doutora Ada Kesea Guedes Bezerra. O produto, publicado em formato digital na plataforma Issuu, teve por objetivo abordar o jornalismo de revista de maneira humanizada, dando visibilidade a pessoas e grupos que nem sempre tem seu espaço garantido na grande mídia. A produção e execução da revista desde seu início nos possibilitou o contato com diferentes gêneros jornalísticos: entrevista, crônica, resenha crítica, reportagem etnográfica, infográfico, ensaio fotográfico, dentre outros. O resultado final são 25 matérias divididas em um total de seis editorias: Política, Cidades, Gênero e Sexualidades, Cultura, Saúde e Esportes.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O jornalismo de revista possui particularidades em suas características que o diferenciam de outros meios de comunicação, como a TV, o rádio e até mesmo o próprio jornal impresso, na medida em que, como define Scalzo (2008), a revista  une e funde entretenimento, educação, serviço e interpretação dos acontecimentos. Possui menos informação no sentido clássico (as  notícias quentes ) e mais informação pessoal (aquela que vai ajudar ao leitor em seu cotidiano, em sua vida política). Ou seja, o periódico investe em textos mais elaborados e opinativos, tentando se aproximar de seu público leitor através de um linguajar mais leve e literário. Outra característica do estilo magazine é a sua segmentação, o que a centra num determinado universo de expectativas, visto que conhece bem o público para o qual fala. Para Scalzo (2008),  é esse equilíbrio e essa coerência editorial da pauta, bem como o ordenamento das seções, colunas, entrevistas especiais etc., que vão definir a personalidade de uma revista , e são eles que garantem a identificação e familiaridade do leitor para com um determinado periódico. Desta maneira, a Revista Luppa surge como resultado do interesse dos estudantes de Comunicação Social da UEPB, durante a disciplina de Jornalismo Impresso II, em desenvolver um conteúdo mais humanizado em relação ao que já é visto no atual mercado de periódicos. A linguagem utilizada na Luppa, na vertente do jornalismo narrativo, tem a função de aproximar o leitor do fato noticiado, pois trata a fonte como personagem de uma história, permitindo aos leitores um mergulho, mesmo que por algumas páginas, no universo de cada um destes sujeitos e grupos. Essa construção pode ser observada também na grande quantidade de perfis que a revista faz de pessoas que, em outra situação, não ganhariam espaço em publicações já pré-estabelecidas na grande imprensa. Como Fabiana Moraes (2015, p.27) diz,  emoção também é informação . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Objetivo Geral: Capacitar o estudante de Jornalismo a desenvolver um trabalho aprofundado e humanizado no jornalismo de revista desde o seu início: definição da linha editorial, construção das pautas, escrita dos textos, edição, fotografia e diagramação. Promovendo a autonomia do alunado no exercício da prática jornalística de forma a agregar valores que extrapolam o campo acadêmico. Objetivos Específicos: Favorecer a visibilidade de pessoas e grupos que não tem seu espaço garantido na grande mídia; Promover a elaboração por parte dos estudantes do projeto de uma revista com linha editorial, público-alvo, projeto gráfico e plano de divulgação; Exercitar o processo de definição e execução de pautas, produção e edição de textos de diferentes gêneros jornalísticos: entrevista, crônica, resenha crítica, reportagem etnográfica, infográfico, dentre outros; Promover a experimentação por parte dos estudantes da rotina produtiva de uma redação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Certamente, a migração da revista impressa para o ambiente digital é um desafio que exige uma procura de possíveis soluções para que os meios de comunicação consigam aperfeiçoar da melhor maneira possível a produção de um conteúdo de qualidade com um meio que lhe oferecerá bons retornos. Mesmo que a princípio os jornalistas que trabalham em revistas estejam parecendo deslocados e perdidos, muitos já estão conseguindo pensar em possíveis saídas para esse dilema. Cobo Romani e Pardo Kiklinski (2007, apud Natanshon 2013) dizem que para entender os motivos dessa migração para o on-line é necessário pensar na intensa criação de redes sociais ao redor dos produtos jornalísticos e nos recursos de interatividade disponíveis que permitem aos usuários uma maior geração de conteúdos. Na verdade, o que parece estar em curso é a transformação dos atuais modelos de negócios (de distribuição fechada, paga), para um modelo que integre as inovações tecnológicas, o consumo e a produção dos usuários e o negócio sustentável. Diversas revistas estão buscando uma adaptação a um formato que seja válido para a web, para isso apresentam inovações nas características digitais de forma a complementar com conteúdos extras para esse tipo específico de plataforma como vídeos, fotos extras e interatividade para os leitores. Não apenas isso, sabe-se que para a produção de material jornalístico impresso é necessário um grande investimento financeiro, de mão-de-obra e de tempo, o que acaba desencorajando a produção de revistas independentes, o que não acontece nas versões dos periódicos para a web. Sendo assim, viu-se a necessidade de pensar também na forma como os leitores iriam receber o conteúdo da revista Luppa. Seu formato digital viabiliza o consumo gratuito deste material, além de ampliar as formas de acesso com o advento da mobilidade proporcionada pelo avanço tecnológico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante