ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01173</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Macroamores</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Carlos Eduardo Pereira Freitas (Universidade Federal do Ceará); Marcelo Andrey Monteiro de Queiroz (Universidade Federal do Ceará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Audiovisual, Documentário, Microcefalia, Roteiro, Zika Vírus</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O roteiro do documentário Macroamores - microcefalia sentida além dos números mescla histórias de famílias de quatro cidades diferentes conectadas em decorrência do nascimento de uma criança com microcefalia. Com base nos conceitos de Penafria (1999), Melo (2002), Machado (2012) e Nichols (2001), o fio narrativo da produção audiovisual é montado a partir de critérios de observação, participação e exposição, levando em conta a rotina dessas famílias e as histórias vinculadas à essa nova fase de suas vidas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário Macroamores - microcefalia sentida além dos números foi produzido como parte de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no semestre 2017.1 do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC). A ideia, contudo, surgiu desde a disciplina Técnicas de Investigação Jornalística, em 2016.1, quando os alunos são questionados sobre o tão aguardado TCC. Desde que o Macroamores foi pensado, o projeto foi modificado com o tempo, passando por uma ideia mais contextual, a ponto de dar conta de toda a problemática da Síndrome Congênita do Zika Vírus em um período de tempo para, enfim, dar vazão às histórias de vida de famílias de quatro cidades cearenses diferentes, ligadas, inicialmente, pelo nascimento de uma criança com microcefalia. O modelo de Agenda Setting, segundo Martino (2013), evidencia um efeito a longo prazo por parte da mídia: a capacidade de definição de temas discutidos pela sociedade. Segundo ele,  os temas da mídia ganham importância em sua divulgação horizontal: não são as principais preocupações de ninguém, mas estão nas preocupações de praticamente todo mundo (MARTINO, 2013, p. 208). Contudo, desde o início de produção do documentário, não houve maior interesse da mídia em cobrí-lo, pois o surto, ponto da factualidade que empurrava as notícias para as manchetes começou a arrefecer. Desta forma, o tema da microcefalia surgiu em razão da queda de notícias e informações acerca das crianças acometidas da malformação, uma vez que o assunto não estava mais sendo pautado na mídia. Por isso e com a intenção de entender e mostrar as novas realidades das famílias que conviviam agora com uma criança microcefálica, o documentário Macromores - microcefalia sentida além dos números surgiu. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Dentre os objetivos a serem alcançados a partir da criação do roteiro e, consequentemente, da produção do documentário em questão, pode-se salientar a existência de um principal, que norteia todo o processo criativo e de realização da obra, sendo ele a capacidade de ilustrar a rotina e a relação da família com o portador da microcefalia durante a vida deste de forma mais humanizada. Por isso, ressalta-se a importância do acompanhamento das famílias durante o processo produtivo e a necessidade de tentar transpor para o roteiro a realidade na qual essas pessoas vivem cotidianamente. Torna-se mister, assim, conhecer as projeções de mães e pais sobre as crianças desde o momento da gravidez, verificando como a família atua no tratamento da microcefalia durante as fases após o nascimento. Desta forma, o documentário também objetiva situar o papel da família como agente essencial no desenvolvimento de pessoas com microcefalia, trazendo à tona melhorias e problemáticas experimentadas junto ao crescimento e acompanhamento intensivo de familiares nos serviços qualificados. As intenções expressas se alicerçam na possibilidade de uma experimentação narrativa audiovisual que trate a simples captação da rotina como resposta fundamental para os questionamentos voltados à síndrome. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A microcefalia figura como um tema importante a ser visualizado, compreendido e debatido nas produções jornalísticas, como em um documentário de não-ficção, devido ao impacto causado pela epidemia gerada a partir da propagação do Zika vírus pelo País. Mesmo com a atenção jornalística voltada à síndrome após o surto, Aguiar e Araújo (2016) elencaram nove tópicos com questões observadas nos jornais impressos que são passíveis de uma reflexão mais profunda nas abordagens jornalísticas: silêncios e silenciamentos; narrativas de sofrimento; responsabilização e estigmatização; limitações da ciência e volúpia midiática, espaço para o contraditório; medo e risco; discursos não autorizados; oportunidades de negócios e as vozes em cena. Embora o estudo tenha contemplado apenas os três últimos meses de 2015  isso considerando a divulgação de perspectivas iniciais da microcefalia e o começo da divulgação do assunto na mídia  , os enquadramentos vistos em notícias e reportagens de diferentes suportes não mudaram de forma considerável. Devido a esse tipo de angulação, que, igualmente ao comumente exposto em épocas passadas, a condição microcefálica ainda é passível de desfavorecimentos frente à sociedade. A ocorrência histórica de extremismos contribui para uma consolidação do estatuto sobre a síndrome, o qual deve ser mudado, visto que, acima de tudo, pessoas portadoras da síndrome são seres humanos, devendo usufruir de seus direitos como cidadãos, carentes de uma atenção especial, que estimule a inclusão social e a não estigmatização pessoal. Isso denota o que as autoras apontam como uma oportunidade ímpar para observar a saúde na mídia brasileira, aspecto primordial na concepção do documentário de não-ficção Macroamores: microcefalia sentida além dos números. As abordagens midiáticas até o momento da produção se restringiam à alusão dos momentos de diagnóstico médico, à perspectiva das mães no momento da gravidez e ao tratamento do recém-nascido, incorporando aspectos relacionados à dramatização desses acontecimentos, acarretando uma visibilidade negativa à temática. Faz-se necessária, então, uma nova angulação de produção, buscando evidenciar outros fatores que não estejam sendo trabalhados atualmente, como o acompanhamento e a evolução dos diferentes tipos de tratamento e o papel da família nesse contexto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Considerando os questionamentos apontados por Aguiar e Araújo (2016) acerca da abordagem midiática sobre a microcefalia e os exemplos citados ao longo da problematização da temática, a ideia em utilizar o audiovisual em um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Jornalismo encontra morada na necessidade de tratar o tema sob outras narrativas. Isso porque, segundo Penafria (1999),  apresentar novos modos de ver o mundo ou de mostrar aquilo que, por qualquer dificuldade ou condicionalismos diversos, muitos não veem ou lhes escapa, é então a principal tarefa de um documentarista (PENAFRIA, 1999, p.7). Vale ressaltar, aqui, que o documentário não é um gênero essencialmente jornalístico. Melo (2002) faz ponderações sobre as semelhanças e divergências entre ambos em relação a diversos aspectos, sendo um destes o discurso sobre o real, pois,  ao nos depararmos com um documentário ou matéria jornalística, esperamos encontrar as explicações lógicas para determinado acontecimento (MELO, 2002, p. 28). Essa assertiva acarreta o ressurgimento de outro debate, bem articulado e concluído pela autora:  mesmo configurando-se como um discurso sobre o real, documentários e reportagens não são reflexos, mas construções da realidade social (Id. Ibid. p. 28-29), pois existe uma extensa gama de produções de valores e significados que são atribuídos aos fatos em geral. A maior diferença entre os dois gêneros é o efeito buscado na transmissão de informação. Enquanto o jornalismo é marcado por um direcionamento mais objetivo  o que, efetivamente, é impossível de atingir, dadas as condições de determinação do que, de quando ou de como se mostra  , o documentário resvala na subjetividade dos enquadramentos, daí o que Melo (2002) tipifica como um gênero essencialmente autoral. Tal compreensão é contemplada, também, nas palavras de Penafria (1999) sobre o documentário, o qual ela