ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01334</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Rio em Crise, #UERJResiste </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Anna Carolina Castro de Oliveira (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Júlia Medeiros da Cunha (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Alexia Dalbem Ferreira Prisco (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); Eduarda Lima Braga (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); José Cardoso Ferrão Neto (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Educação, Radiojornalismo, Resistência, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Rio em Crise, #UERJResiste é um documentário radiofônico contra o desmantelamento da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Tem como objetivo central a reflexão em relação ao que ocorre dentro da UERJ e como a crise do Rio é, também, uma crise da educação. A ideia surge diante do cenário de paralisação da Universidade como órgão. Em 2016 e 2017, as greves aconteceram devido ao atraso de pagamentos aos funcionários terceirizados e professores, a ausência de condições estruturais e a descontinuidade dos auxílios. Este quadro trouxe à tona a resistência de professores, funcionários e alunos em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. O projeto pretende destacar vozes e suas variadas vivências diante deste cenário, conectando o ouvinte e valorizando a importância de discussão e ação diante do desmonte que é de interesse público.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A UERJ  Universidade pioneira no sistema de cotas e referência em diversidade econômica e cultural  vinha desde 2014 convivendo com cortes verbas e investimentos congelados. O agravamento da situação financeira da UERJ aconteceu em 2015 e os resquícios de que o caso da Universidade se tornaria mais grave era evidente. O não pagamento de empresas terceirizadas responsáveis por limpeza, manutenção e segurança foi o estopim. Em 2016, a crise apenas se arrastou. Professores, alunos e técnicos administrativos denunciaram a falta de pagamentos de salários e bolsas. As condições da Universidade também eram péssimas: o aumento da insegurança devido à falta de segurança era certo. Além disso, por conta da ausência dos terceirizados de higiene e coleta que tiveram seus salários suspensos, ambientes como banheiros e salas de aulas ficaram sujos e acumularam lixo, tornando inviável permanecer. Mesmo com 60 anos de história e sempre atuando contra a educação robotizada e não inclusiva que avança no Brasil, a UERJ teve todo o seu reconhecimento como Instituição ameaçado. Ainda em 2016, a Universidade entrou em estado de calamidade financeira. O impacto da crise da UERJ não atingiu apenas o cotidiano estudantil da universidade fluminense, mas também a de comunidades que são assistidas por ela. Com seis campi no total, a UERJ tem 35 mil alunos de graduação, 4.000 em cursos de mestrado e doutorado, 2.000 em cursos de especialização e 1.100 do ensino fundamental e médio. Além disso, a universidade possui cursos de aplicação e 140 projetos de extensão nas mais variadas áreas, programas estes que foram interrompidos por falta de verba e investimento. Diante de tal cenário, as quatro alunas de Jornalismo organizaram-se para buscar vozes ativas que retratassem o que se passa dentro da UERJ. A escolha por ouvir e proporcionar a legitimação da fala de quem vive e luta pela situação da Universidade foi a melhor maneira de executar o radiodocumentario. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O intuito do Rio em Crise, #UERJResiste é, principalmente, trazer uma visão de dentro da UERJ. Utilizamos declarações de alunos variados, professores, funcionários e participantes ativos do movimento de resistência. Assim, é possível perceber a importância da Instituição: a universidade presta serviços variados para a comunidade, assim como um é expoente de transformação e de inserção na vida acadêmica e no mercado de trabalho de muitos alunos. Como também vivenciadores da realidade de estudar em uma Instituição pública, as participantes deste projeto conhecem os empecilhos diários, então a empatia é uma distinção que estimulou a criação e a elaboração de um conteúdo