INSCRIÇÃO: 00586
 
CATEGORIA: RT
 
MODALIDADE: RT04
 
TÍTULO: Boa Noite Tess!
 
AUTORES: Daniele Almeida Ferreira (Faculdades Integradas Rio Branco); Alexandre Henrique (Faculdades Integradas Rio Branco); Leticia Silva Ferreira (Faculdades Integradas Rio Branco)
 
PALAVRAS-CHAVE: Ação, Cronologia, ficcional, Série, Não linearidade
 
RESUMO
De maneira atemporal, a série "Boa Noite, Tess" propõe a discussão de temas pertinentes na sociedade, envoltos por uma história forte de amizade e complexidade. O artigo disserta sobre a estrutura linear e não linear das narrativas no meio audiovisual, sobre a influência que a variação de tempo exerce em uma obra cinematográfica e os recursos que a narrativa não linear audiovisual pode ter. Baseado em autores, mestres e doutores da comunicação, a dissertação foca em entender a estrutura do tempo narrativo para relacioná-lo com o episódio piloto ou resumo de temporada de "Boa noite Tess".
 
INTRODUÇÃO
Este projeto contempla apresentar a proposta de uma série ficcional direcionada à emissoras de televisão e plataformas digitais através da construção baseada em narrativas lineares e não lineares, referenciados com diversos teóricos e exemplificados a partir de produtos audiovisuais consagrados e na construção do roteiro de "Boa Noite, Tess" que foi, inicialmente desenvolvido em formato de curta-metragem especificamente para ampliar suas possibilidades de exibição e distribuição. Desde os primórdios da humanidade, estórias são criadas para passarem ensinamentos, perpetuar culturas, e conservar tradições. Foram desenvolvidas diversas formas e estilos para estruturar e categorizar certos tipos de enredo: Contos, crônicas, anedotas, etc. Todas essas estruturas seguem a mesma lógica de narrativa, ou seja, utilizam-se do tempo cronológico, o famoso "começo, meio e fim". Esse tipo de narrativa é chamada de narrativa linear, Blanchot no livro "O espaço literário" (1987) descreve a narrativa como "um movimento em direção a um ponto, não apenas desconhecido, ignorado, estranho, mas tal que parece não ter, antecipadamente e fora desse movimento, qualquer espécie de realidade, e tão imperioso, no entanto, que é somente dele que a narrativa tira seu encanto, de tal modo que ela não pode sequer "começar" antes de o ter atingido". A partir da noção de tempo-cronológico, muitas obras textuais e audiovisuais foram construídas subvertendo essa narrativa linear com as várias possibilidades de se contar estórias em qualquer tempo possível, sem precisar se preocupar com a tradicional linha do começo, meio e fim. Foram desenvolvidos recursos como o "Flashback", e muitos outros que contribuíram, por exemplo, para a criação da série "Lost" e muitas outras. Assim, o presente estudo pretende embarcar no mundo desses tipos de narrativas, a fim de explorá-las e discuti-las ao longo da construção da ideia, intuito e narrativa da série "Boa noite, Tess".
 
OBJETIVO
O propósito geral é estudar a estrutura textual das narrativas não lineares, para a construção do roteiro da série "Boa noite, Tess!". Os objetivos específicos são: - Entender as principais diferenças e especificidades das narrativas lineares e não lineares. - Caracterizar as mudanças temporais que podem ou não ser consideradas como relevantes para a construção de uma narrativa não linear. - Exemplificar o modelo de narrativas linear e não linear por meio de produções cinematográficas conhecidas, junto ao projeto de série denominado "Boa noite, Tess".
 