afirma ser uma obra pessoal, pois  implica uma necessidade da parte do documentarista em expressar algo, em dizer algo sobre determinado assunto (PENAFRIA, 1999, p. 6). O documentário Macroamores: microcefalia sentida além dos números envereda pelo lado mais otimista da síndrome  não necessariamente atrelada ao surto do vírus  sob a ótica de famílias que possuem em sua árvore genealógica pessoas portadoras. Essa escolha implica, como indica Penafria (1999) uma tarefa extensa e cuidadosa, pois "O documentarista organiza diversos elementos: entrevistas, som ambiente, legendas, música, imagens filmadas in loco, imagens de arquivo, reconstruções, etc. A sucessão de imagens implica uma interpretação por parte do documentarista mediante a escolha de técnicas de montagem" (PENAFRIA, 1999, p. 5). Mesmo que esse conjunto de operações tivesse apenas a intenção de mostrar a realidade e não a interpretação do ponto de vista do documentarista, Machado (2012) aponta que  um documentário puro seria algo inimaginável, pois sempre há a interposição da subjetividade de um (ou mais) realizador(es), sempre são feitas escolhas, seleções, recortes e é inevitável que essas mediações funcionem como interpretações (MACHADO, 2012, p. 10), o que atesta a impossibilidade da objetividade ser atingida. Dessa forma, mesmo que o realizador do documentário não diga uma palavra sequer em toda a duração do produto e no roteiro,  a costura de vozes caminha para que, ao final, o espectador chegue a um entendimento claro de qual é o posicionamento do documentarista sobre o tema retratado [pois] tudo é trabalhado para assinalar o ponto de vista do diretor (MELO, 2002, p. 32). O roteiro do presente produto não transita necessariamente por um só conjunto de características relacionadas a um tipo de voz fílmica do documentário; ele lança mão de preceitos designados a subgêneros documentais distintos, sendo um deles o dominante. O primeiro deles (e o principal) é o participativo, que, segundo Nichols (2001), reduz a importância da persuasão em detrimento de mostrar como é estar em determinada situação. Com isso, pode-se testemunhar o mundo por alguém que é ativamente engajado a ele, fator que pressupõe a utilização de entrevistas com os personagens. Daí a interferência do diretor:  a voz do cineasta emerge das teceduras das vozes participantes e do material que trazem para sustentar o que dizem (NICHOLS, 2001, p. 160). Além disso, também se utiliza do modo expositivo, que, conforme Nichols (2001), dirige-se diretamente ao expectador por meio de legendas ou vozes com o intuito de argumentar ou propor alguma perspectiva em relação ao que está sendo mostrado. Junto a esses dois tipos, o documentário também trilha caminhos abertos pelo subgênero observativo. Nichols (2001) salienta que esse subgênero abriu mão das formas de controle instituídas para a realização de uma documentação sem intervenção explícita.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário Macroamores narra as histórias de vida de famílias de quatro cidades do Ceará, sendo elas: Fortaleza, Juazeiro do Norte, Várzea Alegre e Barbalha. Na capital, foram entrevistados os pais de Lavigne Araújo (1 ano e cinco meses à época), Sheila Araújo, de 35 anos, e Leandro Silva, de 27 anos. A família mora no bairro João XXIII, na regional III de Fortaleza, que compreende, além do bairro em questão, áreas como o Bonsucesso e o Henrique Jorge. Em Juazeiro do Norte, a entrevista foi feita com os pais de Clarice Carvalho (1 ano e seis meses no período das gravações), Eroneide Carvalho, 36 anos, e José Carlos Santos, 32 anos, em duas regiões da cidade, no bairro Aeroporto, no qual o casal reside, e no bairro Antônio Vieira, no qual ambos trabalham com uma ótica. Já em Várzea Alegre, foi entrevistada a mãe de Júnior Silva (1 ano e cinco meses também na época de gravação), Marciana Silva, 23 anos, no bairro Varjota. Por último, em Barbalha, foi entrevistada a mãe de Luiz Heitor (1 ano e nove meses no período citado), Lívia Fechine, de 23 anos, no bairro Cirolândia. O documentário Macroamores possui 48 minutos e 07 segundos divididos em quatro partes principais, correlacionadas de acordo com as entrevistas realizadas e tendo como base as