ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00006</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Universo paralelo: O mundo de todas as cores</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Nathalia Gonfinete Kitaoka (Centro Universitário de Rio Preto); Larissa Cristina Senigali Bossa (Centro Universitário de Rio Preto); Djalma Aparecido Cola (Centro Universitário de Rio Preto)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Transexuais , transgênero, redesignação sexual , transição, radiojornalismo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Universo Paralelo é um programa laboratorial apresentado semanalmente na Rádio Unirp como parte do processo avaliativo da disciplina de Rádiojornalismo I, presente na grade curricular do curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo do Centro Universitário de Rio Preto  UNIRP. O projeto surgiu com o intuito de abordar temas relacionados às lutas e preconceitos, focando principalmente na comunidade LGBT. O título do programa tem um sentido não-literal, no qual faz referência à um novo universo onde o mundo pode ter todas as cores que o ouvinte quiser. Com a ajuda de estudantes do curso de Publicidade e Propaganda da UNIRP, foram produzidas vinhetas e um jingle representativo. A Rádio Unirp é uma rádio web totalmente produzida pelos alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da UNIRP, que pode ser ouvida pelo aplicativo RadiosNet ou pelo link https://bit.ly/2qYUmm4.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após apresentar alguns programas com diversas temáticas relacionadas às lutas enfrentadas e conquistas alcançadas pela comunidade LGBT, resolvemos realizar pesquisas e estudos relacionados a transexualidade, onde pudemos notar que além de ser uma realidade pautada com escassez pelas mídias tradicionais, quando abordadas, não apresentam com clareza o verdadeiro enfrentamento de pessoas transexuais para realização do maior sonho dessa comunidade, que é a cirurgia de redesignação sexual. Sendo assim, o programa Universo Paralelo gravado no dia 9 de setembro de 2017 e apresentado em 26 de outubro de 2017, apresentou através de uma linguagem radiofônica apropriada à programas especiais, informações sobre a transexualidade e os processos necessários para a realização do processo de transição. "O processo transexual - a jornada que começa com uma terapia e vestir-se como o outro sexo, passa por tratamento hormonal e termina em cirurgia - não é um capricho passageiro. É a busca consistente de integração física, emocional, social, espiritual e sexual, conquistada a enormes penas pessoais" (RAMSEY, 1998).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Objetivamos transmitir de forma simples, um fato que tem se tornado cada vez mais comum em nosso meio. "A tarefa é manter constante o interesse do ouvinte, mesmo havendo contrastes de conteúdo e ritmo" (MCLEISH, 2001). Dando enfoque à questão da cirurgia de redesignação sexual, que apesar de muitos saberem que ela existe, poucos sabem qual é o processo necessário para que ela seja realizada, fizemos primeiramente uma breve explicação da diferença entre os termos orientação sexual e identidade de gênero; trangênero e transexual. Após a explicação, apresentamos dados encontrados no site do Governo do Brasil, que explicam um pouco mais sobre os procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos de redesignação sexual. Além disso, demos dicas de filmes e séries que retratam personagens transgêneros ou transexuais, afim de retratar a representatividade dessas pessoas no meio do entretenimento. Ainda no primeiro bloco, apresentamos o quadro "Superando Preconceito", onde contamos a história de Marlo Mack, mãe de uma garota transexual, que criou um blog para ajudar outras famílias; o intuito do quadro é trazer histórias positivas para mostrar que apesar das dificuldades, sempre há algo bom em meio a uma sociedade preconceituosa. No segundo bloco, apresentamos uma entrevista com o transexual Pedro Jacobsen, 17, com o objetivo de mostrar a vida de um jovem que se assumiu ainda na adolescência e recebe total apoio de sua família e amigos para realização do sonho de realizar sua transição. "Faz muita diferença para a vida de um jovem transexual encontrar em casa uma guarita segura do mundo hostil que ele tem de enfrentar" (RAMSEY, 1998). No último bloco, retratamos a história da diarista Elise Gomes Assunção, 57, como representante de uma minoria que já realizou sua redesignação sexual. A escolha dos entrevistados, foi devido à necessidade de retratar dois lados da história; o que está em processo de inicialização e alguém que já alcançou o "objetivo final".