JUSTIFICATIVA
A importância de trazer a luz em um problema intrínseco da sociedade que é o abuso infantil e iniciar uma discussão necessária sobre honestidade das instituições religiosas, grandes e pequenas corporações e até mesmo de próprios indivíduos mal intencionados que estão dispostos a usar da ignorância das pessoas para benefício pessoal. A mensagem visa mostrar o quão é importante acreditar si mesmo, principalmente em situações de extrema emergência ou perda de identidade. Ao estudar um produto audiovisual, são levantados diferentes aspectos, desde a estrutura da narrativa, trama, até a identidade visual. Neste caso, o projeto examina cada aspecto da estrutura narrativa não linear por si só, evidenciando-o dentro da presente proposta ficcional e usando desta ferramenta para impulsionar o interesse do público durante todo o show audiovisual. As narrativas lineares, baseadas no "início, meio e fim" continuam existindo e estão presentes em diversos enredos, enquanto as não lineares tem se apresentado cada vez mais no mundo literário e televisivo. Segundo Jean-Claude Carrière em seu livro "A linguagem secreta do cinema": "Também temos o tempo literário, que aparece em diversos tamanhos e formas, com idas e vindas, horas longas e curtas, cenas (em Dostoievski, por exemplo) com diálogos longos demais para o tempo a elas destinado pelo autor, com atalhos, truques, flashbacks, longas pausas introspectivas, com todo os deslocamentos imagináveis, pois as palavras são mais ágeis e mais ardilosas que as imagens. Em alguns escritos poéticos vemos até o tempo retroceder com uma espécie de elegância, como que subjugado, paralisado por uma ilusão, por uma embriaguez irresistível." (2006, p. 100) Casar temas de suma importância na sociedade com o estudo das narrativas não lineares é, portanto, relevante pelas suas condições pertinentes e atrativas à medida que elas brincam com as unidades Aristotélicas de tempo, espaço e ação e se reinventam o tempo todo ao longo dos anos.
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que consiste na consulta de livros, produções cinematográficas, documentários, séries, peças teatrais dentre outras fontes que ajudarão a sustentar e esclarecer os aspectos teóricos relativos à temática. A pesquisa analisa a construção das narrativas não lineares e suas especificidades. O material é obtido por meio da análise de produtos audiovisuais relacionados, artigos científicos, textos publicados na Internet e diálogos com teóricos e críticos de cinema. A pesquisa, partindo dos limites dos objetivos propostos, se desenvolve pelo levantamento bibliográfico inerente ao tema; estudo crítico do material audiovisual assistido; obtenção; análise de textos teóricos e produção de um curta-metragem como resultado final do projeto.
 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
Em todo roteiro em que há um enredo a ser contado, os acontecimentos são organizados e evoluídos em tempo e espaço, com base na colocação do mestre Daniel Moreira de Sousa Pinna, o tempo acaba organizando os acontecimentos no decorrer da estória, levando o principal objetivo, o entendimento da mensagem passada. De acordo com Cardoso, "No texto narrativo, os eventos passam de um estado a outro. Esse tipo de texto caracteriza-se por apresentar acontecimentos que se sucedem no tempo" o autor descreve que os acontecimentos acabam se transformando na medida em que o roteiro vai se desenrolando no tempo e no espaço da estória. O tempo cronológico de um roteiro pode ser identificado na maioria das obras audiovisuais, sendo mais comuns e tradicionais do que as que contêm tempo psicológico, ou seja, quando o tempo se passa psicologicamente na memória ou até mesmo na imaginação do personagem, alterando a passagem natural dos acontecimentos, deixando o roteiro da forma não habitual, não tendo uma coerência cronológica, desenvolvendo os fatos de forma que, podem começar com desfecho da história e terminar no clímax, ou ter muitos flashes de lembranças durante o enredo, sendo capaz de viajar no tempo até mesmo antes do nascimento do personagem, como a série "13 Reasons Why". Mesmo que em cena, um determinado lapso de memória ou viagem no tempo dure anos em sua cabeça, tempo-psicológico, no tempo-cronológico possa apenas ter durado um minuto, assim como se passa no episódio "San Junipero" da terceira temporada da série "Black Mirror". Apesar de ser um pouco mais complexa que o usual, a narrativa não cronológica não deixa de ter um começo, meio e fim, assim como colocou o escritor Syd Field "Por definição, o roteiro é uma história contada por meio de imagens, diálogos e descrições inseridos no contexto da estrutura dramática. Cada cena deve sempre levar a narrativa adiante, do começo ao fim, embora não necessariamente nessa ordem como ilustrado em Pulp Fiction". Na televisão, o formato das séries seguiam a criação de uma estória por semana, tendo a conclusão desta no término do mesmo episódio; enquanto o modelo de desenvolvimento de um plot ao longo de vários episódios durante uma temporada, só foi ser introduzido com a série policial norte americana "Hill Street Blues" (1981-1987). No entanto, analisando as estruturas de séries atuais que, de alguma forma utilizaram a "não cronologia" como em "Fringe" que apenas em alguns episódios a técnica é utilizada, outras séries em determinadas temporadas como "Breaking Bad", ou