que concentre os debates dentro do âmbito de resgatar a Universidade e a sua importância de transformação social. Existe uma preocupação em estabelecer o diálogo entre a população brasileira com as vivências diversas que se organizam no espaço da Universidade. Para além da competência de execução, existe uma dedicação na fluência do diálogo. Reforçar apenas o fenômeno de identificação e de fluência do diálogo na técnica de entrevista permanece na espera do desempenho, da eficácia dos meios de comunicação coletiva. Enquanto insistirmos na competência do fazer, despojada de significado humano, pouco se avançará no diálogo [...] (MEDINA, 1995, p.6) Outra preocupação do documentário radiofônico é a repercussão midiática que envolveu o caso. Foi possível perceber que a mídia hegemônica tratou o assunto desconexamente com o desmantelamento da educação como um todo. A influência do Estado dentro do cenário de destruição da Universidade é profunda e se não for noticiada cuidadosamente, que exista em outras formas de discurso e narrativa. Com o intuito de estabelecer um discurso honesto sobre a crise da UERJ, estimulamos o questionamento do ouvinte, que mesmo longe da realidade mostrada no projeto, compreenda a necessidade de lutar pela Universidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto surgiu com a ideia de trazer para o centro de discussão todos que, de alguma forma, poderiam estar vivendo e lutando contra a crise da UERJ, mesmo que não diretamente. O viés de assunto de interesse público condiz com toda a população e afeta outros setores da vida em sociedade. Observar as formas de atuação dentro de uma Universidade em greve e de que maneira esta atuação poderia implicar em mudanças significativas para a comunidade acadêmica foram pontos principais para a realização do projeto. Além disso, o debate sobre a importância de lutar para a manutenção e pelos investimentos na Instituição não se estabelece apenas nela, mas atravessa o campus com o fim de interromper o sucateamento e desmonte de um dos maiores patrimônios do Estado. A urgência do tema fez o desejo de produzir transformar-se em necessidade. É comum que temas para programas se apresentem como ideias que de repente se tornam óbvias. Com frequência tem a ver com questões contemporâneas, tais como as relações raciais, o desenvolvimento urbano, a poluição e o meio ambiente, a pesquisa médica. O programa pode explorar em detalhes um único aspecto d um desses assuntos, tentando examinar em termos gerais como a sociedade enfrenta as mudanças. (MCLEISH, 2001, p.191) Além disso, existe a pretensão de se fazer prevalecer o movimento UERJ Resiste e desclassificar movimentos estudantis como radicais, insensatos e violentos, mostrando suas razões políticas e suas lutas para sobreviverem diante de ataques pensados contra a educação. Estabelecer e criar visões mais sensíveis sobre os personagens que existem dentro de realidades sociais conflituosas e tornar palpável suas vivências é o que faz este conteúdo ter relevância. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Rio em Crise, #UERJResiste foi idealizado na disciplina de Mídia Sonora II, ministrada pelo professor José Ferrão, no segundo semestre de 2017. A avaliação seria um radiodocumentario sobre todo o conteúdo apreendido nas disciplinas I e II, envolvendo todo o seu processo de produção de roteiro, apuração e edição. Unidas pela urgência do tema e pela vontade de criar algo socialmente relevante, cunhou-se o Rio em Crise, #UERJResiste. Já tendo executado projetos de diversas disciplinas sobre assuntos dentro do campus da Universidade e da região de Seropédica, emergia uma vontade de tratar um assunto mais amplo e de maior alcance. A crise da UERJ acontecia firmemente durante este período, o que o grupo pensou ser uma oportunidade para criar um radiodocumentário e diante das manifestações culturais e potencialmente sonoras, estabelecer um projeto que fosse inovador no sentido de causar sensações que pudessem ser provocadoras do emocional e da consciência social, utilizando a linguagem radiofônica em sua forma potencializada. Linguagem radiofônica é o conjunto de formas sonoras e não sonoras representadas pelos sistemas expressivos da palavra, a música, os efeitos sonoros e o silêncio, cujo significado