</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os papéis decisivos nas conquistas pelo direito de mudança do nome social e da possibilidade de realização da cirurgia de redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são extremamente significantes para a realização pessoal dessa comunidade, mas o processo para concluir essas e outras possibilidades é longo. "O diagnóstico rigoroso da transexualidade demanda que um psicoterapeuta diplomado e experimente realize uma exaustiva avaliação, incluindo um histórico completo do caso, testes psicológicos e extensas séries de entrevistas ou sessões de terapia" (RAMSEY, 1998). Em todo o Brasil, apenas cinco serviços ambulatoriais são habilitados no processo de redesignação sexual do SUS. O grande número de transexuais em todas as regiões do Brasil, enfrentam atualmente uma fila de espera de no mínimo dez anos para serem encaminhados aos ambulatórios responsáveis pelos procedimentos cirúrgicos de sua determinada região. Sendo assim, programa em questão se justifica a partir da necessidade de debater e conhecer fatos e histórias relacionadas ao tema que podem contribuir de alguma forma com o interesse e conhecimento do público-alvo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Foi realizada uma pesquisa de campo entre os alunos do Campus III do Centro Universitário de Rio Preto, onde podemos concluir que 34 das 40 pessoas questionadas, não entendiam a diferença entre ser transgênero e transexual, assim como não possuíam conhecimento sobre o processo de transição e a cirurgia de redesignação sexual. "O rádio não só educa e forma opinião, como ajuda a tirar o ouvinte do analfabetismo e da ignorância" (PRADO, 2006). As pesquisas teóricas e entrevistas realizadas foram essenciais para sustentar o objetivo de trazer à tona tudo o que envolve o tema em questão, através delas, conseguimos retratar um pouco a vida do estudante Pedro Jacobsen, 17, que sonha com a redesignação e a história de Elise Gomes Assunção, que pôde realizá-la aos 57 anos. Elise foi escolhida para participar do programa após uma visita feita à um ambulatório especializado em Travestis e Transexuais da cidade de São José do Rio Preto, onde diversas pessoas trans se reúnem todas as terças-feiras para realizar atendimentos e encaminhamentos médicos. Já Pedro, foi indicado por uma estudante de Jornalismo do Centro Universitário de Rio Preto. O programa foi editado utilizando o programa de edição Audacity e também possui um jingle próprio, cujo papel é trazer o reconhecimento do programa durante as programações diárias da rádio, através de uma identificação sonora; o mesmo foi criado pelos alunos do segundo ano do curso de Publicidade e Propaganda da UNIRP. Além disso, para a divulgação dos temas semanais apresentados, foi criada uma página no facebook que pode ser acessada pelo link https://www.facebook.com/programauniversoparalelo/, onde foram feitas publicações anunciando cada programa e relembrando suas reprises.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa possui a duração de 30 minutos, divididos em 3 blocos compostos por 8 minutos, com uma estrutura única de dois quadros especiais, sendo eles: "Você Sabia?" onde são apresentadas curiosidades e dados estatísticos de acordo com o tema e "Superando o Preconceito", que tem o intuito de contar histórias de superação como uma lição de vida. Os programas inéditos são apresentados na quinta-feira às 21h00, com reprise no sábado às 20h00, domingo às 15h00 e terça-feira às 10h00. No dia 9 de setembro de 2017, foi gravado no estúdio da Rádio UNIRP, o programa com o tema "Transexualidade". No primeiro bloco, foi realizada uma introdução ao assunto, explicando as diferenças entre os termos "identidade de gênero" e "orientação sexual", "transgênero" e "transexual", que