os primeiros encontros do componente curricular Jornalismo Impresso II, a professora Ada Guedes expôs a ementa e os objetivos da disciplina, deixando a cargo dos estudantes escolher entre o desenvolvimento e produção de uma revista digital ou de um livro-reportagem. A turma optou pela construção da revista, definindo em reunião na sala que seria um produto de variedades voltado para o público jovem, tendo como foco o trabalho junto a pessoas e grupos que se encontram à margem da nossa sociedade, nascia então a Revista  Luppa . Sendo assim, a equipe de produção e as editorias foram decididas e coube a cada estudante/repórter a responsabilidade de sugerir pautas que pudessem ser produzidas, considerando o perfil e o público alvo da revista. As aulas seguintes foram expositivas, dando conta dos gêneros jornalísticos que fariam parte do nosso produto final: entrevista, crônica, resenha crítica, reportagem etnográfica, etc. Com as técnicas esclarecidas, as reuniões de pauta passaram a acontecer durante os horários das aulas, nas terças e quintas-feiras pela manhã. A partir disso, teve início o processo de produção do conteúdo pela equipe: a coleta de entrevistas, de imagens e a construção dos textos propriamente ditos. O material pronto era enviado para os editores que, juntamente com a orientação da professora e atentando para os apontamentos da diagramadora, era corrigido e, algumas vezes, reduzido. Logo após, as matérias passaram pelo processo de diagramação e a revista foi então publicada na plataforma digital Issuu. Ao fim, a equipe organizou um evento de lançamento da revista, onde a divulgação para as redes sociais foi toda proposta e realizada pelos próprios estudantes.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Revista Luppa é fruto de uma inquietação de estudantes de Jornalismo da UEPB: como trabalhar o jornalismo de revista de maneira inovadora e humanizada? Com o apoio da orientadora Ada Guedes durante o componente curricular Jornalismo Impresso II, no semestre letivo 2016.1, fomos à procura de respostas. Buscamos nas ruas, na música, no campo de futebol, na literatura, na sua (e na nossa) cabeça e até mesmo no espaço sideral. Era um verdadeiro multiverso inexplorado, pronto para nos acolher e nós a ele. Não demorou muito para percebermos que estávamos diante de uma das propostas mais complexas que poderíamos arranjar: contar histórias sobre e junto àqueles que nem sempre tem vez e voz. O nome Luppa surgiu exatamente dessa ideia. Dar espaço e visibilidade àqueles que estão ali, na nossa frente, mas não enxergamos, por preconceitos e estigmas socialmente arraigados. A Luppa vem, então, para desconstruir isso, mostrar que essas pessoas são muito mais do que os estereótipos para elas criados. E com esse intuito, somamos vozes e olhares. São 20 pares de olhos que encontraram sintonia ao concordarem em não trabalhar em sintonia com o pensamento da grande mídia. Além das produções da equipe, pudemos contar com os artigos do professor do Departamento de Letras e Artes da UEPB, Jhonatan Leal da Costa, da professora de psicologia da UFCG, Gabriella Dupim e do graduando em Jornalismo, Marques de Souza. Além das artes dos artistas plásticos Ava Romanovsky e Erik Kleiver. O resultado são 66 páginas, divididas em 27 matérias e seis editorias: Política, Cidades, Gênero e Sexualidade (que entrou no lugar da editoria de Moda e Comportamento), Cultura, Saúde e Esportes. Artistas de rua, drag queen, umbandista, jovens militantes, hippies são alguns dos personagens que, através de suas histórias de vida, nos presentearam com sua riqueza de experiências e, através da Luppa, pudemos apresentá-los como o que realmente são: os protagonistas de algumas das várias histórias que constroem as cidades paraibanas. O lançamento da Luppa foi realizado no auditório II da Central Integrada de Aulas da Universidade Estadual da Paraíba, no dia 09 de março de 2017, durante os turnos da manhã, de 9h às 11h, e da noite, das 19h às 21h, sendo transmitido também em formato de live através da página do Facebook da revista.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A disciplina de Jornalismo Impresso II com o foco no jornalismo de revista permitiu aos docentes do curso de jornalismo uma aproximação da rotina de uma redação profissional, com a possibilidade de exercer a fundo a prática jornalística. Além disso, o formato digital tem o intuito de recuperar essa linha do jornalismo que com o passar do tempo vem perdendo espaço no mercado devido a queda do material impresso. Através de seu conteúdo, a Luppa possibilitou ainda o exercício do pensamento crítico e social dos estudantes, a partir do momento em que os sujeitos, que por inúmeras vezes são invisíveis à sociedade, foram colocados em primeiro plano, tornando-se protagonistas de suas histórias e representantes daquela determinada classe. A experiência obtida no desenrolar da disciplina serviu de norte para o futuro acadêmico desses estudantes, ao desenvolverem o seu lado mais humanizado, juntamente com a revitalização do jornalismo de revista, dessa vez, nas plataformas digitais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">MORAES, Fabiana. O nascimento de Joyce. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2015;<br><br>NATANSOHN, Leonor Garcia; CUNHA, Rodrigo. O Jornalismo de Revista no Cenário da Mobilidade. In: Jornalismo de revista em redes digitais, Ed: Graciela Natansohn. Edufba, 2013. p.141-165;<br><br>SCALZO, Marilia. Jornalismo de revista. São Paulo: Contexto, 2008.<br><br> </td></tr></table></body></html>