vem determinado pelo conjunto dos recursos técnico-expressivos da reprodução sonora e o conjunto de fatores que caracterizam esse processo de percepção sonora e imaginativo-visual dos ouvintes. (BALSEBRE, 2007, P.27; tradução nossa) A criação imagética do som foi primordial no projeto. Ao pensar o roteiro, o grupo tinha em mente o desenvolvimento de uma narrativa que envolvesse o ouvinte. Ao pesquisar, se percebeu que já havia muito material sobre as notícias recentes da UERJ, mas em forma pouco inventiva e que apenas se mantivesse no padrão de entrevista e reportagem, com pouca variação de vozes e de entrevistados em posições diferentes de inserção na Universidade. Foi uma oportunidade de reunir novos relatos. Com o objetivo de trazer visibilidade à luta e ao movimento UERJ Resiste, surgiu o nome do projeto. Ele foi pensado para ser veiculado na Internet e por rádios alternativas e comunitárias. O público-alvo é composto por jovens e adultos (entre 15 e 50 anos) com o desejo de conhecer o cenário da educação afetada pela crise. Depois de analisados os matérias já disponíveis do assunto a nível de projetos universitários e independentes, também foi feito um apanhado na mídia hegemônica para buscar o que os membros do grupo notaram a ausência em questão de importância jornalística e relevância social. Por mais que já houvesse materiais extensos sobre o assunto, foi necessário começar do zero. Já encerradas as etapas de pesquisa de impressões, foram realizadas reuniões com o orientador e professor José Ferrão, assim como reuniões dos membros para assinalar objetivos e caminhos principais a se seguir dentro do projeto. Existia um desejo de utilizar de forma cuidadosa e honesta o aspecto subjetivo que não é possível ser excluído do processo. A subjetividade é parte integrante da produção jornalística, em todas as suas etapas. Ela não determina apenas as escolhas, mas principalmente as não-escolhas. A observação é condicionada pela subjetividade. A transformação das informações em texto é um processo de interpretação e atribuição de sentidos. Por fim, o que define se o texto será capaz de envolver e mobilizar o leitor são os elos afetivos que estabelece. (VAZ, 2013, p.106) Partindo deste princípio, foram decididos tópicos que seriam abordados e explorados no projeto. 1. Crise no Estado do Rio: com declarações de professores, economistas e alunos, analisamos a situação e a origem da crise do Estado. 2. A importância da UERJ: sendo patrimônio da educação, abordamos seus anos de existência e a relevância social para a região. 3. A crise dentro da Instituição e suas consequências: abordamos até onde alcança as implicações de uma crise e o que isso significa para cada setor. 4. Greves e movimento UERJ Resiste: retrato da violência com a comunidade, relatamos a resistência e a esperança que ainda existe. As fontes foram encontradas a partir do momento que a vontade de levantar o projeto foi externada. Mas havia uma dificuldade: nem todas estavam dispostas a falar sobre. Então, a melhor abordagem foi encontrar as melhores fontes diretamente na UERJ. Com idas quase semanais, conseguimos entrevistar técnicos terceirizados, alunos em diversas posições e cursos diferentes, professores de áreas distintas e um palestrante, o vereador e professor de história Tarcísio Motta. Com o advento da tecnologia, foi possível utilizar aparelhos celulares na captação do som, com auxílio de aplicativos gravadores que se tornam quase profissionais. Também entramos em contato com UERJ Resiste pelas redes sociais e marcamos idas ao campus através de eventos divulgados pelas mídias, o que foi parte essencial para construirmos o conteúdo. Na medida em que as redes se caracterizam pela existência de laços firmados a partir de interesses comuns, é possível identificar todo tipo de agrupamento [...], não apenas uma interação entre os participantes [...] mas também o engajamento em questões políticas, sociais e culturais. [...] Assim como o mundo real é levado para as redes sociais digitais, as discussões online têm potencial de gerar atitudes e ações no mundo físico. (MARTINO, 2014, p. 58) Depois das entrevistas já realizadas, o processo de decupagem foi realizado por todos os membros, que puderam analisar cuidadosamente o que seria mais interessante ser