Anamaria Fadul




Paulista de Assis, cidade do interior do estado, Anamaria Fadul nasceu em 1943. Estudou no município até o fim do ginasial, mudando-se para Campinas para cursar o colegial e, depois, para São Paulo, onde se formou em Filosofia, em 1967. O interesse pela área se deu por influência de uma professora do colegial e, também, por uma composição familiar: nem o Direito, que não era do gosto de seu pai, advogado; nem Economia, que não era de seu gosto.


O curso de Filosofia na Maria Antonia, na USP, era então o berço da intelectualidade paulista. Lá Anamaria Fadul assistiu a aulas de professores franceses como Jacques Rancière e Danielle Ancier, sua primeira orientadora, em um período conturbado, quando havia perseguição política na instituição, durante a ditadura. Em 1968, já formada, deu início a sua pós-graduação e, no ano seguinte, entrou para o Departamento de Filosofia, que, por conta das questões políticas, tinha dificuldades para funcionar.


Assim, em 1969, Anamaria Fadul acabou designada para dar aulas na Escola de Comunicações e Arte e se apaixonou pela área. Com a conclusão do mestrado, em 1972, ela começou em seguida o doutorado, interrompido por questões de saúde, e terminou em 1980, quando apresentou sua tese sobre a teoria dos meios. O pós-doutorado foi desenvolvido na Itália, entre 1988 e 1990.


Na ECA, Anamaria Fadul criou, em 1991, o Núcleo de Pesquisa em Telenovela, assunto de seu interesse desde a década de 1970, por influência do professor José Marques de Melo. No Núcleo, que se tornou uma referência no país, trabalhou com demógrafos e cientistas políticos brasileiros e norte-americanos, em pesquisas que relacionaram, por exemplo, a mudança do perfil demográfico brasileiro com as telenovelas. E recebeu pesquisadores de várias nações, como Polônia e Suécia, mobilizados pelo tema. Em 1996, a professora se aposentou na USP e passou a trabalhar na pós-graduação da Universidade Metodista, deixando a telenovela para atuar com comunicação internacional, mídia global e mídia regional.


Seu relacionamento com a Intercom começou bem antes, ainda na década de 1970, quando a entidade tinha apenas um ano de fundação. Em 1981, ela se tornou vice-presidente e, em 1983, foi eleita presidente, ficando no cargo até 1985. Uma das marcas desse período foi a internacionalização da Intercom, que passou a receber pesquisadores de diversos países, como Canadá, França e Itália. Em sua presidência, a sede saiu da ECA, na USP, para uma casa alugada na Vila Mariana, onde foi possível realizar cursos, reuniões e viabilizar o crescimento da entidade. E o boletim informativo da Intercom tornou-se revista, com patrocínio da indústria de informática e do CNPq.


Atualmente, a professora integra o Conselho Curador da entidade. Entre os livros que publicou em sua trajetória, estão: Ideologia e Poder no Ensino de Comunicação (1979), Novas Tecnologias de Comunicação: Impactos Socioeconômicos, Sociais e Culturais (1986) e Serial Fiction in TV: Latin America Telenovelas (1993).


Em 07/08/2015



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