são definições comumente confundidas. Apresentamos o quadro "Você Sabia?", que trouxe informações sobre o processo de transição, tanto ambulatorial quando cirúrgico, buscando transmitir informações de forma clara para que todo e qualquer tipo de ouvinte compreenda melhor sobre esse assunto; em seguida, foram dadas dicas de filmes e séries que retratam temas relacionados à pessoas trans. Ainda neste bloco, foi apresentado o segundo quadro especial intitulado "Superando o Preconceito", trazendo a história de Marlo Mack, criadora do blog "How to be a girl", que tem como objetivo contar sobre seu dia-a-dia com a filha transgênero. O segundo bloco contou com uma entrevista com o estudante Pedro Jacobsen, 17, que além de sonhar com a realização da cirurgia de redesignação sexual e mastectomia, falou sobre o fato de ter se assumido transexual ainda muito jovem. Já no terceiro e último bloco, apresentamos depoimentos da diarista Elise Gomes Assunção, 57, que realizou os procedimentos de redesignação sexual quando já tinha 57 anos através de um processo judicial onde ela conseguiu que o Estado arcasse com as despesas de sua cirurgia, devido à sua idade e o tamanho da fila de espera.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O SUS tem oferecido atendimento cirúrgico e ambulatorial para as pessoas que buscam pelo atendimento de redesignação sexual, mas apesar de todo esse período, apenas cinco ambulatórios especializados em processos transexualizadores, são autorizados a realizar o procedimento de redesignação. Com o passar do tempo, a busca pelo processo tem crescido cada vez mais: entre os anos de 2015 e 2016, houve um aumento de 32% na procura pelo atendimento ambulatorial para transexuais no Ministério da Saúde; e o número de cirurgias também avançou, tendo sido realizadas 23 cirurgias de redesignação sexual do sexo masculino para o feminino no ano de 2015, e 34 em 2016. Os números mais do que comprovam que cada vez mais brasileiros têm buscado realizar os processos necessários, e o tempo de espera para a realização tem sido grande: segundo dados recolhidos pela Associação de Travestis, Mulheres Transexuais e Homens Trans  LGBT do Estado de São Paulo, a fila de espera para obter os procedimentos cirúrgicos, que é a fase final do processo transexualizador do SUS, tem sido de cerca de dez anos. Buscando depoimentos de transexuais que estão passando pelo processo de transição ou que até mesmo já passaram por ele, é notável a constante luta que eles têm que enfrentar para conseguir realizar o desejo de ser quem realmente são, seja no âmbito medicinal, quanto na questão social. O processo de aceitação própria é constante, tanto anteriormente quanto após a cirurgia; e o peso negativo que a sociedade impõe sobre os transexuais é algo que a busca pelo conhecimento sobre o assunto pode extinguir. Não saber o que realmente engloba a redesignação sexual, é sim uma forma de apagar o brilho da luta dessas pessoas, que necessitam cada vez mais de voz e reconhecimento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">______.  Cirurgias de mudança de sexo são realizadas pelo SUS desde 2008 . 2015. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/cirurgias-de-mudanca-de-sexo-sao-realizadas-pelo-sus-desde-2008. Acesso em: 07/09/2017<br><br>GALLI, Rafael Alves. Corpos Mutantes, Mulheres Intrigantes: Transexualidade e Cirurgia de Redesignação Sexual. 2013. 11f. Tese  Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.<br><br>MACK, Marlo. "Mama, I'm girl". 2014. Disponível em http://www.howtobeagirlpodcast.com/episodes/2014/6/7/episode-i-mama-im-a-girl. Acesso em: 07/09/2017.<br><br>MCLEISH, Robert. Produção de Rádio: um guia abrangente de produção radiofônica. São Paulo: Summus, 2001. <br><br>NUNES, Dimalice.  Fila para cirurgia de redesignação sexual pode passar de dez anos . 2017. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/diversidade/Fila-para-cirurgia-de-redesignacao-sexual-pode-passar-de-dez-anos. Acesso em: 12/04/2018.<br><br>PRADO, Magaly. Produção de Rádio: Um Manual Parático. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.<br><br>RAMSEY, Gerald. Transexuais: perguntas e respostas. São Paulo: Summus, 1998.<br><br> </td></tr></table></body></html>