transformado em sonoras, já adiantado pelo processo de minutagem durante a entrevista. Dois membros do grupo ficaram mais a frente de escrever e estabelecer a ordem das entrevistas, sendo produtores Anna Castro e Eduarda Braga. As locuções foram realizadas alternadamente por estes mesmos membros, que gravaram e regravaram até atingirem o tom certo. A revisão, elaboração de perguntas e pesquisa foi compartilhada, mas assumida por Alexia Dalbem. A escolha de músicas foi trabalhada por todos os membros e priorizando músicas brasileiras que se relacionassem com os momentos sensoriais do documentário radiofônico. Foram procurados e discutidos efeitos sonoros e eles são representados pelos sons de manifestações dentro do campus, o som do elevador da UERJ que tem sua simbologia de levar as pessoas, a conexão metrô e trem que grande partes dos alunos fazem, o som de passos, a compilação de sonoras de veículos de comunicação relatando a crise, a batida que é a abertura. A edição e pós-produção foi realizada por Júlia Medeiros. A participação especial das sonoras foi realizada por Gustavo Carvalho. A foto de capa que acompanha esse radiodocumentario é composta pelo prédio principal da UERJ, em angulação plongée, que demonstra toda sua magnitude, imponência e importância. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário radiofônico tem duração de 20 minutos e 45 segundos e apresenta o universo da UERJ diante da crise que se desenvolveu e se cunhou em 2016 e 2017 no Estado do Rio de Janeiro. Os locutores e apresentadores Eduarda Lima e Anna Castro se revezam na exposição das situações. Na abertura, temos uma introdução imersiva do tema, utilizando um pot-pourri de diversos telejornais e entrevistas que já ambientam o ouvinte. Como background, utilizamos a batida da música  Baile de Favela , que remete ao fator periférico e democrático da Universidade e às paródias da melodia feitas por estudantes em que se expõe a educação pública e o governo. Depois da música  Que País é Esse? , do Cazuza, a primeira parte que se apresenta neste projeto é a de análise e enumeração dos aspectos da crise no Estado que afeta diretamente as Universidades, com dados numéricos, teóricos e políticos, citando também, a UEZO e a UENF, também Estaduais. Além disso, foram organizadas locuções alternadas e declarações sonoras do economista Antônio Alves, do aluno da UEZO Lucas Garcez, o vereador Tarcísio Motta e o professor da UERJ Renê Foster. Como transição dessas sonoras, se utiliza a música  Brasil , do Cazuza. A partir deste momento, a segunda parte é colocada de forma a contextualizar o ouvinte do significado da Instituição, os serviços que ela presta à sociedade, quais são as realidades inseridas dentro do campus e as vantagens que a faz ser uma das maiores e mais reconhecidas do Brasil nos seus 60 anos de história. Como parte da narrativa, são apresentadas declarações da aluna cotista Stephanny Almeida, a professora do curso de Letras Claudia Amorim, a aluna de Enfermagem e atuante em um projeto de extensão para a comunidade Vanessa Pereira. Entre as próximas locuções e sonoras, é aplicado um efeito sonoro da linha do Metrô Rio, anunciando a estação Maracanã e a seguir, os passos que resumem o caminho da rampa para o campus. Esses recursos ajudam na construção imagética do ouvinte, para que entenda o deslocamento até a Universidade e como este percurso faz parte do cotidiano e da relação com a Instituição. Encerrando o segundo bloco, apresentam-se os alunos Erick França e Ana Beatriz Alves, discursando sobre a mobilidade da UERJ. Em contraponto aos pontos importantes que fazem da Universidade ser o que ela é, a terceira parte trata diretamente de abordar o prejuízo dentro do campus em cada realidade dos setores diferentes que se cruzam e se relacionam diariamente. A transição dos blocos é feita com o trecho inicial da música  Até Quando Esperar , de Plebe Rude, encontrando com a próxima locução. São incorporadas novas declarações, do técnico Jorge Moura, da professora do curso de Pedagogia Inês Barbosa, do aluno de Ciências Sociais e participante da ocupação do restaurante universitário João Pedro Ferreira, a vestibulanda Natália Pina, e a retomada do aluno Erick França. Ao terminar essas declarações, já se introduz a última parte, que condiz