perguntas delimitadas nos encontros com as fontes. São elas: histórias das famílias relativas ao período anterior do diagnóstico da microcefalia; o momento do diagnóstico; a rotina das famílias após o nascimento; e as lições de vida aprendidas a partir da convivência com a malformação no âmbito familiar. Todo o projeto audiovisual foi disposto em um roteiro com 30 páginas, nas quais estão dispostos a sinopse e o argumento, além de um resumo das partes do material, bem como ele na íntegra. A construção do roteiro de não ficção foi realizada a partir de quadros que dividem texto e imagem e marcações de tempo que variavam de acordo com a indicação da câmera, do áudio ou do momento de gravação. A seguir, estão dispostas as partes do produto. 1ª parte: histórias das famílias relativas ao período anterior do diagnóstico da microcefalia. O documentário inicia com os logotipos da Universidade Federal do Ceará, do Instituto de Cultura e Arte e do Curso de Jornalismo, com trilha-sonora cantada a partir de um momento de estimulação visual de Luiz Heitor, filho de Lívia Fechine, residente de Barbalha. As músicas cantadas na terapia são uma canção de ninar, intitulada  Brilha, Brilha, Estrelinha , e  A Casa , do compositor Toquinho. Após o logotipo que dá nome ao projeto Macroamores, as imagens da estimulação visual aparecem, mostrando as imagens de Luiz Heitor. Em seguida, há uma sequência de imagens de ambientação que levam o espectador da estimulação, ao som da música, para os arredores da cidade de Barbalha e da casa de Lívia, mostrando ainda detalhes do ambiente. Com a ambientação, começa a primeira entrevista, realizada em dois quadros distintos  plano americano e primeiro plano a 45º cada, reproduzidos em todas as entrevistas  , tratando do período anterior ao da gravidez e da futura descoberta. Após um fade out, inicia-se a ambientação da cidade de Juazeiro do Norte, local em que Eroneide Carvalho e José Carlos Santos fizeram morada e cria. Com imagens do Padre Cícero e das vias da região, além dos arredores da casa do casal, eles tratam, nessa primeira parte, de como se conheceram e como Clarice Carvalho foi pensada desde os primeiros momentos da vida a dois. Depois da contextualização da história do casal juazeirense, a história de Marciana Silva e do filho Júnior Silva, de Várzea Alegre, é apresentada. Com ambientação similar à realizada nas cidades supracitadas e acompanhamento da mãe até o filho na escola, a história da família é marcada por conflitos com o pai da criança. Com a contextualização da vida de Marciana, o quarto momento da primeira parte diz respeito ao casal Sheila Araújo e Leandro Silva, pais de Lavigne Araújo, da cidade de Fortaleza. Nesse momento, o casal retrata como se conheceram e narra o período da gravidez, finalizando o bloco a partir do diagnóstico de Lavigne. 2ª parte: o momento do diagnóstico. A segunda parte do documentário também introduz a mescla dos relatos de todos os personagens, pois é nesse contexto que todas as histórias se cruzam: o momento do diagnóstico. Seja ele dado de forma humanizada ou não, as mães e pais e contam como foi a período da descoberta da microcefalia, o sentimento de cada um durante o período entre diagnóstico e nascimento e o pensamento no instante em que viram os filhos e filhas pela primeira vez. São relacionadas as histórias de Lívia, cujo pensamento era de que o filho nasceria com hidrocefalia; de Eroneide e José Carlos, os quais acabaram descobrindo a malformação a partir do noticiário de TV; de Marciana, que soube do diagnóstico por uma vizinha da família após ela ter visto uma publicação em um site da cidade sobre o assunto, com informações confidenciais; e de Sheila e Leandro, cuja ação após o diagnóstico quase a levou ao trabalho de parto. 