VIII FÓRUM SOCICOM-INTERCOM: A COMUNICAÇÃO COMO CIÊNCIA E O COMBATE À DESINFORMAÇÃO

5 de outubro de 2022

Com Amanda Salviano e Joalesson Ferreira, jornalistas voluntários na cobertura do Intercom 2022 sob supervisão do professor Rodrigo Martins Aragão (UFPB)

O VIII Fórum Socicom-Intercom, realizado em 6 de setembro no Auditório da Reitoria no campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) como parte da programação do 45º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2022), reuniu pesquisadores(as) e representantes da Federação Brasileira de Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom) e da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) para conversas qualificadas acerca do tema central do congresso, “Ciências da Comunicação contra desinformação”.

“A realização do VIII Fórum Socicom-Intercom foi importante para não apenas proporcionar mais diálogos e reflexões com os participantes do congresso em João Pessoa, mas também para reiterar laços entre as entidades científicas e acadêmicas da Comunicação. A Intercom e as associações que compõem a Socicom têm desenvolvido um contínuo e necessário papel para que a Comunicação seja compreendida como um campo científico com relevância social que necessita de recursos para suas atividades de ensino, pesquisa e extensão”, afirma Fernando Oliveira Paulino (UnB), presidente da Socicom, vice-presidente da Associação Latino-Americana de Investigadores da Comunicação (Alaic) e sócio da Intercom desde 1997.

Pela manhã, na primeira mesa, Fernando Paulino, Nair Prata (Ufop), diretora Científica da Intercom, e Margarida Kunsch (USP, presidente do Conselho Curador da Intercom, discutiram o tema “Comunicação como ciência”. Os novos campos do saber, as demandas exigidas pelo mercado e a necessidade de os cursos de Comunicação se adaptarem para formar profissionais mais críticos foram algumas das questões levantadas. Além disso, houve uma conversa sobre o campo de comunicação a partir dos seguintes cenários: cursos de graduação, programas de pós-graduação, entidades científicas, congressos científicos, publicações científicas e grupos de pesquisa.

Foi destacada a importância da Intercom para a consolidação da Comunicação como campo científico, com os sete congressos que realiza anualmente, os periódicos que publica (Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação e Iniacom – Revista Brasileira de Iniciação Científica em Comunicação) e as premiações que reconhecem instituições, grupos e pesquisadores(as) (Prêmio Luiz Beltrão, Troféu José Marques de Melo e Prêmios Estudantis). Inclusive a intercom júnior quefoi elogiada por ser uma avaliação didática para quem está começando no caminho da pesquisa científica em comunicação.

“O contexto atual demanda cada vez mais ações que promovam a Comunicação e a Democracia. Estou certo de que a comunidade acadêmica de nossa área vai seguir fazendo reflexões e ações que levem a mais interação, participação e equidade científica. Para isso, é essencial que sigamos desenvolvendo articulações dentro e fora do Brasil. Como entidade mais antiga e com participação de pessoas da iniciação científica à pós-graduação, a Intercom mantém sua relevância e as atividades dos congressos regionais e nacionais fortalecem e servem de exemplo local, regional, nacional e internacional”, avalia o presidente da Socicom.

O tema central do Intercom 2022 foi debatido na segunda mesa, no período vespertino, com a participação de Juliano Domingues (Unicap), vice-presidente da Intercom e diretor de Relações Nacionais da Socicom; Edgard Rebouças (Ufes), diretor de Relações Internacionais da Intercom; Betania Maciel (ESUDA/CLAEC), diretora de Relações Internacionais da Socicom; Ana Regina Barros Rêgo Leal (UFPI), ex-presidente da Socicom (2018-2020) e coordenadora geral da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD).

A professora Ana Regina Rêgo foi a primeira a falar, abordando a plataformização da vida no século XXI e a influência do acesso desigual à internet no fenômeno da desinformação. Segundo ela, existe uma cadeia de desinformação: o YouTube funciona como celeiro e reverbera para outras plataformas digitais, como o TikTok. Como parte desse fenômeno, 36% dos usuários do TikTok e 34% de quem usa o Instagram recorrem a perfis de influenciadores para se informar ao invés de procurar fontes seguras, com os portais jornalísticos; ao mesmo tempo, 82% dos brasileiros estão preocupados com a desinformação. Ressaltando a importância da educação midiática desde cedo para combater a desinformação, a coordenadora da RNCD deu o exemplo do Infocast, podcast fruto de projeto de extensão iniciado durante a pandemia de covid-19 no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IFSuldeMinas).

Em seguida, a professora Betania Maciel iniciou sua fala abordando a manipulação de notícias na internet e como a arte pode influenciar a troca positiva de informação, explicando como isso se dá nas obras urbanas e no teatro. Finalizando, o professor Edgard Rebouças comentou como as redes sociais transformaram o indivíduo, antes apenas receptor, em produtor de informação. Trazendo o provérbio “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”, ressaltou o poder da máquina – o celular – que está em nossas mãos. Para o combate à desinformação, apontou como caminhos: a economia política das indústrias cultural e midiática, a economia política dos usos e os estudos culturais latino-americanos.

O 45º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2022) reuniu cerca de 1,7 mil pessoas entre os dias 5 e 9 de setembro em João Pessoa, realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e organizado pelo Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) e pelo Departamento de Comunicação (Decom) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com coordenação de Norma Meireles, professora da UFPB e diretora Regional Nordeste da Intercom. Saiba mais.

Fotos no site oficial do Intercom 2022

Fotos e vídeos no Instagram do congresso

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