com as implicações e resistências dentro da Universidade, inclusive o discurso do motivo pelo qual resistir, com a sonora de Vanessa Pereira. A partir desse momento, são aplicados os efeitos sensoriais. Com a locução especial de Gustavo Carvalho, jornalista pela UFRRJ, são lidos cartazes que foram registrados e vistos pela Universidade em 2017, com palavras de ordem e intercalados por efeito de passos, simulando o andar pelo campus. Neste estágio do radiodocumentario, apresenta-se a importância da união dos setores que compõem a Universidade; se introduziu a música  Até Quando? , do Gabriel, o Pensador, e as próximas locuções e sonoras estabelecem o misto de tristeza e esperança. Declarações da aluna Pietra Loquiato e de Claudia Amorim antecedem o efeito sonoro referente à manifestação pela UERJ, logo em seguida, a música  Até Quando Esperar? como transição. Em seguida, apresentação do movimento UERJ Resiste, com sonora de Renê Foster. Abordando privatização da Universidade, Antônio Alves e Jorge Moura dão seus pareceres. Chegando aos últimos minutos do produto, a transição se estabelece com a música  Para dizer que não falei de flores , versão Emicida e Rael, seguidas das sonoras de Tarcísio Motta, a aluna Thainá Alves e efeito sonoro de manifestação. Como encerramento do radiodocumentário, Gustavo Carvalho, recita um poema encontrado sem autoria nos corredores da Universidade, que sintetiza o sentimento de esperança e encerra com  Nada Será Como Antes , versão de Elis Regina. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A experiência de acompanhar e documentar um momento histórico de uma das maiores universidades do Brasil foi extremamente enriquecedora em vários âmbitos para todas as participantes da produção e execução do rádio documentário aqui representado. Primeiramente, enriquecedora em termos essencialmente humanos, pois ao vivenciarmos de perto a luta do movimento em prol resistência da UERJ, pudemos reafirmar o quanto a mobilização coletiva é essencial para as transformações sociais. Sendo o jornalismo também, um potencial agente nessas transformações, como disse Dubeux (2014) em seu artigo para blog: [...] o jornalismo precisa fazer sentido à vida das pessoas, do seu microcosmo, da sua cidade, de seu país, de seu planeta. [...] Por essa razão, independentemente do meio, o ofício transcende ao informar. Mais do que nunca cabe ao jornalismo transformar. Devido a este entendimento cresceu a necessidade de produzir um conteúdo que não apenas demonstrasse um relato superficial sobre a crise da UERJ, mas sim, utilizar de nossos recursos técnicos e intelectuais adquiridos academicamente, para executar uma produção que conseguisse passar aos ouvintes as angústias e os dilemas individuais e coletivos que preenchiam os corredores da universidade no período em que fizemos as visitas para realização desse trabalho e de certa forma fazer com que esses mesmos ouvintes pudessem refletir e pensar essa questão de forma social e humana. No campo acadêmico, foi gratificante poder colocar em prática os conhecimentos passados pelo professor José Ferrão no quarto período do curso de Jornalismo da UFRRJ. Apesar das dificuldades e obstáculos do caminho, ao final conseguimos o nosso objetivo de uma produção que externou nossas percepções e reflexões e que contribuiu essencialmente para o crescimento como jornalistas e seres pensantes sobre as realidades sociais. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BALSEBRE, Armand. El linguaje radiofónico. 5ª ed., Madrid: Cátedra, 2007.<br><br>MARTINO, L. M. Teoria das Mídias Digitais: linguagens, ambientes e redes. Petrópolis: Ed.Vozes, 2014.<br><br>MCLEISH, Robert; SILVA, M. Produção de rádio: um guia abrangente de produção radiofônica. 2ª ed., São Paulo: Summus, 2001.<br><br>MEDINA, Cremilda de A. Entrevista: O diálogo possível. São Paulo: Ática, 1995.<br><br>VAZ, Ana Lucia. Jornalismo na Correnteza. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2013. <br><br>CABETTE, André. Como a Uerj chegou à maior crise de sua história. E quem é afetado por isso. Disponível em: Portal Nexo Jornal. Acesso em 22 de abril de 2018. <br><br>DUBEAUX, Ana. Informar não basta. Disponível em: Blog Chiquinho Doras. Acesso em 21 de abril de 2018.<br><br> </td></tr></table></body></html>