até mesmo durante todo o enredo como em "Lost", é perfeitamente aplicável o conceito de Pellegrini o qual quem narra "escolhe o momento em que uma informação é dada", dessa forma, a maneira com a qual uma estória é transmitida ao receptor vai depender de toda ordem ou desordem que o autor quiser provocar até chegar à resolução. Assim, as narrativas não lineares podem ser construídas de diferentes formas havendo apenas uma regra: em algum momento a história vai alterar a ordem cronológica e natural das coisas para explicar, lembrar, justificar ou situar o receptor da mensagem. Mas essa alteração precisa ter verossimilhança, conforme afirma Aristóteles: "Tanto na representação dos caracteres como no entrosamento dos fatos, é mister ater-se sempre à necessidade e à verossimilhança, de modo que a personagem, em suas palavras e ações, esteja em conformidade com o necessário e o verossímil, e que o mesmo aconteça na sucessão dos acontecimentos." Em 1940 alguns recursos como o Flashback começaram a ser utilizados com frequência, bem como outros métodos de mudança de tempo. Começou a ser introduzido várias novas técnicas e já não existiam regras. O importante era estar atento para que ao quebrar a linearidade fosse preservado o conteúdo da estória a fim de não atrapalhar o entendimento do público. Há uma variedade imensa de motivos pelos quais os diretores usam uma estrutura não linear em suas obras audiovisuais. Analisando, como base, a lista feita pelo site "Internet Movie Data base" (IMDb) de trinta e cinco títulos de filmes não cronológicos, é concluído que o uso dessa característica se dá a fim de aperfeiçoar o storytelling de uma narrativa, melhorando seu desempenho e sua eficácia na transmissão da mensagem a ser passada. Um exemplo muito adequado para ser usado como comparação à série "Boa noite Tess" é o filme "Memento", no qual o uso da técnica de alteração do tempo linear tem como objetivo levar ao telespectador o mesmo sentimento e ponto de vista que tem o protagonista, o qual sofre de memória curta e não consegue lembrar as coisas que acontecem recentemente por muito tempo. Dessa forma, o filme é editado para que se compreendam os acontecimentos conforme as experiências do personagem. Um outro exemplo de caráter atual e que se enquadra mais apropriadamente com o formato do projeto, são as séries "Arqueiro"e "Quântico" que exibem ao longo de todo o enredo acontecimentos do passado intercalados com o ambiente atual, de forma a se conectarem em seus contextos e servirem como ganchos para o desenvolvimento da narrativa. Considerando a protagonista e seu desenvolvimento na história como o principal ponto de empatia entre o público e o enredo, o objetivo se dá em aproximá-los e contar a história de Sara de forma a ser possível entendê-la e acompanhá-la da mesma maneira, intensidade e ritmo que Sara vivenciar. 
 Por isso, a narrativa não cronológica será usada como ferramenta para tornar possível contar a história da mesma perspectiva inicialmente confusa da personagem, porém inserida como um "quebra-cabeça" para ser decifrado apenas quando todas as peças se encaixarem. Designado de um jeito que as situações fiquem tão incertas para o público quanto para a personagem. A finalidade da aplicação da técnica é retratar, de forma audiovisual, o reflexo das condições do condutor da estória, utilizando de referências literárias e estudadas por diversos autores, por exemplo a trilogia de livros: "Reiniciados" de Terry Teri, que conta a história de uma menina que teve sua memória reiniciada e sofre com as fortes lembranças que encoraja a correr atrás de sua verdadeira personalidade e também do livro "Starters", de Lissa Price em que Callie sofre por um controle mental num universo distópico, sofrendo abusos psicológicos e físicos. Gregory D. Mcknight escreveu em seu importante livro cinematográfico "The tools of screenwriting" a seguinte ideologia: "Sendo assim, contar uma história transforma-se na sequência de acontecimentos que ocorrem a um personagem central envolvido na busca de seu objetivo. Mesmo quando não se segue o tempo cronológico – através de regressão ou avanço do tempo, inversões temporais, lembranças e todas as outras maneiras pelas quais o roteirista pode variar e escapar do tempo estritamente cronológico – a unidade contida na busca de um objetivo mantêm o público orientado e dá à história um aspecto de "inteireza". O mesmo se pode fazer com o lugar – podemos atravessar meio mundo e estar de volta na cena seguinte ou podemos seguir eventos que acontecem simultaneamente em dois locais diferentes. Contanto que haja unidade de ação, o espectador saberá se situar e continuará participando da história." Rica referência que, dentre diversas outras, servirá como base para a construção da estrutura de uma narrativa não cronológica aplicada em uma série, sem que se perca o intuito principal ao lidar com essa poderosa característica que visa orientar o público na busca de um objetivo dentro de uma história, da forma mais unitária possível. A personagem principal, Sara, fará transições entre o tempo-cronológico e o tempo- psicológico nos seus lapsos de memória, relembrando-se dos acontecimentos anteriores a seu acidente, dando um norte para sua busca incessante a sua melhor amiga, Tess, pois são suas memórias que mantém viva a esperança de encontrá-la e de realmente acreditar que a menina existiu.
 