3ª parte: a rotina das famílias após o nascimento. A terceira parte do documentário Macroamores relata as rotinas vividas pelas famílias entrevistadas após o nascimento das crianças com microcefalia. Estão presentes nesse momento do vídeo, a estimulação precoce, a rotina para conseguir acesso à saúde pública, relatos tratando de pessoas ajudantes da família, manutenção financeira da casa, auxílio financeiro dos pais separados, etc. A personagem Marciana Silva foi acompanhada durante o trajeto até a Secretaria de Saúde de Várzea Alegre, local ao qual ela necessitava, até junho deste ano, ir ao menos duas vezes na semana para guardar lugar na van do município responsável por levar pacientes até os pólos de atenção à saúde na região do Cariri. Ela precisa acordar às terças e quintas-feiras às 4h30 com o filho para realizar a estimulação precoce na policlínica de Barbalha, durante um período que demora a manhã toda, entre o serviço disponibilizado e a espera pelo transporte. 4ª parte: lições de vida aprendidas a partir da convivência com a microcefalia na família. A quarta e última parte do documentário Macroamores diz respeito às lições de vida aprendidas a partir da convivência entre pais, mães e crianças com microcefalia. No período final do produto audiovisual, eles e elas comentam perspectivas futuras acerca dos filhos, o que aprenderam sendo pais de crianças com necessidades especiais e o que diriam a outros pais que agora se encontram com o diagnóstico a sua frente. O documentário se encerra após os discursos dos entrevistados com o logotipo que dá nome ao projeto, bem como os créditos e os agradecimentos relativos à sua produção. Além disso, o documentário Macroamores possui trilha-sonora com licença de uso permitida através do site freeplaymusic.com. Foram utilizadas músicas com concessão de uso para ferramentas não-publicitárias de audiovisual publicadas no Youtube e/ou apresentadas em sala de aula, características concernentes ao Trabalho de Conclusão de Curso em questão. Em razão do formato de utilização do material sonoro descrito acima, não houve custo para adquirir a licença. Também foi incluída a introdução da música Abaianada, da Banda Cabaçal Santo Antônio-Mestre Chico, de domínio público, da região do Cariri cearense, reproduzida na ambientação da cidade de Juazeiro do Norte. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A gravação do documentário requereu a ida às cidades de Barbalha, Juazeiro do Norte e Várzea Alegre em fevereiro e junho de 2017. A dupla de autores percorreu mais de 2.100km entre os municípios acima e a Capital e, nas duas viagens, ficou entre cinco e dez dias para apuração e gravação. Em fevereiro, foram gravadas as entrevistas nas cidades do interior e imagens da rotina das famílias, bem como a ambientação da cidade e da região de moradia. Na segunda viagem, em junho de 2018, houve gravação de imagens da rotina das famílias e apuração acerca das modificações ocorridas desde fevereiro. As gravações das imagens de Fortaleza e do casal entrevistado na capital foram realizadas em julho de 2017, após uma série de baixas com relação aos entrevistados preteridos. É importante salientar que a cada entrevistado foram feitos ao menos três visitas: uma para pré-entrevista, uma para entrevista e outra para a captação de imagens da rotina, podendo aumentar de acordo com o escopo de trabalho e as informações captadas em dias específicos. Após as gravações, o material audiovisual e sonoro foi decupado em sua integralidade e distribuído para elaboração do roteiro de edição do documentário.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">A MICROCEFALIA e a angústia das famílias. GloboNews Especial, 28 de fevereiro de 2016. Disponível em: <http://globosatplay.globo.com/globonews/v/4847355/>. Acesso em 19 jun. 2016.<br><br>AGUIAR, R.; ARAÚJO, I. S. A mídia em meio às  emergências do vírus Zika: questões para o campo da comunicação e saúde. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde. Rio de Janeiro, n.10, jan./mar. 2016. Disponível em: <http://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/1088/pdf_1088>. Acesso em: 18 jun. 2016.<br><br>ALBUQUERQUE, I. G. C. et al. Chikungunya virus infection: report of the first case diagnosed in Rio de Janeiro, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Rio de Janeiro, v. 45, n. 1, p. 128-129, jan.-fev. 2012.<br><br>AZUBEL, L. L. R. Jornalismo de revista: um olhar complexo. Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias  Rumores (USP). São Paulo, v. 7, p. 257-274, 2013. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/58942/64212>. 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