CONSIDERAÇÕES
O artigo se propôs a explorar a estrutura das narrativas, principalmente a das não lineares. Isso se deve ao fato de que esse tipo de construção é um dos elementos de sustentação da série "Boa noite, Tess", que em sua mídia final se adequa como um piloto de uma Temporada, sendo também adaptável a se tratar do um resumo de todos os episódios de uma temporada, alongando seu enredo para abrir espaço a mais plots e conteúdos. O estudo das possibilidades de não linearidade permite-se conhecer diferentes maneiras de alterar a ordem cronológica para enfatizar a busca da personagem principal ao rumo do desconhecido. A literatura sobre estrutura narrativa não é tão fácil de encontrar, principalmente ao se tratar de um produto mais novo como as séries televisivas, mas apesar da dificuldade, foi possível encontrar autores que contribuíram com obras fundamentais para o desenvolvimento do projeto. Dentre esses materiais encontram-se filmes, séries, livros, peças teatrais e documentários que foram a referência para a criação enredo. A jornada do herói é o instrumento ideal para o desenvolvimento de um conto em narrativa linear. De certa forma, como a intenção é produzir com base na narrativa não linear, é necessário obter a pesquisa das duas formas de narrativa. Como "molde'" para formar uma narrativa não linear, itens essenciais que caracterizam como não linear, que evidentemente foram inseridos em "Boa Noite Tess!" são: "flashbacks", pensamentos, sonhos e inversão temporal. Diferentemente da narrativa linear, ela não segue uma linha reta, mas têm curvas complexas que transformam a conclusão da ficção em um "efeito dominó". Finalizando, a proposta da série "Boa noite, Tess", tem elementos complexos para reflexão do espectador no decorrer da trama, mas também tem uma mensagem motivacional quando o público percebe a importância de acreditar em si mesmo.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS
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